UM LONGO CAMINHO

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Seth

Tive que despertar Néftis, por quanto ela insistia em atacar meu corpo, de forma inconsciente. Eu poderia, simplesmente, ter me aproveitado da situação, mas não consegui fazê-lo…não sei se por remorso ou por estar em dívida com ela. Então a despertei e seguiu-se, então, uma situação embaraçosa. O cheiro da fêmea em cima de mim estava me levando ao limite do que podia suportar, sem atacá-la, ensandecido. Acabo por provocá-la e para minha surpresa, ela está ávida por cada contato que proporciono.
O resultado, foi estar acasalando com ela, vigorosamente, porque sei que agora seu corpo é capaz de suportar cada investida que eu fizer. Ela não é mais frágil, como antes da transformação, portanto posso exigir tudo dela, até a exaustão.

Graças à natureza da nossa espécie, o acasalamento não oferece qualquer perigo ao filhote em seu ventre, pelo contrário, isso vai facilitar para ela na hora do parto. Então, quanto mais acasalarmos, mais chances dela ter um parto tranquilo e sem sofrimento.
Fomos tão intensos que a cama desmoronou. Certamente, terei que mandar fazer uma bem mais reforçada.
Logo após, dormimos profundamente nos escombros do que sobrou.

Mestre? — Acordo com Eliot na minha mente. Esse velho não aprende mesmo, terei que chutar seu traseiro — Posso entrar?! Os guardas ouviram um barulho vindo dos seus aposentos e estão preocupados com sua segurança! — maldição! Esqueci completamente de avisá-los que estava tudo bem. Acabei adormecendo. Agora entendo o porquê de terem chamado o ancião; ninguém ousaria entrar aqui depois da minha ordem telepática.

— Entre! — falo após jogar um tecido sobre o corpo nu da minha fêmea adormecida. Não me preocupo em me cobrir diante dele.

— Mas o quê?! — ele parece confuso diante do pandemônio que causamos aqui — Seu bastardo! Deixei você cuidando da fêmea, não mandei estar dentro dela! — ele mostra todo seu ar irritadiço de curandeiro.

— Ela está bem, velho! — afirmo pegando um tecido e enrolando na cintura — Além do mais, foi ela quem me atacou! — defendo-me, ao que ele ergue uma sobrancelha em total descrença — Eu não mentiria para você, pai! — não posso evitar revirar os olhos por ele não acreditar em mim.

— Ah, agora sou seu pai?! Ontem era bastardo; agora há pouco, velho! — ele se mostra indignado, o que me faz rir. — Você é um filho ingrato!— aponta.

É claro que o chamariam para me checar; só há uma única pessoa em Alfa-Kynl que ousaria me enfrentar e esse alguém é Eliot. Esse velho bastardo tem cuidado de mim e me protegido desde que perdi a proteção do meu progenitor, então passei a considerá-lo como um pai.

— Pode checá-la, se quiser! — digo me afastando da cama — Mas ela está nua e com minha semente por todo o corpo! — provoco.

— Ora, seu… — ele se detém no que ia falar — Cuide para que ela esteja apresentável, preciso examiná-la. — fala por fim, abafando um suspiro de frustração, enquanto se direciona à saída.

Velho ranzinza! — falo em sua mente quando a porta é batida com força.

Minha fêmea está dormindo tão profundamente que fico hesitante em acordá-la, mas é necessário.

— Néftis?! — chamo-a fazendo carinho em seu rosto — Acorde!

— Hum… — ela se espreguiça e boceja — Seth?! — arregala os olhos como se tivesse vendo uma assombração.

Bom, sei que ainda percorreremos um longo caminho até que ela me aceite, não é porque seu corpo me reconhece como senhor do seu prazer que ela concorde com isso.

— Escute, Néftis…sei que você abomina meu filhote, mas ainda podemos tentar…

— Bastardo! — ela me interrompe com um olhar furioso.

NÉFTIS E O CEIFADOR DE MUNDOS: Contos Alienígenas Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang