Capítulo 11.

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Então seus demônios interiores se agitam,
Você tenta sufoca-los,
E no final está sufocando-se junto.

(Autor desconhecido)







Domingo de manhã quando acordei enfiei-me dentro de uma banheira cheia de água, a sensação de segurar o fôlego debaixo d'água era boa, fazia-me sentir no controle das coisas que estavam descontroladas, como meus pensamentos, minha vida e mais algumas coisas fodidas no meio disso tudo.

Emergir a cabeça pra fora para respirar e mergulhei de novo voltando a contagem do 0...1...2...10 segundos ...11...15...quando estava em 90 segundos ou um minuto e meio pra ser mais exata minha mãe bateu na porta e me chamou.

__Phoebe! A Emília está aqui, veio te chamar pra sair!

Soltei o ar que prendia e sai da banheira de água. Amarrei o cabelo em um coque no alto da cabeça enquanto pegava o roupão que raramente usava pra me enrolar, não poderia correr o risco de usar uma toalha e minha mãe ver a marca da mordida no meu braço, não era momento pra arrumar confusão e deixar as coisas mais fodidas do que estavam.

__Só um minuto já vou sair!

Meti os chinelos nos pés e abri a porta do banheiro, Emília estava sentada na beirada da minha cama com uma mochila preta do lado.

__Já vou sair Phoebe, volto antes do meio dia, mas se você sair antes de mim não esqueça de levar suas chaves.     __minha mãe apertou meus ombros e me deu um beijo no rosto__      __Se comporta e cuidado, te amo minha princesa. Tchau Emília.

__Até mais dona Anna!

Minha mãe saiu e me virei de frente pra minha amiga.

__Certo qual é a bomba da vez? 

Perguntei à ela e comecei a secar o cabelo com uma toalha que peguei detrás da porta.

__Bom... Não posso vir te visitar?

__Pode, mas normalmente é o contrário.     __disse categórica__

Ela exalou forte e se levantou.

__Vim pedir desculpas por ontem, eu não deveria ter agido daquela forma, e eu sei que não tem como voltar no tempo e tals mas eu realmente queria pedir desculpa, fui horrível com tudo aquilo que fiz, sei que nada justifica, eu estava com raiva e não sabia o que fazer, existe uma pressão muito grande em cima de mim que minha família coloca esperando que eu pare de ser uma drogada e a vergonha da família entende? Eu não sei como parar sabe.

Ela mordeu o lábio inferior esperando eu dizer algo, como continuei calada ela voltou a falar.

__Por isso eu queria fazer um passeio sabe, só nos duas, e vai ser ao ar livre, conversei com sua mãe já, ela concordou, pelo menos por fora.   __ela subiu os ombros e desceu__      __O que você acha? Como pedido de desculpas.

__Tá bom... eu vou.    __ela bateu as mãos uma nas outras alegre__     __Mas você foi muito babaca com sua mãe sabe disso.

__É eu sei, ela ainda está bem chateada comigo.

__E como não estaria? O que você falou ontem pra ela magoou profundamente os sentimentos dela Emília!

Ainda estava triste com Emília, não zangada, só decepcionada mesmo.

__Ei...     __ela se levantou me abraçou por trás apoiou a cabeça no meu ombro e segurou nossas mão juntas__     __Você é minha amiga, minha única amiga na verdade, e não quero te perder, você é muito importante pra mim.

Minha MetadeOnde histórias criam vida. Descubra agora