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Três malditas horas sentada no banco de um carro viajando para outra cidade, meus pais nem fizeram questão de me trazer e apenas pagaram alguém para isso. Nessa situação eles nem pensaram em como eu ficaria e não hesitaram em me pôr em um carro e mandar para bem longe. Às vezes acho que eu devo ser o real problema deles.
Tive que trazer pouca coisa, vou ter que comprar roupas novas e pelo menos para isso me deram dinheiro. O pior é saber que ficarei aqui por tempo indeterminado.
Minha tia conseguiu me matricular em uma escola e pelo o que entendi é a mesma do meu primo Sasuke. Faz anos que não os vejo, me pergunto como devem estar. Assim que entramos na cidade, não pude evitar olhar a bela vista do lugar, cheio de paisagens e lugares bonitos. As casas então, todas luxuosas e rústicas, de alguma forma são reconfortantes.
Depois de alguns minutos finalmente avistei a casa dos meus tios. Parecia maior do que eu me lembrava, e eles devem ter reformado já que a até a pintura estava diferente. O nervosismo entalou em minha garganta, a minha vontade era de chorar, gritar e correr para qualquer lugar agora, não estou pronta para encarar tudo isso. Para piorar eu ainda estava sem celular, por causa dos últimos acontecimentos eu acabei perdendo a cabeça e o arremessando longe.
Peguei minha única bolsa que havia trago e caminhei por aquele longo caminho de pedras de mármore, parando em frente aquela porta que deveria ter uns cinco metros, exageradamente grande. Respirei bem fundo e toquei a campainha. Depois de alguns segundos a porta abriu, era minha tia.
Ela estava com aquele sorriso acolhedor de sempre, a mais nova e mais amável da família, não é atoa que minha mãe me deixou com ela. Seus cabelos a altura do ombro, deve ter cortado recentemente, completamente negros e sem nenhum fio grisalho. Sua roupa é um vestido azul claro com detalhes brancos e com mangas caídas nos ombros, seu salto é branco e alto, suponho que ela deve ter acabado de chegar em casa.
Não precisei dizer nada, assim que me viu ela me reconheceu.
Mikoto — Hana, querida. – Me abraçou apertado – Você está tão crescida, nem parece aquela garotinha fofa que corria pelo meu jardim. – Apertou minhas bochechas.
— Bom te ver, tia Mikoto, senti saudades. – Disse sorrindo.
Mikoto — Vem, deixa que eu a ajude com isso. – Pegou minha bolsa – Sua mãe avisou que traria pouca coisa, por isso já providenciei suas roupas e um celular pra você.
— Tia, não precisava disso. – Sorri constrangida.
Mikoto — Não se preocupe, você é da família. – Me puxou para dentro com ela – Enquanto você estiver aqui pode pedir qualquer coisa, meu bem.
Talvez não seja tão ruim passar um tempo aqui.
— Obrigada tia. – Sorri – Onde está meu tio?
Mikoto — Ele está no trabalho ainda, vai chegar a noite. – A segui subindo as escadas – Vai vê-lo mais tarde.
