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ANNA ESTRELLA

- você precisa tomar um banho, vai melhorar um pouco essa onda toda - digo pro Ret que tá de cara fechada e balançando as pernas.

Ele tá sobre efeito da cocaína ainda.

Isso o deixo mais retraído, mas do que o normal.

Vou até ele e me abaixo, olho em seu olhos e puxo seu queixo pra direção do meu rosto.

Sei que não deveria está tão próxima, mas tô tentando ajuda ló.

- Ret me escuta, eu tô tentando te ajudar, mas você tem que cooperar também. - desvio o nosso contato visual e me levanto.

Puxo o braço dele pra incentiva ló, porque eu que não consigo carregar ele até o banheiro.

Ret levanta e agradeço, acompanho ele até o banheiro e deixo ele lá.

- Qualquer coisa grita.

Deixo ele lá e vou pra cozinha, abro os armários e começo a caçar qualquer coisa que seja de comer pra ele.

Acho uns miojos e começo a fazer.

Coloco a água pra esquentar e me apoio no balcão.

Escuto a porta do banheiro abrir e logo um Ret sem camisa aparece no meu campo de visão.

Acabo secando o seu corpo, não é o momento.

Só que foi mais forte do que eu.

Engulo seco e volto o olhar pro seu rosto.

- E toma um pouco de leite ajuda - estendo a mão com o copo.

Ele pega e bebe sem dizer nada.

Misturo o miojo na água quente e coloco o tempero, quando fica pronto pego um prato e coloco pro Ret.

Ele come em silêncio e eu o observo.

Esse homem tem tudo que quer, mulher, grana, poder, porque se envolver dessa forma com as drogas?

- Ta me incomodando, tu me olhando desse jeito - ele diz e saio do meu transe.

Meu deus devo está vermelha agora.

- Ta melhor? - disfarço perguntando.

Ele balança a cabeça que sim.

- Tô começando a achar que sou uma espécie de super heroína tua - digo rindo.

- Tenho direito até a enfermeira particular pô! - ele diz e me olha nos olhos.

Seu olho já está menos vermelho, mas ele ainda está meio grogue.

- Ret, eu não sou ninguém na sua vida, te conheço a pouco tempo, mas pare de usar essas coisas! Isso tá te afetando demais e se não parar com isso vai acabar tendo uma overdose - digo sendo sincera. - Eu só quero te ajudar.

O olhar dele fica perdido e ele larga o garfo no prato.

- Largar? Anna isso já virou a porra de um vício, uma escapatória. - ele ri sem humor.

- Mas se você quiser consegue! O Cabelinho pode te ajudar e se você quiser até eu te ajudo, só não se mata aos poucos.

- Porque se importa com alguém que você nem conhece? - ele diz e me olha nos olhos.

- Só não quero que coisas ruins aconteçam, não posso simplesmente ignorar o fato de você está se matando.

- Tão boazinha - ele diz com debocha - Anna pessoas boas demais só se fodem.

Respiro fundo e reviro os olhos.

Porque tão difícil de se lidar Ret? Porque não aceita a ajuda.

- Sua defesa e tentar machucar o próximo, mas comigo você não vai conseguir! Vou estar disposta a te ajudar, caso precise de algo - digo e ele volta a ri.

- Boa noite Anna - ele diz e me deixa sozinha na cozinha.

Ret sobe a escada e fico encarando o nada.

Eu poderia voltar pra casa agora, mas mesmo depois da grosseria dele, ainda estou preocupada dele passar mal.

Então decido ficar e dormir no sofá, Bella deve está transando pela casa também e não quero ouvir seus gemidos.

Me ajeito no sofá e antes de pregar os olhos mando uma mensagem pra Bella avisando que estou bem e explico tudo amanhã.

E depois disso quando menos percebo já estou dormindo.

my nurseWhere stories live. Discover now