Capítulo sete: Um Presente

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POV: Camila

Estou saindo do trabalho, hoje o dia foi muito longo. Tive que cuidar dos detalhes do caso de Ally. Passamos o dia todo juntas e a sua companhia era muito agradável, mas estávamos quebrando a cabeça, tentando achar algo que apontasse a traição de seu marido, já que ela saiu como a traidora da situação. 

Estou a caminho do ponto de ônibus quando meu celular toca, é Lauren. 

-Boa noite. -Eu atendo.

-Boa noite, Camila. Virá hoje? -Ela pergunta.

-Sim! Sua casa? 

-Sim, você vai entrar pela rua de trás, onde fica meu estúdio de treino. Pedi um carro pra você, aguarde na entrada da Hardman, te mando especificações por mensagem. -Ela desliga, sempre curta e direta por ligações. Logo, o carro está aqui e eu entro. 

Não sabia ao certo como, mas tiraria proveito desses treinos com Lauren. Era minha chance para descobrir algo sobre ela.

Em cerca de 20 minutos eu chego em seu endereço, e ela está me esperando na porta com roupas de ginástica e um casaco por cima. Ela me cumprimenta e me leva até o estúdio, que é bem amplo e com muitos equipamentos para treino. Ela tinha a própria academia. 

Lauren me empresta algumas roupas de treino e eu me troco nos banheiros, a encontrando de volta no meio do salão. 

-Nunca ensinei ninguém à lutar. Você já brigou antes? -Pergunto.

-Tive algumas discussões...

-Eu tô falando de briga de verdade. Já bateu em alguém? 

-Claro que não. Eu preciso prezar pela minha imagem pública. 

-Certo. Mas há uma diferença entre filmes e realidade. Um mocinho nunca da o primeiro soco. Só que, na vida real, você precisa ser o mais cruel pra vencer. Unhadas, joelhada do saco, cotovelada e etc... Use tudo o que puder. Inclusive a agressão verbal como auxilio. 

-Certo. Me mostre logo. -Lauren diz. Eu me aproximo dela e ela se afasta levemente enquanto a encaro. Então chuto seu joelho, não muito forte. -Ai! -Ela reclama, chuto mais uma vez, um pouco mais forte- Ai! Dá pra parar?

-Precisa estar brava pra brigar com alguém. Dê tudo o que tem. -Eu digo, entrando em minha posição de defesa e a chamando com um sinal de "vem" com a mão. Ela fecha seu semblante e se posiciona também, tentando desferir uma sequência de socos em mim, mas qual eu desvio tranquilamente. Em seu último soco, ela estica demais seu braço, abrindo espaço para que eu golpeasse ali, ela reclama de dor e tenta novamente, seguro sua mão a empurrando pra trás, e parece um replay de ontem. Ela avança pra cima de novo, eu seguro seus socos e chuto a lateral de sua perna. Ela se afasta, visivelmente irritada. 

-AI! -Ela reclama, eu dou risada.

-Tá ficando puta? -Eu a provoco. Ela volta, vindo com uma boa sequência de socos e chutes. Desvio de seu ultimo chute dando a volta por seu corpo e invertendo nossos lados. Ela avança novamente, eu defendo seus golpes com a parte externa do meu braço, e a chuto pra longe. -Parte de baixo desprotegida, pensa fora da caixa. 

Ela volta, penso que vai me atacar por cima, mas desliza no chão, me dando uma rasteira. Eu caio, vou dar a ela esse crédito. Rolo pro lado rapidamente, e ela já está em cima de mim. Enrosco minhas pernas em volta de seu pescoço, e confesso que a posição está bem erótica. Giro meu corpo, a levando pro chão. Agora a tenho sobre o controle em minhas pernas, ela pede tempo batendo três vezes no chão, eu a solto. 

-Foi boa a tentativa. -Eu digo me levantando, a chamo com a mão de novo. Mais uma vez, bloqueio suas investidas. Na tentativa de um chute, seguro sua perna a a giro, fazendo com que ela caísse no chão, desfiro alguns chutes leves em suas costas. -Se estivesse na rua, já estaria morta. 

I Love it When You Hate MeDove le storie prendono vita. Scoprilo ora