LOGAN | VOL. I

Capítulo 29- Satisfações

Eu não deveria ir atrás dela, estava muito bem fingindo que a sua existência, era insignificante. Porém, o fato dela e Kai estarem próximos, me incomodava. Eu não queria ela no nosso meio, não a queria envolvida com nenhum dos meus amigos.

Eu cheguei primeiro, eu a beijei primeiro. Não o Kai!.

Não queria que ela fizesse parte da minha vida, e por isso ela ficaria longe do Kai, o qualquer um dos meus amigos. Estaciono o carro na universidade, e saio dele batendo a porta com força. Eu precisava achá-la e confrontá-la, fazia duas semanas desde que, decidi deixá-la em paz ao vê-la chorando. De novo.

Não sei se ela estaria no dormitório. Mas para onde ela iria? Ela tinha Molly como amiga, então a mesma poderia arrastá-la, para qualquer lugar. Andei pela passarela em passos apressados, em direção ao dormitório. Eu me sentia irritado, nervoso, e ansioso. Era só duas semanas sem dizer uma única palavra a ela, porém para mim, era como se fosse anos.

Parei bruscamente ao ver a ruiva, perto de uma árvore. Sentada encostada na mesma, com um vestido branco com algumas flores nele. Ela lia um livro e com fones de ouvido, como de costume. Do seu lado, havia uma toalha de piquenique estendida, com uma pequena cesta. Ela estava esperando por alguém?.

Ela parecia tão inocente e pura naquele vestido, e com o rosto concentrado na leitura. Porém, lembrei que se tratava de Charlotte, e no momento, eu estava com raiva dela. Fui andando em sua direção, em passos pesados, queria que ela sentisse minha chegada.

Quanto mais eu chegava perto, mais ansioso eu ficava, e eu não sabia o motivo. Nunca fui de ficar ansioso, para falar com alguma garota. Por que com Charlotte era diferente?. Essa garota sabia me tirar do sério, e ao mesmo tempo desejá-la.

Charlotte finalmente olhou para cima, e arregalou os olhos, quando me viu mais próximo. A porra daqueles olhos, estavam me fitando agora, com um misto de emoções. Uma mistura de surpresa e irritação. Ela sempre estava na beirada de explodir quando estava comigo, sempre era assim, nunca ficavámos calmos um perto do outro.

—O que você quer?.—ela perguntou seca retirando os fones.

—Preciso falar con você.—parei bruscamente na frente dela.

—Você já tá falando.—ela me encarou com irritação.

—Sem brincadeiras, Charlotte!.—mandei sério.—Quero que fique longe do Kai.

—Oi?.—ela franziu a testa.—Com que direito, você me pede isso?.

—Con todo direito que tenho. Kai é mio amigo, e no quero vocês juntos. Seria una ponte entre noi, e Io estou bene melhor, sem você por perto. No quero você na mia vida, e você ser próxima do Kai, faz você fazer parte dela!.—falei rude e ela riu debochada e levantou-se como uma afronta.

—Em primeiro lugar, foi seu amigo que me procurou. Eu não estava atrás dele, ele que veio falar comigo e se aproximou. Se quer que alguém se afaste, mande ele não a mim!.—decretou e prosseguiu.—Segundo, você não é ninguém para mandar, eu me afastar de alguém, seja quem for! Kai é uma pessoa legal, diferente de você, e só irei parar de falar com ele, caso o mesmo queira! E não porque você tá mandando!.

Essa garota gostava de me enlouquecer, só pode. Ela era teimosa, irritante, e de lingua afiada. Por isso eu não gostava dela, as outras não me questionavam ou queriam bater de frente comigo, apenas queriam foder. Já Charlotte não, a mesma me enfrentava, eu não fazia efeito nela, a minha pose não a assustava, e isso era uma porra.

Me aproximei mais dela, e ela não recuou, continuou no mesmo lugar. Seus olhos encaravam os meus com raiva, com fogo, e a tensão entre nós era visível. Estar perto dela assim, fazia todos meus desejos obscuros aparecer. Queria pegá-la pelo pescoço, e encostá-la nessa árvore, e me esfregar nela, enfiando minha mão por baixo desse vestido, e tocar em sua boceta molhada, e fazê-la gritar.