CAPÍTULO 1

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- Você sabe pra quem eu trabalho ? - diz o cara que agora estava com a boca cuspindo sangue olhando furiosamente pra mim .

- Que se foda o cara que você trabalha .- digo lhe dando outro soco na boca que faz com que ele desmaie . - Deus , isso é tão bom - digo curvada apoiando as mãos nos joelhos meio ofegante e olho para Nita que estava a minha frente na porta do galpão onde estávamos .

- É... você faz um ótimo trabalho , termina isso logo Sarocha . Eu sei que você adora maltratar alguém , literalmente. - diz Nita sorrindo de lado olhando pra mim e logo saindo porta a fora do galpão , deixando-me sozinha com o tal cara.

Pego um balde de água que havia ali perto da cadeira em que ele estava sentado e jogo a água do balde na cara dele , fazendo com que ele despertasse e grunhisse de dores .

- O que você tem pra mim ? hum - digo e puxo uma cadeira pra sentar de frente pra ele - mas adianto que tem que ser o que eu realmente quero. - ele me olha fuzilante e não fala nada apenas me encara como se quisesse me matar . Rio e pego minha arma engatilhando a mesma

- Já te garanto que todos me olham assim , então melhore . - aponto a arma para a sua direção

- Eu já te falei tudo porra, não sei o que ..- antes mesmo dele terminar puxo gatilho sem paciência alguma para aquele papo furado .

-Você me ajudou muito , deus tenha piedade.. Nita!! - chamo mais alto para que ela possa ouvir do lado de fora e ela entra . - já está feito diga a Mahesh que venha me ver .- digo e vou caminhando para fora do galpão abandonado - ah , diga a ele que vou estar naquele bar que sempre vamos .

- Te mando mensagem quando chegar lá.- digo já completamente fora do galpão e mais alto pra que ela ouça , vou em direção ao meu carro abrindo a porta e guardando a arma no porta-luvas , pego uma garrafa de álcool pela metade que havia ali no banco de trás , pra retirar o pouco de sangue que havia em minhas mãos , mas me arrependo amargamente por ter feito, minhas mãos estão em carnes vivas por ter batido naquele idiota. Droga Sarocha!!

Jogo a garrafa ao longe e entro no carro dou partida e vou rumo ao famoso bar de Bangkok , um dos meus lugares favoritos , silencioso e calmo gosto disso , assim como também gosto de dirigir quando estou com a cabeça completamente cheia isso me relaxa bastante, saio sem rumo até dá em algum lugar apesar do trânsito ser horrível aqui eu me "arrisco" sair mesmo assim.

Como hoje estava mais tranquilo o que era estranho por que as ruas são totalmente o oposto de tranquilo, parei no semáforo para trocar de blusa e talvez a roupa inteira, por sorte havia umas roupas que não tinha usado pra uma festa de comemoração mas que no fim foi cancelada , as roupas que usavam estava nítido que eu tinha acabado de matar alguém , o sinal abriu e não deu tempo de fechar os últimos botões , então deixei-os abertos . E foi em sinais e paradas que conseguir trocar toda a roupa , só deixei os últimos três botões de cima da camisa aberto , estava me sentindo um pouco quente e nem era como queria que estivesse .

Cheguei ao bar onde passaria de longe livremente por aqueles seguranças , parei o carro enfrente o bar e logo manobrista veio para pegar meu carro , ele me cumprimenta mas não o respondo , saio do mesmo e passo pelos seguranças ali entrando no grande salão , o bar de Yut era muito famoso entre as grandes pessoas poderosas de Bangkok nunca ficava vazio , era aconchegante e luxuoso tanto por fora quanto por dentro .

Não tinha avistado ainda Mahesh então caminhei até o bar principal e sentei em um dos bancos ali , pedi uma dose de whisky puro com gelo ao bar tênder ali na minha frente . Enquanto ele preparava minha bebida mandei mensagens para Nita dizendo que já estava no bar , ela logo respondeu dizendo que já estaria vindo e já tinha dado o recado ao Mahesh .

Minha bebida havia ficado pronta e tomei de imediato pedindo logo em seguida outra , travei o celular deixando ele ao lado, e fiquei a observar ao redor havia várias pessoas engomadinhas envolta daquele salão , tinha todo tipo de gente , quanto mais saia mais chegavam . Avistei uma mulher loira alta a minha frente mais ao canto do salão quase perto da pequena varanda que havia ali, ela me olha mas logo voltou sua atenção a sua bebida o que me fez ainda mais querer olhá-la.

- Não vai querer morrer logo agora aqui na frente dessas pessoas, não é Sarocha.- diz Mahesh que já estava sentado ao meu lado e eu não percebi que ele havia chegado. Dou um sorriso de lado e me viro o encarando.

- A morte não é um problema pra mim .- digo totalmente virada para ele .

- Acredito que não mesmo..-sorrir sarcástico e continua a falar- Nita já me passou tudo .- diz ele dando um gole na sua bebida , e agora me pergunto se a minha já estava ali , estava totalmente presa ao olhar da mulher que não reparei.

- Está aqui como o combinado .. - diz empurrando um envelope em minha direção , pego o envelope e o guardo em meu bolso traseiro da calça. - há apenas uma parte, e a outra darei quando pegar Arun .- suspiro irritada e volto minha posição inicial ficando de frente para o bar tênder , bebo um pouco da minha bebida e me preparo para falar mas ele continua .

- Você vai receber bem mais Sarocha não apenas de mim , Arun tem sido um problema para nossos negócios , você já conseguiu pegar o filho , quer dizer matá-lo. Arun vai ser fichinha pra você , comparado aos outros. - diz ele e o encaro brevemente voltando a olhar para frente de novo , ele se aproxima de mim ficando quase colado com a lateral de meu corpo para falar ao meu ouvido . - procure outra mulher para alimentar seus desejos sexuais e não a minha .

Dá um tapinha em minhas costas e sai para o lado oposto do bar , olho para onde a mulher estava e agora ela quem estava me encarando , sem acabar com o nosso contato visual pego meu copo suavemente na bancada e o levanto dando uma piscadela pra ela . Ela sorrir maliciosamente e levanta, anda em minha direção mas é para fora do bar , ela vestia um vestido branco de cetim que era bem curto por sinal , e tinha traços perfeitamente desenhados .

- Você não perde tempo Chefinha.- diz Nita sentando do meu lado e tomando o último gole de minha bebida .

- O que posso fazer , sou irresistível -. digo fazendo cara de deboche pra ela e rimos juntas , Nita tem sido uma grande amiga e parceira , conheci ela quando tive que dividir uma missão odiei de inicio pois não gosto de trabalhar em "equipe" , mas depois de um tempo com a companhia dela nós não queríamos larga uma a outra .

Nita e eu somos um pouco diferentes eu sou uma assassina contratada , ela faz um pouco de tudo rouba , mata , trafica drogas , mas eu só mato pessoas mesmo. Me orgulho disso? não , mas é o que faço de melhor , eu em específico sou a única assassina da família . A família Sarocha tem grande nome espalhado por todos o lugares da Tailândia e todo outros lugares que imaginar , meu pai me ensinou boa parte de tudo que eu sei hoje , a outra parte aprendi sozinha .

Estou ligada a grandes nomes de assassinos procurados pela Tailândia. Nunca pensei que iria ser uma assassina ou até mesmo uma das mais procuradas , minha família nunca acreditou muito nessa ideia de ser uma grande assassina e bom hoje eu sou mas quando mais jovem queria servir ao exército , soa irônico agora pela a vida que levo , eles nunca aceitariam essa ideia vindo logo de uma família totalmente entregue a esses crimes de horror , gosto da adrenalina e das aventuras me sinto tão bem fazendo isso . O que era sonho feliz e calmo para aquela garotinha hoje é um grande pesadelo pra essa assassina.

Em Lados Opostos Da LeiOnde histórias criam vida. Descubra agora