5 - Delicado, frio e muito distante

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Os melhores planos

Se desfazem

E despedaçam todos os meus sonhos

Às vezes eu quero gritar

Fechar meus olhos

Nessas horas

Minha cabeça gira

Deep Purple – Sometimes i feel like screaming

O bloco cirúrgico do Central era formado por um complexo grande de salas com os melhores equipamentos disponíveis no mercado. Madara foi levado para seu quarto acompanhado do irmão e o próprio médico, enquanto na recepção daquele andar uma das atendentes preparava a documentação necessária para continuar a internação, que então seria resolvida no próprio local onde ele ficaria internado quando estivesse instalado.

O lugar era grande e espaçoso, tinha tudo que o paciente precisaria e até mais. Além da cama, havia ainda um sofá confortável de dois lugares, assim como uma televisão presa na parte de cima sobre um painel de madeira bem bonito que combinava com o tom de decoração dos outros itens. Duas portas em paredes opostas davam acesso para um banheiro amplo, preparado para qualquer tipo de paciente e suas necessidades, e na outra porta havia o acesso para a ante-sala onde os acompanhantes poderiam ficar acomodados estando confortáveis e deixando que o paciente também tivesse seu próprio descanso.

Dentro do ambiente adjacente havia dois sofás de dois lugares, uma cafeteira de cápsulas, um bebedouro acoplado à parede, e uma mesa com três cadeiras, além de outra televisão. A janela de vidro que dava visão para o quarto em si estava coberta pela persiana de tecido amarronzado. Era também na ante-sala que ficava o armário com chave, onde um dos enfermeiros ali presentes acompanhou Izuna até o lugar, mostrando ao mesmo onde poderia deixar as malas e outras coisas pessoais sem se preocupar. O irmão mais novo agradeceu e se sentiu aliviado por saber que Madara estava em um lugar com tamanha estrutura para se tratar.

Em seus desejos mais íntimos acreditava que o irmão poderia voltar a andar.

- Nós vamos finalizar a internação e em seguida te preparar para começar os exames. – Disse o médico. – Enquanto isso pode ficar à vontade. Os enfermeiros vão auxiliar no que for preciso, e qualquer dúvida que tiverem podem chamar.

- Obrigado. – Izuna dispensou o agradecimento e mirou o homem nos olhos. Havia certa gratidão por trás do olhar marcante, ainda que fosse hábito de todo Uchiha mostrar aquela seriedade quase exagerada. – Por tudo.

O médico dispensou um sorriso para ele e para Madara e então saiu do quarto, deixando os irmãos Uchiha junto dos enfermeiros. Izuna se adiantou para organizar a ante-sala de maneira que fosse mais confortável para si, e os dois enfermeiros se voltaram para Madara. Um estava verificando os aparelhos e a cama, e o outro pegou uma embalagem de dentro de um dos armários. O Uchiha mirava a janela já coberta com a neve quando o enfermeiro chamou sua atenção.

- Essa é a roupa dos pacientes. – Disse um deles. – Elas não têm qualquer tipo de metal, o que garante a segurança do paciente na realização dos exames de imagem, principalmente a ressonância. Elas também são mantidas esterilizadas aqui mesmo no hospital, nunca saem do complexo.

Madara mirou por cima, vendo se tratar de alguma roupa azul.

- Eu vou confirmar os horários dos seus exames, para podermos começar. – Disse o outro enfermeiro, terminando de verificar, e baixando o nível da cama, confirmando que estava adequada. – O senhor precisa de ajuda para se deitar?

Madara negou.

- Já me acostumei com isso. – Ele então mirou rapidamente o irmão no cômodo ao lado, e em seguida os enfermeiros. – Obrigado.

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