Te mostrarei o que é pequeno aqui little angel| cap 05°

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***: repita!!—ele manda e só então eu percebo que realmente falei.

Merda,merda,merda!

A Sara cresce os olhos,Carmen e as meninas ficam tensas e a piranha da Adina continua com um meio sorriso perverso no canto da boca. A cara do homem estava séria,porém ele também tinha malignidade no olhar e sorriso vil.—Repita Little Angel—ele agora fala como se pedindo,em tom tranquilo.
Mas que droga! eu havia travado,não consigo falar.
Ele deu um sorriso torto e logo em seguida lançou-me um olhar porco,mordendo os lábios.—Mais tarde,quando o seu horário acabar,quero que visite os meus aposentos.—ele fala firme e objetivo,como se não me desse alternativa para protestar. Então ele começa a andar em direção a porta,para ir embora. Mas quando antes de passar por ela ,ele vira-se para mim novamente,de forma minimalista.—Vou mostrar para você o quê que é pequeno aqui little Angel—eu engulo em seco e assim que ele se vai o primeiro olhar que eu encontro é o de Sara, que ainda se encontra de olhos estupefato. Olho para as meninas e elas continuavam com a mesma expressão,todas com a mesma.

Porém a Adina tinha um olhar de inveja. Ela veio andando até mim,de forma cautelosa.
Adina: não se apure por isso. Você pode até ter chamado a atenção de Alejandro,mas ele não vai querer mais nada além de seu belo corpo. A diferença dele para os outros, é que para ele você terá que dar de graça.—eu sinto vontade de voar nela e estou prestes a fazer isso quando a Carmen outra vez a censura. A Carmen sempre está a repreender essa ridícula da Adina.
Carmen: por que você não consegue ficar calada?
Guadalupe: você quer ir no meu lugar? por favor—eu abro passagem e faço movimentos com as mãos para que ela transpasse. —Ah!—finjo ter lembrado de algo.—Você não pode ir no meu lugar não é? você queria estar com ele no meu lugar! e eu também queria muito que fosse você e não eu, acredite -pausa —Mas acontece que ele não quer você, não é mesmo? ele nunca te escolhe para satisfazer as vontades dele. Talvez ele não te ache tão atraente—eu queria a irritar igualmente ela faz comigo desde que cheguei aqui. Mas somente por isso. Porque eu daria tudo para não ter que ir para lugar nenhum com esse homem,que acabo de descobrir que ele se trata de Alejandro,chefe de máfia,chefe do tráfico humano.

Ele é o responsável por trás dessa quadrilha que fez estarmos aqui,ele tem poder e é por isso que Adina quer estar com ele,porém pelo o visto,ele ainda não a chamou para uma noite com ele. Mas ótimo,ele tinha que me chamar! mas que sorte eu tenho,que boca grande,eu devia ter ficado quieta.
Adina cala-se e fica a me fitar com olhos que mais pareciam duas metralhadoras que a qualquer momento iria me fuzilar,porém eu também mantenho o mesmo olhar hidrófobo. Até que os cafetões abriram a porta da forma de sempre,de maneira inesperada e repentina e foi o que com certeza evitou que eu e ela nós pegássemos no tapa.
Chinchurreta: hora de trabalhar meninas.—a Sara agarra em minha mão e todas começamos a sair. Foi quando pela a primeira vez eu consegui reparar melhor onde estávamos,era um prédio com dois andares,dentro de uma rua nem um pouco movimentada e a casa era bem feia por fora. Por dentro parecia maior e era bem mais arrumadinha. Aqui por fora suja e feia,parecia casa abandonada e na parede havia uma frase grafitada "borracharia". Esses porcos imundos são uns crápulas,eles estavam disfarçando a casa para que ninguém se aproximasse. Eu até estava com uma esperança de tentar fazer algo para fugir. Mas aí eu reparei que estávamos sendo acompanhadas por mais de três caras grandes e armados. Havia uma van de tamanho médio esperando a gente e eles nos fizeram entrar dentro e logo mais eles entraram junto.

Porém outros três homens vinham lá de dentro do prédio que havíamos saído e trocaram de armas com eles. Deram armas menores aos que estavam com a gente dentro da Van,armas essas que davam para esconder por debaixo das roupas. E então seguimos para onde se deduz ser a tal casa noturna. Eu tento controlar a respiração durante todo o caminho,pois acho que estou prestes a ter uma crise de ansiedade e a coitada da Sara não parava de apertar minha mão. Eu tentava parecer forte por ela,visto que eu preciso que ela me veja assim. A Sara vai ser uma das primeiras a sair desse inferno junto comigo. E depois juntas, traremos ajuda para as outras! Eu acredito em mim,eu vou sair dessa,custe o que custar.

Chegamos em um local cheio de luzes,uma boate,acesso restrito somente para alguns e havia policiais também. Assim que a Sara viu os policiais, ela apertou a minha mão duas vezes com mais pressão. Me lança um olhar de canto de olho como se me mostrando e sussurra no meu ouvido o mais disfarçado que ela consegue.
Sara: tem policiais aqui Lupi,a gente precisa dar um jeito de pedir ajuda.— Eu olho para ela com ternura,temos a mesma idade,com diferença de meses apenas, mas é evidente o quanto ela é mais inocente e humilde que eu. Era óbvio que estes polícias aqui eram tão errados quanto os bandidos que eles não perseguem, porque estes estão no meio deles. —Eu irei tentar, você me cobre ?
Guadalupe: não! não faça isso Sara ,pelo amor de Deus. Você não percebeu? esses ratos estão com eles.—digo e disfarço assim que percebo o cafetão me olhando. A gente estava parada na frente da boate e os cafetões ainda estavam dentro da Van com a gente. Havia descido apenas o motorista e o pálido do Chinchurreta.
Sara: o quê?—ela pergunta confusa olhando para lá fora.

Guadalupe: eles estão com eles Sara ,com a quadrilha.—digo referindo-me aos traficantes. Percebo a respiração dela começar a descompensar parece que ela também tinha esperança de tentar fugir nesse momento e agora tudo foi por água abaixo,não temos saída e nem uma abertura que não comprometa fácil a nossa vida,um passo em falso e nós morreríamos. —Fica calma,a gente vai passar por isso juntas e de cabeça erguida. Lembre-se que a vida é cheia dessas, mesmo. Hoje podemos estar no chão,mas amanhã podemos estar no topo, nós vamos estar no topo!—tento passar bravura para ela e para mim ao mesmo tempo.—Não esqueça,isso aqui é como a vida lá fora. Sobrevivência dos mais fortes e agente vai sobreviver e vamos acabar com todos esses filhos da puta.—eu não consigo disfarçar o meu olhar sanguinário,porque isso é tudo que eu consigo pensar o tempo inteiro aqui,em um jeito de escapar daqui,mas também de fazer toda essa quadrilha sofrer. Chinchurreta, Alejandro,todos eles! eles precisam sofrer! eles precisam pagar por tudo que eles estão fazendo.

Chinchurreta: vamos meninas, façam fila—assim fizemos. Fomos saindo de uma à uma e formando fila. Até que ele põe a mão no meu ombro e no de Sara.—Caso vocês esqueçam e queiram dar uma de emocionadas...—ele sorri pretensioso,eu sinto nojo dele,mas a Sara...Ela poderia matar ele só com o olhar que lhe lançou. Isso é algo que temos parecido,estamos transformando as nossas dores e frustrações em ódio.—Não tentem nada—ele fala bem devagar.—Ou tentem e sejam espancadas até a morte.—eu me assustei e a Sara também. Engulo em seco e continuamos seguindo,no tempo em que eu sentia que a Sara estava colocando o peso dela sobre mim,como se estivesse com as pernas fracas. Ela estava quase tendo um ataque de pânico.
Guadalupe: respira fundo—eu sussurro no ouvido dela.—Vamos, você consegue. Junto comigo,puxa e solta—eu fazia junto com ela—Tenta contar,inspire lentamente contando até três—e faço junto com ela outra vez.— Segure o ar por mais três segundos e expire com a mesma contagem. —digo e fazemos juntas novamente—Depois, mantenha-se “sem ar” por mais três segundos. —digo reparando que ela estava conseguindo se acalmar, enquanto continuamos ainda andando para dentro da boate.—Isso ,muito bem Sara. —eu a incentivo.
Sara: obrigada!—seus olhos estavam molhados mas ela já estava com a respiração mais controlada. Ponho minha mão em seu ombro—Você não está sozinha,lembra?—sorrio para ela sem mostrar os dentes.

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