LOGAN | VOL. I

Capítulo 28-Kai

Fazia uma semana desde que, Logan me deixou em paz. Achei que ele estaria blefando, mas ele realmente me deixou em paz. E uma parte minha estava contente com isso, e outra nem tanto. E eu não sabia explicar o porquê. Eu deveria tá pulando de alegria, por ele ter me deixado em paz, porém não estou.

Acho que ele passou tanto tempo me atazanando, que me acostumei com isso. Era só questão de tempo, para eu voltar a minha rotina habitual. O bom é que, eu não trabalharia mais para ele, então não teria convivência. Eu percebia que às vezes ele me olhava, mesmo de longe.

E apenas com seu olhar, meu corpo tremia e eu sentia um arrepio. As lembranças das suas mãos no meu corpo, da sua boca na minha, sua voz rouca e baixa na minha orelha, me assombravam. E eu tentava de todas formas, esquecer disso, eu precisava. Eu já tinha sonhado duas vezes com ele, sonhos eróticos e eu acordava molhada e sedenta. Geralmente eu tinha pesadelos com sexo, e agora eu tinha sonhos pecaminosos com Logan.

Eu estava em busca de um novo emprego, e não desistiria fácil. Minha mãe ligou, decretando que eu passaria a ação de graças com ela. Até tentei fugir disso, mas ela não deixou. E cedi por ela, era minha cidade, minha casa, eu não poderia fugir para sempre. Relatei a ela sobre voltar a sessões terapêuticas, e ela ficou contente. E eu fiquei feliz pelo apoio que ela me deu.

Mas uma semana se passou, e nada do Logan falar comigo, aos poucos eu estava voltando ao normal. Mas ainda sim, aquele fogo dentro de mim, não se apagava. E eu me odiava por isso. Não conseguia esquecê-lo, parece que ele estava na minha pele, às vezes sentia seu cheiro. E toda vez, que eu ousava olhá-lo, meu coração disparava.

Logan parecia ter esquecido totalmente da minha existência. Não recebia mais olhares dele, e nada do tipo. Ele simplesmente parecia ter esquecido de mim, era melhor assim. E eu deveria fazer o mesmo, esquecer que ele existiu. Nós éramos estranhos, antes de tudo acontecer, e voltamos a ser estranhos novamente.

Minha primeira sessão com a terapeuta, não foi tão ruim como pensei. Tive que começar tudo do começo, e foi doloroso, toquei na ferida que tentei esquecer milhões de vezes. Porém, ela foi atenciosa e me ouviu atenta, falava calmamente, e tentava me deixar confortável, garantindo que nada do que falávamos ali, sairia dali. Passei um bom tempo, atualizando ela, e por fim, nossa sessão ficaria agendada para dia três de dezembro, já que próxima semana já era ação de graças.