capítulo 5- Primeiro Ataque

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Foram dias de lutas e tristezas, dias em que Ramona mal conseguira dormir tentando calcular as equações ou talvez tentar saber para o que elas serviriam.
O prazo começara a se esgotar porque já era quase uma semana depois da ameaça do outro Nick bizarro. Desde aquele dia tenebroso o garoto não mostrava sinal de que estava sendo controlado novamente.
Naquele dia Nick acordou assustado, talvez teria tido um pesadelo.
- Ramona.- gritou ele.
- Ela já volta.- Nicolas o-acalmava.
- Cadê ela?.- Perguntou Nick.
- Ela foi pegar água no riozinho aqui perto.
- Ela tem que saber, eu tenho que falar pra ela.- Nick parecia estar perdendo os sentidos.
- Contar o que? Do que você tá falando?
- Eu tenho que falar pra ela o que eu lembrei.
- Me fala o que você lembrou?
- Não.- respondeu Nick. - Pra você não.
- Que absurdo.- Nicolas estava furioso.- Você não confia em mim né Nick?
- Você tem que me entender.
- Tá de boa. Se não confia em mim, deixa pra lá.
- Desculpa mesmo Nicolas.
O garoto não respondeu, preferiu deixar o garoto falar sozinho e saiu um pouco mais de perto dele.
- Olha quem voltou pessoal.- Era a voz de Ramona que mostrava Diego sorridente.
- Diego.
E o irmão correu para abraça-lo. Aquele foi um dos dias mais felizes para os amigos. Estavam agora todos reunidos novamente.
Naquele noite ao redor da fogueira comendo peixe assado, Diego contou tudo o que tinha passado com ele. Contou que a seita o-prendeu numa sala de alta escapatura, pois pretendiam o-usar como cobaia para algum experimento.
Mais Diego fôra bastante esperto, já havia roubado o cartão de acesso de um dos guardas e foi assim que ele conseguiu escapar do laboratório.
Enquanto Diego e Nicolas se empanturravam com os peixes restantes, Ramona e Nick sentaram um pouco mais distante dos dois.
- Você acha que vamos sair daqui?- Perguntou Nick.
- É claro que sim. Todos nós.
- Sabe Ramona. Eu lembrei de uma coisa, mas eu não posso fazer nada.
- O Que você lembrou? E por que você não pode fazer nada?
- Ele me falou que se eu tentasse te falar alguma coisa, eu iria sofrer as consequências.
- Ele quem?.- Perguntou a irmã.
- Os mascarados da seita.
- Uma coisa de cada vez, vamos voltar para perto dos outros.
- Vá você. Quero ficar um pouco só.
Ramona abraça o irmão e volta para perto da fogueira.
No dia seguinte, Ramona e Diego voltavam do riacho, tinham ido pegar água.
- É isso. Por isso não conseguimos sair da floresta.- Diego acabara de lhe contar algo.
- Deixa eu ver se entendi.- Continuou Ramona. - Um campo magnético nos impede de sair daqui.
- Pois é, vai saber como eles fizeram isso.
- São cientistas, só pode.
- É o que eu penso também.
- Mais se nós descobrir o enigma desse caderno podemos desativar esse campo magnético. - Falou Ramona mostrando ao amigo o caderno velho e surrado que havia conseguido da seita.
- Você acha mesmo que esses códigos podem nos ajudar sair da floresta?
Antes de Ramona responder, Nicolas veio correndo ao encontro dos dois.
- Se escondam, ele ficou maluco.
- Do que você tá falando?.- Perguntou Ramona.
- O Nick tem um revólver ele quer me matar.
- O Que?.- Assustou-se a garota.
- Ele tá sendo controlado de novo.- Falou Nicolas.
- Eu vou tentar desarma-lo.- Falou Diego indo em direção ao menino.
Nick chegou por fim onde Ramona e Nicolas estavam, ele apontava o revólver com um olhar tristonho.
- Eu disse Ramona, você tinha uma semana. Você não conseguiu.
Antes do garoto puxar o gatilho, Diego o-surpreendeu por trás tomando o revólver.
Dessa vez não demorou para o menino voltar ao normal foi bem na hora.
- O que houve?- Perguntou ele.
- Você ia matar a gente.- Falou Nicolas.
- Eu tenho que sair daqui. - Falou o menino zangado.
- Nick.- Gritou Ramona.
- Deixa ele se acalmar. Depois ele volta.- Falou Diego.
Alguns minutos depois, Nick se encontrava perto de um rio, ele jogava pedra lá dentro das águas serenas, um passo surgiu atrás de si.
- Até quando você vai ficar assim me controlando?
Diego surgira logo atrás com um sorriso maldoso.
- Você é meu brinquedinho agora Nick, e é claro, você não pode contar nada para eles porque eu não permito.
Ele sentou ao lado de Nick passando as mãos em seu cabelo preto e continuou.
- Nós vamos conseguir Nick.
***

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