Anninka Lewandowski, uma garota nativa polonesa, se mudou com sua irmã Ewa e sua mãe Karol para a pequena cidade pacata de Hawkins no ano de 1982. Desde então, as duas irmãs se tornaram duas integrantes inseparáveis do Av Club.
Anninka nunca foi uma...
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VARSÓVIA-POLÔNIA 1976.03.21 Domingo 10:37 a.m.
A residência Lewandowski amanheceu corrida aquela manhã. A casa estava uma bagunça. Haviam organizadores correndo de um lado para o outro como loucos, bulindo em uma coisa, montando outra, barulhos de pregos, falatório...
Tinha um motivo plausível para todo aquele caos. Era o quinto aniversário da filha mais velha do casal, Anninka. Estavam preparando a sua grande festa de aniversário.
Naquele momento, enquanto Karol e a caçula da família preparavam um bolo recheado de baunilha com cobertura de chocolate para a aniversariante, ela e seu pai enchiam os vários balões de ar de diversas cores que serviriam de decoração do cenário da festa.
"Papai." A pequena polonesa chamou a atenção de Waclau. O mais velho estava ocupado preenchendo o balão, mas arqueou suas sobrancelhas para demonstrar a filha que ela tinha sua atenção. "A titia Katya me perguntou o que eu acho que vou tá fazendo daqui a dez anos." Comentou desviando o olhar com o cenho franzido.
"Eu falei pra ela que eu vou tá andando na Paggy com você e o Plebeu." Referiu se ao cavalo preferido do seu pai. "Não é, papai?" A garotinha lançou um olhar esperançoso ao seu pai, o mais velho terminou de encher o balão e concordou com a cabeça. "É sim, querida." Respondeu sorrindo leve, ficou abobado quando viu o sorriso dela aumentar.
"Mas a tofessora disse que eu não posso mais andar de cavalo. Ela falou que isso é coisa de menino e eu tenho que ser menina. Mas eu sou menina, né papai?" A menina perguntou inocentemente e estranhou quando viu a expressão do seu pai mudar. "Você tá bravo comigo, papai?" A garotinha perguntou se encolhendo.
Não com medo do seu pai, afinal ele nunca a deu motivos para temer, mas sim triste consigo mesma por ter deixado seu pai triste ou bravo. "Não, não, meu amor." O mais velho se prontificou ao mudar os pensamentos da sua filha. "Não estou bravo com você, só... Me fala o que mais a titia Katya falou."
Waclau já estava pensando em fazer uma visita a escola onde sua filha estudava para conversar com ela. Afinal ela era só professora, não podia dizer a sua filha o que ela poderia ou não poderia ser e fazer, independente do que levou a mulher a dizer isso para a pequenina Anninka.
"Ela disse que daqui a dez anos eu vou ter uma festa de lutante. É verdade, papai?" A garotinha olhou seu pai esperançosa e empolgada. "Festa de lutante?" O mais velho não entendeu o que ela quis dizer. Era comum ver tanto Anninka quanto Ewa errarem as palavras, não passaram nem de uma década de vida e nem estavam perto, estavam aprendendo a falar direito.