Capítulo 35

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Nayeon já estava há dias trancafiada naquelas pesquisas, sempre levara a sério seu trabalho e não levava desafio para casa, mas ela sabia que, como Jeongyeon havia falado, aquilo levaria meses.

Nayeon escutou baterem na porta do trailer e estranhou. Quem estaria naquele lugar em plena madrugada? Sua surpresa só aumentou quando viu Chaeyoung do lado de fora, com os braços encolhidos devido ao forte vento que as atingia aquele horário, o inverno se aproximava.

— Com licença. — Chaeyoung disse baixo.

— O que quer? — Nayeon perguntou e seus olhos se abaixaram na altura das mãos de Chaeyoung quando a viu entregar a ela uma garrafa térmica.

— Eu trouxe café. — Chaeyoung disse com o queixo batendo. — Sempre trago para a Mina e imaginei que você precisasse de um pouco. Aquece o corpo e te mantém acordada.

Qual era o intuito de Chaeyoung em acordar no meio da madrugada para levar-lhe café?

— Eu não te envenenei, se é isso que pensa. Posso até provar antes para cessar suas dúvidas. — Chaeyoung disse e Nayeon suspirou.

— Entre aqui. Está frio aí fora. — Nayeon pediu e Chaeyoung obedeceu, ouvindo a porta ser fechada atrás de si. — Por que acordou de madrugada só para fazer isso?

— Oh, não foi minha culpa. Foi o meninão. — Chaeyoung disse e Nayeon franziu o cenho.

— Quem?

— Como "quem"? Meu pinto. — Chaeyoung disse e Nayeon franziu o cenho.

— Seu pênis te acordou?

— Sim, todas as noite vou ao banheiro de madrugada. — Chaeyoung disse e Nayeon por fim entendeu, assentindo.

— Mina estava dormindo? — Nayeon perguntou e Chaeyoung sorriu.

— Sim, tão linda que fiquei até com pena de sair de perto dela. — Chaeyoung disse e Nayeon conteve um sorriso.

— Gosta mesmo dela, hm? — Perguntou, pegando copos descartáveis antes de entregar a Chaeyoung.

— Gosto. — Chaeyoung respondeu apenas isso, contudo, a intensidade de sua palavra, o brilho em seus olhos e sorriso bobo que brincava em seus lábios fizeram Nayeon saber que era algo puro e genuíno. — Vou tomar o café para te mostrar que não tem veneno, mas já vou embora para te deixar trabalhar.

— Não precisa tomar o café por isso. — Nayeon disse e Chaeyoung suspirou.

— Preciso me desculpar de novo com você. — Chaeyoung disse olhando para Nayeon. — Por suas pesquisas que perdeu, sabe? Eu sinto... sinto muito. Eu só queria mais bolhas.

— Bolhas? — Nayeon perguntou e Chaeyoung assentiu.

— Sim, a Mina fazia bolhas por todos os lados e achei lindo, aí aproveitei para ficar bem perto dela, porque você deve saber como aquela mulher é cheirosa. — Chaeyoung disse rindo e suspirou. — Aí queria passar mais um tempo com ela, só não sabia que daria nisso. Eu nunca quis prejudicar ninguém.

— Eu não te entregaria de verdade. — Nayeon confessou e Chaeyoung sorriu.

— Eu sei. A Mina disse que você tem um bom coração. — Chaeyoung disse, pegando o copo de café e virando-o de uma vez. — Boa noite, Nayeon. Bom serviço. — Disse indo em direção à porta.

— Chaeyoung! — Nayeon chamou rapidamente e a garota se virou. — Tenho algo para você. — A menor franziu o cenho, mas esperou Nayeon fuçar em suas coisas antes de voltar até ela e entregar um comprimido lacrado em um plástico.

— O que é isso?

— É para a Mina, na verdade. — Nayeon disse. — Só fiz essa. É uma pílula do dia seguinte. Não fiz mais porque vai perdendo a força e se usar muito pode não funcionar, então use o dia anterior de tomá-la com sabedoria e esperem os anticoncepcionais ficarem prontos.

Os olhos de Chaeyoung focaram no comprimido e logo ela sorriu.

— Obrigada. — Ela disse e Nayeon assentiu, se sentando como se Chaeyoung já não estivesse ali.

A menor saiu animada dali e voltou para o trailer de Mina, removendo somente a blusa grande. Estava frio para dormir só de cueca, então permaneceu com sua calça de moletom e sua regata preta.

Seus olhos encontraram a figura delicada e doce dormindo encolhida na cama e um suspiro involuntário saiu de seus lábios. Ela colocou a pílula na gaveta de Mina e ergueu a coberta, se enfiando ali vagarosamente antes de abraçar o corpo a sua frente e inalar seu perfume.

— Onde esteve? — Mina murmurou ainda de olhos fechados e com a voz sonolenta e o coração de Chaeyoung se derreteu outra vez. — Demorou.

— Dor de barriga forte. Não sentiu o cheiro? — Chaeyoung disse e Mina negou, se virando para ela e afundando seu rosto nos seios da menor.

— Graças ao bom Deus não. — Mina murmurou e Chaeyoung riu.

— Estou brincando. Fui levar café para a Nayeon. — As orbes castanhas se abriram instantaneamente, fitando Chaeyoung confusa.

— Ela te ofendeu?

— Não, acho que estamos bem. — Chaeyoung respondeu e Mina suspirou aliviada. — Ela fez para você uma pílula do dia seguinte.

— Fez? — Mina perguntou surpresa e Chaeyoung assentiu animada..

— Sim. Sabe o que isso significa? Que a cobra pode se esconder na toca. — Mina riu e plantou um beijo no pescoço da menor.

— Está tão ansiosa assim para perder a virgindade?

— Só porque é com você. — Chaeyoung disse baixo.

— Não transaremos agora. Estou com sono.

— Eu sei, está frio, Mina. O meninão se encolhe e não gosta de sair da casinha.

— Então me abraça e durma, amor.

Amor.

Amor.

A-M-O-R.

— Acho que estou tendo uma parada cardíaca, pode checar? — Chaeyoung disse e Mina abriu os olhos preocupada. — Ouviu como me chamou?

— Na verdade não. — E, de fato, era verdade. Ela dissera sonolenta e sequer havia se dado conta.

— Você me chamou de amor com "a" de AAAAAAAAAAAAAAAA. — Mina riu alto e abraçou fortemente Chaeyoung.

—Adoro as risadas que me tira o tempo todo. — Mina murmurou e depositou um beijo nos lábios de Chaeyoung.

— Não faço por querer, mas que bom que gosta.

— Agora durma.

— Se eu te chamar de amor também você terá uma parada cardíaca?

— Acho que ficarei bem com isso. — Mina falou contra a pele de Chaeyoung e a menor sorriu.

— Então boa noite, amor. — Chaeyoung disse e Mina sorriu, sentindo seu peito inflar antes de sentir o sono voltar a dar as caras.

O Último Pênis | MiChaeng G!POnde histórias criam vida. Descubra agora