𝐘𝐔𝐉𝐈 𝐈𝐓𝐀𝐃𝐎𝐑𝐈, mais que amigos.

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𝒊¹﹔ sinopse.
a amizade de yuji com
[nome] torna–se algo
mais após uma noite pluvial "
𝒊²﹔pronomes & tema.
femininos, soft "

O sétimo dia de novembro é agraciado com pingos d'água que chocam–se violentamente contra a casa de Yuji, despertando altos e até mesmo levemente intimidantes ruídos ao terem contato constante com as janelas.
Forte e repentina somente como a chuva poderia ser, a mesma era despejada diante de seus olhos, a fazendo sentir–se derrotada pelas catástrofes da mãe natureza.

[Nome] observou a chuva umedecer toda a paisagem que o vidro de uma janela a separava de por minutos que mais se assemelharam a horas. O silêncio preencheu o local neste período enquanto um único questionamento vagava por sua mente.

Como voltaria para sua casa?

Quando o mundo parece estar desabando diante de seus olhos, é árduo ser positivo ou racional, e era exatamente o que estava acontecendo com a jovem adolescente desprovida de sequer um guarda–chuva.

╌─ Seu irmão estava certo ╌─ A voz do rapaz de madeixas rosadas ressoou por todo o cômodo enquanto se aproximava de [Nome].

╌─ Infelizmente. E só de pensar na cara que ele vai fazer ao me ver chegar lá ensopada, ou na melhor das hipóteses com tênis enlameados, me faz querer sumir ╌─ Você comentou, sentindo a mão de Itadori, o melhor amigo de você e seu irmão, repousar em seu ombro direito, virando-a para trás.

╌─ Sabe que pode ficar aqui até a chuva passar certo? Ligamos para ele avisando e desligamos antes que ele possa rir e nos dizer que estava certo sobre a piora que o tempo teria.

╌─ 'Brigada Yuji ╌─ Comentou, curvando seus lábios em um sorriso. ╌─ Apesar de que tenho certeza que ele vai falar sobre assim que eu chegar em casa. Odeio quando ele está certo. Eu não deveria ter ficado jogando videogame com você, até porque eu perdi feio ╌─ Dissera, admitindo as inúmeras derrotas que tivera nas últimas duas horas.

Yuji riu enquanto a afastava da janela, a trazendo novamente para a sala qual passara mais de três horas jogando com seu irmão – que fora embora após perceber a aparência acinzentada do céu – e Itadori.

╌─ O que acha de vermos um filme? Me parece melhor do que humilha-lá em mais partid╌─ Sua fala fora cortada por um soco com intensidade suficiente para acarretar em um resmungo de dor de Itadori, [Nome] o dera em prol a sua própria honra.

Ambos sentaram–se no sofa, em silenciosa concordância as palavras de Itadori. E isto ocorreu novamente, quando o streaming selecionado fora movido diretamente para a categoria 'terror', pois em um entardecer chuvoso, o que mais poderiam ver?
Itadori entregou o controle para [Nome], levantando–se para desligar as luzes do cômodo e assim, proporcionar adequado clima para um bom filme de horror.

Quarenta minutos se passaram após a escolha de filme e tanto [Nome] quanto Yuji começaram a compreender o porque deste ser considerado um dos mais assustadores do ano, apesar disto, as reações de Itadori eram definitivamente, mais expressivas e histéricas que o da garota, que não poupou–o de ter ciência disto, pois a cada susto que o filme apresentava, era acompanhado por um grito nada másculo do rapaz e uma risada subsequente de [Sobrenome].

╌─ Você parece uma garotinha assustada ╌─ Comparou ela, recebendo resmungos insatisfeitos como resposta.

╌─ E você não para de rir, logo não está prestando atenção no filme, por isso não se assusta também! ╌─ Argumentou ele.

╌─ Porque você parece minha irmã mais nova com esses gritinhos! Mas está bem, não vou rir mais e provar que você é um medroso ╌─ A jovem se comprometeu, segurando sua própria risada.

Mais minutos se passaram, e apesar de odiar estar tão errada, a cada minuto que se passava a tensão aumentava gradativamente e os calafrios também. Não poderia negar que aquele filme era assustador.
A uma hora e quinze minutos de filme, [Nome] espantara–se com a faceta mutilada e medonha que surgira repentinamente na tela, sua destra tocou o pulso de Yuji, que parecia ter perdido a força em suas cordas vocais, pois apenas estremecera fortemente com a cena. Ambos olharam um ao outro e antes que voltassem a atenção para o filme, um ruído que com toda certeza elevara os batimentos cardíacos dos jovens os unira ainda mais em busca de resquícios do que seria proteção ao desconhecido.
Itadori movera seu corpo na direção do som, e o vislumbre de um pequeno trincado em sua janela fora o suficiente para acalmar o coração do rapaz.

╌─ Foi só um galho, eu acho ╌─ Explicara a garota perigosamente próxima a si, em uma tentativa vitoriosa de tranquiliza-la.

╌─ Não diga isto! "Eu acho", foi o que aconteceu ╌─ Proferiu [Nome], tentando convencer a si mesma.

Os orbes castanhos de Itadori encontram–se com os teus, e engolindo o seco, o rapaz finalmente percebe a proximidade de ambos, jamais tiveram tal, eram somente amigos afinal, o mais longe que poderiam chegar, seria um abraço genuinamente inocente por razões estritamente explicáveis e justas, como agora, correto?

[Nome] percebera a situação pouco depois. Ombros colados, o toque de sua destra antes leve agora segurava firmemente o pulso do rapaz devido ao susto, e com a movimento de Yuji, agora, suas facetas estavam próximas e uma a frente da outra. Estranho, no mínimo. Porque ele não se moveu afinal?
E droga, porque seu amigo parecia tão belo com aquela proximidade?
Seus olhos moveram-se em uma sequência conhecida, de um olho a outro e por fim, repousaram nos lábios de Itadori.
Talvez ele não se importasse com a falta de sutileza, mas [Nome] nunca fora a definição dela de qualquer modo. Era obstinada, e não precisaria de um pedido de Itadori para atender o que qualquer ser humano era capaz de ver que este desejava.

Então o fez. Uniu ambos os lábios em um beijo simbólico e únicos. Sua soltou o pulso de Itadori, movendo-se para a nuca do rapaz, o trazendo para si. Este, embora surpreso, jamais se afastara, nem por um segundo sequer. Suas mãos delicadamente segurando a cintura de [Sobrenome] enquanto ambas as línguas entrelaçavam-se em uma dança lenta e com certo teor erótico.

Separaram-se pouco depois, provável consequência do grito de uma personagem do filme de horror, mas de certa forma, era um detalhe tão pequeno que não seria correto afirmar que o real motivo fora este, de todo modo, separaram–se, voltando a ficar na imagem apresentada no eletrônico como se nunca tivessem desviado de.
Itadori forçara uma curta tosse na intenção de quebrar o silêncio entre ambos, apesar de gritos horrorizados soarem da televisão.

╌─ Isso foi...

╌─ Estranho ╌─ Completou ela, estupefata. Suas mãos tateavam o controle remoto como uma distração nervosa.

╌─ E...Bom ╌─ Acrescentou Yuji, incerto da reciprocidade de [Nome] a sua opinião. A garota acenou em concordância.

╌─ Tem razão ╌─ Ela dissera, e por alguns segundos, o silêncio entre ambos se instalara novamente. Então, a garota pressionara um dos botões de volume do aparelho, mudando imediatamente o televisor. ╌─ Deveríamos repetir ╌─ [Nome] movera sua cabeça para observar Yuji de novo, deixando escapar a fôlego que sequer sabia que estava contendo.

╌─ Com toda certeza ╌─ Yuji dissera antes de aproximar-se velozmente dela, sua mão repousando no rosto de [Nome] enquanto o trazia a si, para findar com o pouco espaço entre ambos.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, jujutsu kaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora