Estúpidos e Imperfeitos

10.6K 655 1K
                                    

Como os dois conseguiram subir as escadas do hotel, destrancar a porta e entrar no quarto enquanto se beijavam sem sofrer nenhum acidente era uma grande incógnita. Os sons das bocas molhadas e das respirações sôfregas colidindo eram as únicas coisas audíveis entre aquelas quatro paredes; lábios e línguas se encontrando fervorosas e saboreando o gosto do álcool ainda presente. Martín tinha suas costas apoiadas na porta, as pernas presas ao redor da cintura de Luciano e os pulsos imobilizados acima da cabeça. Os corpos pressionados e as virilhas roçando uma na outra os faziam gemer sem pudor algum, o atrito dos corpos quentes causando-lhes arrepios que chegavam até os limites do corpo.

Tudo era rápido e caótico, só tinham tempo suficiente para agir e reagir. Luciano sentiu Martín se esfregando contra ele enquanto se debatia, forçava e chacoalhava os braços para tentar se soltar, o que só aumentava a pressão da palma do moreno em seus pulsos cruzados. Martín estava à mercê do toque de Luciano e o que mais fosse que o brasileiro quisesse fazer com ele. Sentiu a mão dele deslizando por seu corpo por baixo da camisa de botões azul, os dedos ágeis subindo das coxas até a lateral do tronco, tateando as costelas e os músculos do abdômen definido até chegar aos mamilos.

As bocas se separam por um momento, dando tempo para Luciano encarar as pupilas dilatadas do argentino, que cobriam as íris marrons.

— Me deixa... te tocar. — Martín pediu, ofegante.

— Vou pensar no seu caso.

Antes que o loiro pudesse retrucar, Luciano avançou em seu pescoço nu. Os lábios macios beijaram o pomo de adão de Martín com delicadeza e a língua deslizou até a jugular, os dentes e os lábios fazendo uma trilha de mordidas e chupões pela região, indo da base do pescoço até a orelha. Martín sentiu o sangue nas veias fervendo, seu pau duro latejou e um gemido lânguido e involuntário saiu da sua garganta quando Luciano mordeu seu lóbulo e pressionou mais os corpos um contra o outro, o que fez suas ereções se chocarem.

Mierda...

Luciano soltou o aperto nos pulsos alheios e Martín o agarrou pelos ombros instintivamente, tocando cada centímetro de pele que podia. Mesmo na penumbra do quarto — sendo a única fonte de iluminação a luz dos postes que vazava pelas janelas —, Martín conseguiu ver a menor das colorações no rosto de Luciano, florescendo por baixo da pele negra. Os lábios estavam vermelhos, inchados e entreabertos, os ar saindo entre os dentes. O argentino mordeu o lábio inferior, segurando ainda mais firme nas costas do outro quando o brasileiro o levou até a cama, caindo sentado no colchão com o loiro em seu colo.

— Martín — Luciano disse entre suspiros, a voz aveludada ressoando melodiosa nos ouvidos do homem no seu colo. — Não se segura.

— Mas eu não...

— Está prendendo os gemidos. — interrompeu. — Sei o quão alto você consegue gemer o meu nome. Eu tô aqui, corazón, sou seu.

Martín gemeu, manhoso, daquele jeito que Luciano tinha ouvido tantas vezes. O mais alto agarrou o colarinho da camisa alheia, e num movimento só a rasgou. Seus dedos eram agressivos e indomáveis, os olhos escuros ardendo numa mistura explosiva de tesão e violência. Os botões arrebentados voaram ao redor, a peça foi jogada no chão e Luciano puxou Martín mais para perto, sua língua alcançou os mamilos duros e rosados do loiro, logo os prendendo entre os dentes. Uma carga de dor e adrenalina percorreu o corpo de Martín — repentina, quente e desordenada —, fazendo-o tombar a cabeça para trás e gemer para o teto, sentindo o corpo todo suar frio.

— Tira isso. — Martin segurou a camisa verde do outro, os músculos sob a pele em completo êxtase.

— Tira pra mim. — Luciano sussurrou, e num piscar de olhos o argentino deslizou a peça bruscamente pelos braços dele, rompendo alguns fios que costuravam as mangas.— Era minha favorita. — apesar de parecer uma reclamação, não soou como uma.

Como Faz Com Ela | Luciano X Martín Duo-Shot +18Where stories live. Discover now