Capitulo 27 - Dor

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Após a rápida conversa com o pastor Hector se retirou, deixando Lucas sentado com sua parente. Ele supervisionava a cozinha para que não faltasse nenhum alimento, mas com o passar do tempo sentiu a fome de algo que saciasse melhor.

- Príncipe, vamos almoçar? – Disse ao pé do ouvido do pequeno. – Quero descansar um pouco também, quase não dormir.

Acordou com os familiares, que Fabricio ficaria ali junto com os irmãos de comunhão da velada. O empresário aproveitou a oportunidade e solicitou que os motorista tirassem o tempo de alimentação junto a família e orientou os que ficariam ali e provavelmente o dia todo.

- A van está em total disponibilidade após eles tirarem o horário de almoço. Ouvi que algumas pessoas querem vir, mas não tem como faça um aviso que o carro irá buscar elas a partir de alguma hora. – O diretor falou com a filha, o viúvo e o pastor. – Não tenham medo de solicitar os motoristas para irem aos lugares, só precisa de alguém para acompanhar.

E assim os carros saíram em partida ao restaurante mais próximo, algo complicado, pois já se passavam das 13h e como era um interior tudo havia fechado cedo. Finalmente, após rodarem um pouco acharam um.

O almoço tinham o luto como tema, apesar de ter tranquilidade em alguns rostos. Todos comeram a ponto de sentirem satisfeitos e Judith, assim como o loiro, mostrava um semblante de cansaço além da dor de velar uma filha.

- Sua avó está muito cansada, o que acha de eu levar ela um pouco em casa para descansar?

- Vamos nós três, preciso dormir um pouco também.

Bruna levara um quentinha ao seu pai, que ficou na igreja, Alberto e Gabi voltaram juntos na van enquanto o trio partiu para casa dormir um pouco. A sênior agradecia ao homem por se preocupar tanto com ela e Lucas apenas sorria no banco de trás com o bom relacionamento da família com o amado.

Chegaram e Hector apenas se jogou na cama do jeito que estava, sem nem tirar a meia ou se tapar, o companheiro pôs uma coberta em cima do moço que apagou em menos de um minuto deitado. Ele, o cacheado, entendia que estava cansado. Foi a cozinha e via sua avó olhando para tudo e derramando lagrimas.

- Meu neto, não há dor maior que vê uma mãe vê um filho no caixão. Entendo que Deus cumpriu com os planos dela na terra, mas me dói muito. – Ela secou as gotas que escorriam em seu rosto. – O que me tranquiliza é que o novo membro da nossa família é um anjo, não há palavra melhor que essa. Não pelo dinheiro e sim pela bondade.

O rapaz abraçou a senhora e ambos choraram intensamente. A senhora também foi posta na cama com a ajuda do pequeno, que igualmente a cobriu e deu um beijo em sua testa. Ele voltou ao lado de seu amado e depois de pensar no que tivera acontecendo adormeceu.

O trio acordou quase todos juntos, cerca de 2 horas após adormecerem. Hector pediu para tomar um banho rápido e trocou de roupa, tirou a blusa e calça social e colocou uma calça jeans escura, blusa de gola polo preta e um sapato dockside azul marinho. A surpresa foi ele retirar a lente e surgir com óculos de grau e o namorado vê-lo com os olhos tão azuis que chegava a ser cinza.

- Você fica com um olhar tão amedrontador quando está sem lente.

- Por isso elas são coloridas. Eu dormi com elas, meu olho ficou muito cansado, vou ficar sem umas horas ou coloco só amanhã.

- Você é a mistura do Rodrigo Hilbert com aquele namorado da Shakira. – Disse Judith na porta do casal. – Só que seus olhos são mais claros e seus cabelos também.

- Obrigado. - Agradeceu sem graça. - Estão prontos?

Partiram mais uma vez para a igreja. O trajeto era curto e logo chegaram, mas agora a quantidade era maior de pessoas e muitos olhavam para o carro do homem – um evoque chamava atenção – e olharam mais quando desceram.

Hector e Lucas (Romance Gay)Where stories live. Discover now