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Já a noite, quando Kaipa e sua mãe arrumavam as coisas para fechar a barraca, Alan chegou para pegar os dois. Eles conversavam animadamente durante todo o trajeto, a mãe de Kaipa contando planos que tinha para vender a barraca e finalmente abrir uma lojinha mais perto de casa. Com tantos clientes fixos conquistados ao longo dos anos, ela havia juntado dinheiro suficiente para abrir seu próprio negócio. Ela almejava conquistar algo que pudesse deixar para Kaipa, mesmo que ele ainda estivesse na faculdade, ela acreditava que precisava ter algo que mantivesse sua renda, mesmo depois que ela se fosse. Kaipa a repreendeu: "Não diga bobagens, você ainda vai estar aqui durante muitos anos.". Alan observava com carinho, admirando o amor que tinha entre eles.

Alan parou o carro em frente a casa e se despediu da mãe de Kaipa, que segurou seu rosto e depositou um beijo em cada bochecha. Ela o olhou nos olhos como se agradecesse e sem dizer mais nada, saiu do carro levando a bolsa embaixo do braço. Alan segurou a mão de Kaipa antes que ele pudesse sair do carro. Kaipa entendeu seu pedido silencioso.

— Eu volto já. - Alan beijou os nós dos dedos de Kaipa e o soltou, aguardando pacientemente enquanto ele ajudava a mãe a carregar as coisas pra dentro e voltava correndo com a mochila presa no ombro.

Eles foram em silêncio durante todo o trajeto até a casa de Alan, uma música tocava no rádio, mas Kaipa não saberia dizer qual era mesmo que Alan cantasse baixinho balançando a cabeça no ritmo da batida, ele só conseguia se concentrar na mão de Alan, que segurava a sua enquanto dirigia.

Kaipa sentia que Alan estava diferente naquele dia, um tanto mais doce do que o normal. Não que ele não fosse doce sempre, mas geralmente era Kaipa quem iniciava algum contato físico com ele, dessa vez Alan parecia querer manter as mãos nele o tempo todo e Kaipa estava animado para o que viria a seguir.

No fim da noite, Kaipa já estava impaciente. Eles cozinharam juntos, assistiram a um filme nos braços um do outro, Alan novamente secou seu cabelo e nossa! Alan teve diversas oportunidades de beijar Kaipa. Kaipa tinha certeza que deu sinais claros de que queria aquilo. Então por que diabos Alan não tomava uma atitude?

— Alan? - Kaipa chama baixinho.

— Hm? - Os olhos de Alan deixam a tv e ele direciona toda sua atenção para Kaipa.

Kaipa ama quando ele faz isso. Ele sempre faz isso.

Antes que possa frear suas vontades, Kaipa rapidamente se inclina na direção de Alan e sela os lábios nos dele. Um beijo casto e muito rápido. Kaipa se afasta antes que Alan possa se dar conta do que acabou de acontecer, mesmo que seu coração esteja batendo feito louco contra o peito. Eles se encaram durante longos minutos e então, para a surpresa de Kaipa, Alan segura seu rosto com ambas as mãos e o beija de novo. Kaipa pode se ouvir gemer com deleite contra os lábios de Alan e isso é todo o estímulo que o maior precisa para que evolua o beijo de apenas um pressionar de lábios, para mordidas e lambidas urgentes. Kaipa sente seu corpo agir por si mesmo e em um momento ele está no colo de Alan, seus braços em torno do pescoço do homem e as mãos de Alan agarrando sua cintura mantendo seus corpos juntos.

Eles quebram o beijo apenas quando não conseguem mais suportar a ausência de ar, seus peitos sobem e descem num ritmo acelerado. Os olhos de Alan estão grandes demais, encarando Kaipa com admiração. Kaipa não consegue falar nada, suas bochechas estão em chamas pela ousadia de beijar Alan, mesmo que ele não se arrependa. Ele acaricia a nuca de Alan com a ponta dos dedos, o maior fecha os olhos com prazer.

— O que foi isso? - Alan sussurra como se tivesse pensando em voz alta.

— Desculpe se eu fui longe demais. - Os olhos de Alan se abrem alarmados.

Waiting for loveOnde histórias criam vida. Descubra agora