BLACK ROSES • TAEHYUNG

ᴄᴀsᴀ ᴅᴀ ᴠᴏᴠᴏ́

     O caminho foi feito silenciosamente por todos que se encontravam no automóvel, porém, era inevitável que a Jasmine não percebesse o olhar penetrante do Taehyung pelo retrovisor, e mesmo sendo estranhamente esquisito, preferiu o ignorar.

     Chegando na respectiva casa, a Sr.ª Im agradeceu ao rapaz mais uma vez, e o questionou:

     — Quanto foi a corrida, meu jovem?

     — Foi R$20,00. Mas a senhora não precisa me pagar, não.

     — Como? O quê?? Não, claro que vou, é o seu trabalho. Aceite por favor.

     — Ah mas... Muito obrigado, senhora. – agradeceu timidamente.

     — Eu quem deveria, e estou grata por ter aceitado. Poderia abrir o porta-malas, por gentileza?

     — Não, deixe. Eu mesmo vou pegá-las. – tomado iniciativa, saiu primeiro e foi até a parte traseira do carro, e pegando as duas grandes malas, caminhou até ambas as passageiras. Enquanto isso, Jasmine e sua mãe, aguardavam na calçada. Não demorou para que o Kim retornasse; sendo assim, logo já se encontrava na frente das duas.

     — Grata pela generosidade, Senhor Kim. Desejo um ótimo descanso, e boa sorte em outras corridas! – curvou-se em forma de obrigado.

     — Não há de quê. Tenham uma boa noite também. – inclinou o seu corpo em forma de reverência e respeito.

     — Filha, o agradeça também.

     — Obrigada, desconhecido gentil. – fez sinal de paz com uma das mãos, e chacoalhou levemente, enquanto falou sincera, mas em tom de desleixo com a situação.

     — Filha! – cochichou chateada com a atitude da menina. — Perdoe a minha filha, ela só não está muito conformada com a nossa situação atual... desculpe. – sua expressão rapidamente se torna triste.

     — Percebi que estão à viagem... – afirmou com incerteza.

     — Mudança mesmo. Fomos despejadas para ser mais certa. – sem demora, a menina o corrigiu.

     — Ah, caramba... não achei que fosse tão grave. Desculpe, eu não queria parecer intrometido. – coçou o seu pescoço, demonstrando estar sem jeito, com a notícia. — Torço para que consigam.

     — Temos pessoas que estão à nos ajudar, depois de Deus claro. Mas nós somos gratas.

     — Bem, caso precisem de algo, estou aqui, à disposição.

     — Obrigada.

     — Tenham uma boa noite, mais uma vez.

     — Igualmente, dirija com cuidado!

     Acenando com a cabeça e um sorriso retangular no rosto, o Taehyung contornou o carro, e entrou no mesmo. A Sr.ª Im Jinyoon entrou primeiro no quintal da casa, e Jasmine disse:

     — Não vamos precisar de você, mas obrigadinha! – terminando sua frase sarcástica, entrou no quintal, fechando o portão de ferro, e voltou a seguir os passos da sua mãe, bufando incansavelmente, demostrando o seu descontentamento para com aquela situação.

     Ao chegar na porta que havia sido aberta por suas duas tias, reprimiu-se ao ter que as cumprimentar com abraços e beijos no rosto, como uma falsa aprovação de ambas se encontrarem ali, como visita e hóspedes por um tempo, uma outra vez.

     — AH, MINHA QUERIDA JASMINE E IRMÃ! Entrem, entrem! Não façam cerimônia. – o fingimento em sua voz era mais do que visível.

     "Como são um pé no saco!" – em pensamento, Jasmine não deixou de afirmar isto, incontáveis vezes.