Capitulo 15: Isso esta muito estranho!

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     24 de outubro de 2020.

Ricardo

   Era um dia como qualquer outro, o hospital estava um pouco agitado. Teve um acidente que deixou seis pessoas feridas.

        Amanda como sempre achava que era a dona do hospital e começou a dar ordens. Odiava quando ela fazia, ela tinha entrado bem depois que eu e se achava muito.

             Tive que ir em sua sala para resolvermos a questão de uma paciente minha, assim que cheguei lá dei de cara com uma cena bem estranha. Parecia que elas eram bem íntimas.

          Poderia até dizer que elas estavam em um relacionamento e que eu atrapalhei o clima entre as duas.

         Mas, estranhei quando Amanda disse que elas eram primas. Amanda nunca falou que tinha família, achei que ela era órfã.

          Rapidamente sai daquela sala, mas não consegui tirar aquela cena da cabeça. Estava com um pressentimento ruim.

Paulo: Fala aí alface, que dia agitado...- Paulo era um dos médicos do hospital, ele se aproximou de mim.

Ricardo: Nem me fale, o pessoal estão tudo correndo de um lado para o outro... esse acidente de manhã deu uma confusão.

Paulo: Pois é... Você está distraído hoje, o que aconteceu?

Ricardo: Nada, achei que tinha visto uma cena...- parei na hora, preferi guarda para mim.— Enfim devo ter me enganado.

Paulo: Então deixa eu ir...- se levantou para sair, mas não o deixei ir.

Ricardo: Espera...- ele voltou  a se sentar do meu lado.— Amanda alguma vez comento com você sobre a prima dela?

Paulo: Prima?

Ricardo: Essa mulher morena que está na sala com ela!

Paulo: Aquela gata e prima da Amanda?- ele parecia muito surpreso com a notícia.

Ricardo: E o que parece!

Paulo: Não fazia ideia que Amanda tinha família por perto... Do nada essa mulher tá vindo aqui quase todo dia.

Ricardo: E verdade... Muito estranho isso, nem sabia que a Amanda tinha parentes e essa mulher apareceu.

Paulo: Enfim, preciso ir!- ele saiu e me deixou sozinho.

            Voltei ao meu trabalho, atendi os meus pacientes. Desde pequeno sempre tive esse sonho, ser médico.

        Meu pai era um alcolatra, batia na minha mãe e em mim. Toda vez que ele me dizia que não iria conseguiria alcançar o meu sonho, me machucava.

         Mas o desejo de não virar um homem como ele, me fez ter forças nos momentos em que pensava em desistir. Tive que aguentar a barra de ter que trabalhar e estudar por meses.

           Até consegui uma bolsa inteira na faculdade de medicina, hoje estou aqui. Devo agradecer ao Sr.Griphao, por me dar a oportunidade de trabalhar nesse hospital.

          O considero como um pai, espero que algum dia consegui contribui essa oportunidade que ele me deu.

           Estava no lugar do raio-X  com uma paciente, ela estava muito doente. Seu câncer se agravou muito, a gente que trabalha com essa área e muito raro termo vitória dos pacientes.

            Assim que terminei deixei a paciente com o Paulo e sai da sala, estava andando pelo corredor quando escuto o meu nome ser chamado.

        
Amanda: Ricardo espera aí...- olhei para trás e a vi correndo em minha direção.

Ricardo: Pode falar Amanda!

Amanda: Os exames de Cecília estão aqui.

Ricardo: Por favor me diga que está tudo bem com ela...- sua expressão não era feliz.

Amanda: Lamento Ricardo, o caso dela não tem mais nada que possamos fazer... O câncer dela gerou um tumor no seu cérebro e ele já está muito avançando.

Ricardo: Já tinha previsto isso quando ela perdeu a visão...- meu coração estava partido por dentro.

Amanda: Sinto muito, você se aproximou muito dela durante esse tempo... Sei que ela é mais que uma paciente para você.

Ricardo: O câncer está tomando o corpo dela inteiro, por mais que seja difícil de ser dizer... Não tenha mais nada que possa fazer por ela.

Amanda: Sinto muito...- Estava prestes a ir embora quando ela me seguro pelo braço.

Ricardo: Tem mais alguma coisa que queira me dizer?- ela parecia um pouco nervosa.

Amanda: Acho que ficou um clima estranho quando entrou na minha sala hoje de manhã... Com a minha prima.

Ricardo: Amanda eu não tenho nada a vê com a sua vida, não cabe a mim me entrementes... Alias não seria a primeira pessoa que se envolver com a prima.

Amanda: Você se confundiu no que viu lá... A Larissa e eu somos como irmãs, não a vejo assim.

Ricardo: Estranho, vocês duas parecia que estavam em um momento íntimo...

Amanda: Como eu disse você se confundiu, estamos apenas se abraçando... Espero que isso fique claro.

Ricardo: Ficou bem claro!- ela sou e me deixou sozinho com os meus pensamentos.

            Cada vez isso ficava estranho, pareceu que ela tinha me ameaçado. Ficou pior para o seu lado, agora sim eu fiquei mais curioso para saber o que se passava com a Amanda e essa tal Larissa.

             
Ricardo: Está muito cansada hoje...- falei com a Aline, ela era uma professora que ajudava os pacientes a ler em braille.

Aline: Hoje foi bem corrido...- ela me deu um abraço e eu correspondi.

Ricardo: Como vai a Brunna... Ela já está lendo melhor.

Aline: Sim, está lendo sozinha.

Ricardo: Isso me deixa muito feliz... Achei que ia demorar mais para ela se acostumar com a nova vida.

Aline: Ela está começando a aceitar essa nova realidade, hoje por exemplo ela veio a aula com uma amiga.

Ricardo: Que legal!

Aline: Parecia mais que uma amiga, acho que existe mais que amizade entre ela... Talvez você a conheça, ela anda bastante com a Amanda.

Ricardo: ela se chama Larissa?

Aline: Essa mesma... A Brunna e ela estão muito próximas esses últimos dia.

Ricardo: Elas ainda estão aqui?

Aline: Acho que sim, não faz muito tempo que a aula acabou.

Ricardo: Eu tenho quer verificar uma coisa, te vejo por aí...- me despedi e sai correndo.

        Depois de procurar pelos corredores do hospital, finalmente avistei as duas. Elas estavam se despedindo.

          Fiquei olhando de longe e foi quando avistei a Larissa dando um beijo na bochecha da Brunna, deixando ela toda vermelha.

Ricardo: Isso está ficando muito estranho... Sei que está escondendo algo Amanda e eu vou descobrir o que é!

Enxergando com amor #BruLariOnde histórias criam vida. Descubra agora