Capítulo 1

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Nas areias mais quentes do deserto havia uma loja de sucata, aparentemente um vendedor ambulante estava na bela cidade de Tierra Caliente

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Nas areias mais quentes do deserto havia uma loja de sucata, aparentemente um vendedor ambulante estava na bela cidade de Tierra Caliente. Para sorte e azar dele, era noite então as pessoas não estavam mais nas ruas, mas isso não o impediu de qualquer forma, esperava algum visitante curioso em suas engenhocas, o que não demorou muito a acontecer, pois alguém, um cliente ousou ver, o rapaz se emocionou, em seu rosto só apareciam seus lindos olhos azuis como o céu em uma miragem na água.

— Vejo que você está muito interessado nas minhas coisas, bem, diga-me o que posso lhe oferecer. O que você está procurando? Coisas amaldiçoadas, feitiços, poções, encantamentos, uma lâmpada mágica, talvez?

 Aquele cliente negou e começou a ver o que havia ali, sua atenção foi atraída por uma adaga de aspecto luxuoso e marcante, algo que o vendedor notou de imediato, aproximou-se lentamente e pegou a adaga em suas mãos, apertando-a contra o peito com muito carinho.

Entendo, você está interessado na adaga, mas lamento muito dizer que não está à venda, hein? Porque? Bem, é meio difícil dizer...

 O cliente sem mais delongas se preparou para sair, o que o comerciante queria impedir, então puxando suas roupas e quase fazendo birra, resolveu falar.

— Espere, não vá, você ficaria se eu te contasse sobre o romance proibido? É isso mesmo que você ouviu, um amor proibido, um amor entre o sultão da Arábia, deste mesmo lugar, e um jovem ladrão, eles não eram nada compatíveis, mas algo neles surgiu de forma estranha. Então você vai ficar?— O cliente negou.— Tá, tudo bem, admito que romance não é a melhor chantagem para conseguir atenção de alguém, mas já que essa adaga te interessou, deixe-me dizer-lhe que ela pertenceu ao mesmo ladrão que conquistou o sultão. Então, o que você acha?

 A clientela aceitou e olhou para ele, o comerciante assentiu e apertou a adaga mais contra si, ele parecia sorrir, enquanto voltava e dava um assento improvisado ao companheiro que, naquele meio-tempo, olhava a lua em distração.

— Bem, vou começar contando os fatos do dono da adaga. Era um jovem que vivia roubando dos ricos, já que o país não vinha de boa fartura econômica, então resolveu roubar para se sustentar. Como conseguiu a adaga ainda é um mistério, mas dizem que foi presente de um parente dele, a peculiaridade dessa adaga é que ela nunca falha, se o seu portador tivesse em mente o que faria, a adaga cumpria seu objetivo, matar, danificar, dar um aviso, até tirar você de um lugar para outro. A adaga tinha um poder estranho, de possibilidades inigualáveis ​​que não foram totalmente descobertas por seu dono, mas graças a isso o homem se tornou o ladrão mais procurado em todos os arredores da Arábia. Embora algo fosse estranho para todos neste lugar, já que morava onde se encontrava "o palácio das maravilhas" que transbordava de grandes fortunas e era feito de ouro puro, era inesperado que um ladrão dessa laia, não fosse pelo castelo e seus luxos. O motivo disso, era que o ladrão não roubava por ganância, e sim para ajudar as pessoas que precisavam. Vivia numa casa um tanto humilde, não gozava de luxos, mas podia viver bem, a riqueza que obtinha era dada a crianças que procuravam o que comer. Além do fato de trabalhar prestando um ou outro serviço extra, algo extravagante para o seu gosto, um exímio dançarino, esperto e acima de tudo atraente.— Ele mencionou enquanto corava levemente.

 Seu companheiro inclinou a cabeça levemente sem entender, ao que o comerciante simplesmente negou e deu-lhe um sorriso caloroso.

— Interessante, não acha?— Ele deu uma leve risada.— Você deve pensar que o sultão era um tirano que só pensava nele, que era gordo e feio, mas era o contrário, o sultão era jovem e bonito, respeitado por todos no palácio ou pelo menos por alguns. Mas o fato de não ajudar seu povo devido a fome não era por ganância, mas sim fazia o que era essencial para ajudar, mas todos os dias as tentativas eram em vão, pois as atuais guerras internas entre os conselheiros o deixavam desamparado, já que aqueles velhos sempre pegavam todo o dinheiro. Embora ele também tivessem um lado sombrio que todos temiam, sabiam que ele era cruel e implacável quando o irritavam, ele torturou e matou impiedosamente, e mesmo que fosse o sultão, ainda tinha apenas 18 anos e não poderia tomar decisões até os 21. Então optou por se vestir de aldeão e ajudar, felizmente ou infelizmente, tanto o ladrão quanto o sultão se cruzaram, seus olhares se conectaram, chamando sua atenção, causando com que o ladrão fosse capturado e ficasse à mercê do sultão. Quando entrou no palácio sabia que seus dias estavam contados.

 O comerciante ficou abalado com sua clientela, o vendedor apenas riu e interrompeu o movimento de seu companheiro, que o viu emocionad* com a história.

— Calma, nada de ruim vai acontecer, por enquanto.— Ele deu um sorriso brincalhão para el*.— Bem, então vamos continuar com a história, pois a noite é uma criança.

Notas da autora: Se encontrar algum erro ortográfico ou gramatical, pode por favor menciona-lo em um comentário

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Noites na Arábia ‐ SoukokuWhere stories live. Discover now