Capítulo 35

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Simone: — Te amo, mas não beba assim de novo — pegou o livro e voltou a ler.

Soraya: — Então você me odeia? — resmunguei.

Simone: — Não gosto de alcoólatras, ainda mais anões, o prejuízo, ao invés de ser pela metade, é maior.

Soraya: — Filha da puta — resmunguei fofinho.

Simone: — KAKAKA! Dorme, amanhã é outro dia.

Ela guardou o livro e me abraçou, eu dormi e acordei com uma dor de cabeça que pela misericórdia.

— × —

SIMONE

Segunda-feira, 5:07 da manhã.
Eu estou acordando uma hora mais cedo nos dias úteis pois estou morando na antiga casa do Arthur que é bem mais distante, ou seja, eu estou quase madrugando.

Ontem a anã de jardim extrapolou na bebida e com certeza vai se negar a acordar para ir pra universidade. Hoje tem aula minha, assim como tem na quarta e quinta e eu me nego a ir sem ela, a aula fica chata sem minha loirinha desmiolada.

Simone: — Amor, acorda! — balancei ela de um lado para o outro.

Soraya: — Hummm! — resmungou com impaciência.

Essa onça nanica tem que aprender a se controlar na bebida caso queira chegar aos quarenta com fígado.

Simone: — Soraya, acorda! Tem aula hoje.

Soraya: — Estou dodói.

Simone: — Está nada de dodói. Ande, acorde — Verifiquei a temperatura dela, estava normal.

Soraya: — Poxa vida…

Simone: — O que você está sentindo?

Soraya: — Dor de cabeça e uma moleza… — Abriu os olhinhos.

Parecia um bebê, tadinha.

Simone: — Você tem que acordar e ir comigo.

Soraya: — Posso ficar aqui? — esfregou os olhos — pode colocar falta, não faz mal.

Eu vou deixar ela dormindo porque eu sou boazinha.

Simone: — Deixa eu ver a mão?

Ela me deu a mão cortada e eu tirei o curativo. Já estava melhor, mas ainda precisava de cuidados.
Me levantei da cama, peguei a maletinha com as coisas de primeiros socorros e limpei o corte, coloquei uma pomadinha e fiz outro curativo. Dei um beijinho na mão dela.

Simone: — Pronto, vai sarar agora.

Soraya: — Você vai demorar muito?

Simone: — Não, vou dar minha aula e venho embora.

Soraya: — E a mafê?

Simone: — Vai para a escola.

Fiquei com receio do Eduardo aparecer lá atrás dela, mas todos da escola foram notificados a não deixá-la sair da escola se não fosse comigo. Não permiti que liberassem ela nem com a Soraya, nem com o Arthur, por motivos de segurança. Desconfio deles? Não, mas não sei o que o Eduardo é capaz de fazer.

Tomei um banho, escovei meus dentes e vi ela dormir tranquila agarrando o edredom grosso. Saí do quarto e fui acordar Maria Fernanda.

Simone: — Filha, vamos acordar, amor?

Ela não respondeu, é bem trabalhoso acordar ela.

Simone: — Querida, acorda, por favor?

Os olhinhos fechados com os cílios grandes, o narizinho pequeno e meio redondinho, as bochechas grandinhas… eu amo ela.

OPS! Me apaixonei. (Simoraya)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora