Capítulo 6.

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Eu não costumo sonhar durante o sono, mas quando isso acontece

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Eu não costumo sonhar durante o sono, mas quando isso acontece. Aparece lembranças, da minha infância. Isso sempre me atormenta.

Estava eu, brincando na rua, com minhas amiguinhas, estávamos brincando de ciranda-cirandinha, estavamos felizes.

Lá estava ele, o vizinho, nos observando brincar. Ele já é adulto tem por volta dos 43 anos. Ele gosta muito de me ouvir, eu sempre falava com ele das minhas brincadeiras, que eu e minhas amiguinhas brincamos. Ele é muito simpático, mas um vez, eu achei ele estranho.

E

le parecia gostar de mim, e eu acreditava pois era uma criança falante e gostava que me ouvissem. Toda vez que ele me via, ele me abraçava.


Em um certo dia, ele me pôs em seu colo, eu não gostava mais ele praticamente me obriga ficar ali. Eu era uma criança, e não entedia o que significava...

Depois de alguns anos, na minha adolescência, eu sentia algo estranho quando via esse homem, até que um dia ele veio em minha casa. E queria me ver, e minha mãe, até então não sabia, ela queria queria que eu saísse do quarto para o ver.

Mais eu não queria, sentia que ele queria se aproximar. E lembrava muito bem dos seus abraços estranhos.

Eu me desesperei, comecei a chorar, e minha mãe ficou incomodada perguntado o que havia acontecido, para que eu ficasse naquele estado, chorosa. Eu não aguentei, e contei para ela, que aquele homem, havia me abusado.

Daquele dia em diante, minha mãe cortou qualquer amizade que havia com ele.

Eu o vejo, de vez em quando. Ele continua na mesma cidade, e eu simplesmente não posso intervir de não o ver.

Acordo no meio da noite, praticante em desespero, começo a tremer e isso é sinal que estou em uma crise. Minha mãe sabia disso, eu havia contado apenas para ela, pois até então, ele frequentava minha casa.

Tomo um pouco de água, e tento me acalmar, mas sei que será em vão. Essas lembranças nunca irão sair da minha mente, do meu inconsciente.

Perco o sono, e simplesmente coloco o meu fone, e vou ouvir minhas músicas. É o que me acalma em momentos assim.

Agora são 5:00 da manhã, e o sono finalmente chegou. Adormeço que nem percebo. Acordo exatamente as 6:30, levanto e vou ao banheiro. Hoje não está sendo um dia legal pra me, de verdade, mas não vou desisti de ir a escola.

Chego na escola, e vou direto pra sala, chegando lá, comprimento Pedro e Fernanda.

__Bom dia, flor do dia. _Pedro diz todo animado como sempre.

__Bom dia, amô. Como você tá?- Fe fala percebendo meu desânimo.

__Estou bem.- Digo não tão animada.

__Nossa, que animação. Não dormiu direito ?

__É você parece um pouco triste.

__Não é nada, apenas não dormir direto. E vocês sabem que quando não durmo, fico de mal humor.

__Aah, então está explicado.- Fe fala.

Sento na minha carteira, e enquanto a aula não começa, eu apenas baixo a cabeça na carteira e fecho os olhos, acabo por cochilar.

De repente, eu ouço alguém me chamar, abro os olhos e então vejo Stefan. Meus olhos por instinto, vão de encontro ao seu, e ele parece me observar. E então, fala.

__Bom dia, você está bem?- Ele diz isso me observando, mesmo que eu dissesse que sim, ele parecia saber a resposta.

__Bom dia, Stefan. Eu estou bem.

Ele continua observando meu rosto, e sabe que não é verdade. Ele não contesta a minha resposta, apenas concorda e vai até sua carteira.

A aula começa, e eu só estava esperando a hora de sair daquela sala. O intervalo finalmente chega, e quando vou sair, Stefan me para e diz.

__Então, eu já terminei o slide. Já que a apresentação é amanhã, temos que estudar hoje.

__Aah, é mesmo. Depois da escola, nos podemos estudar.

__Certo! Que tal as 15:30, porque depois das aulas vou treinar.

__Pode ser! Você pode ir lá pra casa.

__Tá certo.

Após resolver esse assunto do trabalho, Stefan me acompanha para o intervalo, já que Pedro e Fernanda já haviam saído.

Não quero lanchar, então sento em um banco de frente para o pátio. Stefan se senta ao meu lado, eu realmente não tenho o que falar. Ele quebra o silêncio e diz.

_&Bom, você parece estar triste

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_&Bom, você parece estar triste.- Diz enquanto me analisa.

Cheguei a conclusão que ele realmente gosta de me observar, já entendi que tenho que acostumar com esse detalhe.

__Não é nada! Apenas não dormi muito bem.- Digo sem o olhar, mas vejo que o mesmo está me olhando.

Mesmo dizendo isso, ele continua a me observar. Stefan não diz mais nada, apenas fica ao meu lado, observando os outros alunos.

De repente chega alguém, olho para o lado e vejo quem? Adivinhem!
Olívia, simplesmente ela chega falando com Stefan, na maior empolgação. Que abusada! Vejo aquela situação, e reviro os olhos.

Ela apenas fala um oi pra mim, e solta um sorriso falso, que nem ela. Apenas sorriu para ela, falsamente.

Ela começa um assunto com Stefan, e sinceramente não quero participar. Então me levanto, e quando vou sair, Stefan olha para me e se levanta também. E então diz:

__Então Olívia, eu já vou indo. Nos vemos por aí.

Olívia olha pra me por um segundo, e vejo ódio em seus olhos. Eu rio internamente.

__Mas, já? Tá bom, nos vemos por aí.

Ela tenta dar um beijo na bochecha de Stefan, mas ele desvia. E então seguimos andando para a sala.

Continua...

Olhares.Where stories live. Discover now