Capítulo 24

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Soraya: — Você é tão linda…

Simone: — Obrigada, querida — Olhei para ela — Mas você é mais.

Ela roçou a ponta do nariz no meu e me beijou.
Cochilamos, mas ela acordou para estudar e eu fui passar um tempo com Maria.

— × —

SORAYA

Estou sentada em um sofá enquanto encolho minhas pernas contra meus peitos e seguro meus tornozelos. Motivo? Renata e Rômulo estão na minha frente discutindo sobre mulher e eu só queria cair de boca em um brigadeirão.

Meu docinho de coco estava ocupada, por isso não nos falamos muito durante essa manhã.
Eu dormi em casa depois de muito tempo dormindo com ela, uma delícia viu, recomendo. Só não recomendo com a minha morena.

Eu tô tão boiola, né? Ela parece ser mais fria em relação a nós duas, não é tão romântica, mas tenta. É até compreensível, o broxa do ex marido dela era um tchola que não sabia amar a mulher que tinha, então essa é a forma que ela tem de demonstrar amor.

Com Maria Fernanda também é assim. Ela chama a menina de amor, cuida dela muito bem, mas eu percebo que ela tem uma certa dificuldade de demonstrar carinho de outras maneiras. Ou é só comigo? Ou eu estou criando paranóias? Ai, eu tô de TPM, certeza. Espero que desça logo essa porra.

Renata: — Soso?

Parecia que eu estava tendo uma crise existencial? Sim, mas eu só estava viajando e sonhando acordada com um brigadeirão na minha frente.

Renata: — SOSO!

Soraya: — OI! — Respondi aos risos.

Rômulo: — A opinião dela não é válida.

Renata: — Por que não? Ela namora uma mulher — Olhou para mim e segurou a mandíbula de Rômulo — Me diz se esse viadinho não é bi.

Soraya: — Come todas as letras.

Rômulo: — Que?

Soraya: — Pansexual. Por que isso agora?

Renata: — Me intriga a maneira de como ele fala de buceta, parece até que gosta… — Bateu o cotovelo em Rômulo enquanto ria.

Rômulo: — Das vezes que eu provei foi bom, mas não sou obrigado a gostar.

Renata: — Uhum… tá certo. Bom, vamos voltar ao assunto do seminário? Quem fica com a introdução?

Viajei de novo, ignorei tudo e todos.
Lembrei do dia que ela saiu comigo para aquela hamburgueria e dançou, kakaka! Que dia bom.

Olhei o meu telefone e tinha mensagens dela.

Simone: — Bom dia, gatinha manhosa
Simone: — Está meio difícil aqui, mas consegui um tempo para mandar ao menos um oi
Simone: — Tomou café direitinho?

Eu ainda não tinha tomado café, mas eu sabia que ela ia insistir para me levar em algum canto e comer.

Soraya: — Não, mas eu não estou com fome, por isso não tomei.
Soraya: — Dormiu bem?

Simone: — Sonhei com você, então sim, dormi bem.
Simone: — Onde você está?

Soraya: — Casa da Renata
Soraya: — A gente está resolvendo a parte que cada um vai ficar no seminário
Soraya: — Sonhou comigo foi? Hmmmm, como foi?

Simone: — Não me confio muito nessa Renata…

Esta com ciúmes? Tadinha.

Soraya: — Está com ciúmes?

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant