2T.E18: Perda!

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Dia 19 de março de 2021.

Larissa

Ricardo: Já que estamos sozinhos, eu estou com os exames que você me pediu.- andamos até uma área isolada.

Larissa: Deixe-me vê...- ele me entregou os papeis.

Ricardo: como eu falei, ele estava limpo... O senhor Griphao não tinha câncer.

Larissa: Você tem certeza disso?

Ricardo: tenho, esse exames não falham.

Larissa: Você tem que me prometer que não irar contar a ninguém sobre isso...- ele estava bem assustado.

Ricardo: O que está acontecendo, quem disse a você que ele tinha câncer?

Larissa: Isso é uma longa história!

Ricardo: Você tem noção que isso é muito perigoso... Quando você é a Brunna sairam os policias vieram conversar com a senhora Griphao, foi confirmado que alguém cortou os freios do carro... Isso é tentativa de homicídio.

Larissa: Escuta o quê estou falando, você precisa tomar cuidado... Eu estou suspeitando de alguém.

Ricardo: Você não vai me dizer de quem está suspeitando?

Larissa: Eu não quero envolver você nisso...

Ricardo: Já sou bem grandinho, sei me virar.

Larissa: Tudo bem, mas aqui não... amanha a gente se encontra em um lugar mais reservado.

Ricardo: Tudo bem!

Larissa: Eu preciso resolver uma questão... A gente se vê amanhã.

Ricardo: Ótimo.

         Depois da conversa com o Ricardo tudo estava fazendo sentido em minha cabeça, estava na hora de eu colocar um basta nessa relação doentia entre mim e Amanda. Fui até sua sala, ela estava mexendo em seu computador. Assim que fechei a porta a sua atenção veio toda para mim.

Amanda: Até que fim, achei que tinha se esquecido de mim...- me sentei na cadeira a sua frente.

Larissa: Impossível esquecer de você.- ela fechou o seu computador.

Amanda: Como foi a viajem?

Larissa: Tudo ótimo, não precisa se preocupar com a minha irmã... Ela não é um problema para você.

Amanda: Já está a chamando de irmã?- deu uma risada.

Larissa: É o que ela é, minha irmã.

Amanda: Se você está dizendo que ela não será um problema, tudo bem... Senti saudades de você...- saiu de sua cadeira e veio até mim, ela me puxou e jogou contra a mesa, começando a beijar o meu pescoço.

Larissa: Não vim aqui para isso...- seus beijos desciam pelo meu corpo.- Você ficou sabendo que cortaram os freios do carro do senhor Griphao?- ela parou de me beijar na hora.

Amanda: Quem te disse isso?

Larissa: A polícia acabou de confirma, o caso virou tentativa de homicidio... Mas, sabe o que me deixou intrigada. - me afastei dela.- Eu fiquei sabendo que você foi a última pessoa que viu ele vivo.

Amanda: Como ficou sabendo?

Larissa: Isso não importa...Me diga a verdade, ele nunca teve câncer, né?- ela balançou a cabeça confirmando. — Você planejou esse tempo todo matar ele?

Amanda: Eu menti para você, mas não esperava matar ele... Pelo menos não agora.

Larissa: Não credito em você!

Amanda: É a verdade, eu tive que o matar porque ele descobriu sobre o nosso caso...- nessa hora o meu mundo tinha caído.

Larissa: Do que você está falando?

Amanda: Ele sabia sobre a gente, ele tinha fotos de nós duas se beijando e gravações sobre conversas onde falavamos em dar o golpe na Brunna... Ele me amostrou, falou que colocaria nós duas na cadeia.

Larissa: Você está mentido!

Amanda: Não estou, naquela noite ele estava indo para a casa de Brunna... Eu tinha que impedir ele, então cortei os freios.

Larissa: Eu e a Brunna viemos para cá porque ele acordo...

Amanda: Isso é serio?

Larissa: A Brunna foi falar com ele...

Amanda: Você precisa fazer algo, agora!

Brunna

A enfermeira me levou até o meu pai, os equipamentos ainda fazia muito barulho no quarto. Escutei a voz de meu pai me chamando, ele estava muito fraco quase não escutei o que ele tinha falado.

Brunna: Pai...- me aproximei da cama e segurei em sua mão, era difícil segurar as lágrimas.

Pai: Minha pequena... Não chore filha.

Brunna: Você precisa ficar bem logo e sair daqui... Eu ainda preciso de você!

Pai: Não precisa, você é uma mulher inteligente... Sabe se cuidar sozinha e cuidar de sua mãe também.

Brunna: Não fala assim, você vai sair daqui...

Pai: Filha...

Brunna: Não fala nada, Você é a mamãe vão envelhecer juntos... Não posso perde você, não agora...- eu abracei ele bem forte.- Isso não é justo!

Pai: Eu sei.- ele enxugou minhas lágrimas.- Preciso que você seja forte... Tem algo que eu preciso lhe dizer, sobre a Larissa.

Brunna: Como assim pai?

Pai: A Larissa não é quem você pensa... Tome cuidado com ela!

Brunna: Pai, a Larissa é o amor de minha vida... 

Pai: Eu sei, mas ela enganou a gente...

Brunna: Como Assim?

Pai: Ela...- ele não conseguiu terminar de falar, as máquinas faziam um barulho muito forte.

Brunna: Alguém ajuda...- senti o meu pai se balançando na cama.- Socorro...- a equipe médica chegou e me expulsaram da sala.

Larissa: Brunna, o que aconteceu?- ela me abraçou.

Brunna: Meu pai, ele começou passar mau...- ela não me largou.

        Ricardo foi chamar a minha mãe que estava tomando café. Ficamos nós quatro esperando os médicos chegarem para dar alguma notícia. E eles finalmente chegaram, só que a notícia não era o esperado.

Médico: o ferro que atravessou o senhor Griphao lesionou o pulmão dele fazendo entrar muito sangue, tentamos fazer de tudo... Mas ele teve uma hemorragia... Sentimos muito pela sua perda.

         Dava para escutar os gritos da minha mãe pelo hospital inteiro, para ela era como uma facada no peito. Estavam tirando tudo de precioso de sua vida.

     Eu não consegui emitir nenhum som, a minha garganta travou. Não conseguia respirar direito, aquilo tudo me sufocava.

Larissa: Brunna?- ela me sacudia com calma.

Brunna: Eu quero sair daqui... Não estou conseguindo respirar.- subimos as escadas e ela me levou até o terraço.- Tira isso de mim...- tentava com força tirar a minha blusa, ela então tirou para mim e eu simplesmente me joguei no chão.- Por que ele?- não era muito do tipo religiosa, mas nessas horas sempre procuravamos alguém para culpa.- Não esta contente em acabar com a minha vida, você tinha que destruir o que sobrou dela?- comecei a socar o chão com raiva.

Larissa: Para com isso... Você vai se machucar.- ela se baixou e segurou as minhas mãos com força.

Brunna: Eu odeio esse mundo, ele é injusto...- ela me abraçou com força.- Tá doendo muito...

Larissa: eu sei!- ela me abraçou com mais força.

Brunna: Eu quero o meu pai de volta.

Larissa: Eu daria qualquer coisa para fazer parar de doer!- ficamos um bom tempo ali, até eu me conformar um pouco e desce para vê a minha mãe.

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Enxergando com amor #BruLariOnde histórias criam vida. Descubra agora