Vigésimo Segundo

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Acordei com a cabeça explodindo de dor, me levantei do lugar e vi que era o meu quarto.

- Acho que elas me trouxeram pra cá - eu digo pra mim mesma, vou até a minha bolsa e pego um comprimido de dor na cabeça.

Engoli sem água mesmo, e voltei a me deitar. Algumas horas se passaram, eu ainda estava no quarto, sentindo mais dores e a minha garganta estava doendo, ninguém veio me dar um "Oi". Meu nariz começa a escorrer o sangue, e eu pego rapidamente o lenço que o Levi me deu.

- Acho que... O ar condicionado não me fez bem... - eu murmurei, fui em direção ao banheiro pra fazer xixi, depois fui para o box tomar um banho e quando sai me vesti.

Voltei a me deitar na cama e me enrolei na coberta, eu realmente não estou me sentindo bem.

Não há dúvidas, eu estou doente. Mas foi tão repentino, eu não quero estragar a viagem dos outros, então dei dois tapas na minha cara e me levantei pronta para sair.

- S/n... - a porta é aberta por Mikasa.

- Oi Mika... - eu respondo sorrindo.

- Comeu titica de galinha foi? Tá me chamando até de Mika... - Mikasa suspende a sobrancelha.

- Não me enche vaca - eu digo rolando os olhos em tédio.

- Esse animal não me pertence - Mikasa diz rindo.

- Confundi o burro com o cavalo - digo rindo.

- Burro é o seu furingo, cretina. - diz Mikasa irritada.

- Veio me encher mesmo? - perguntei pondo a mão na minha têmpora.

- Vim pra te chamar pra jantar - disse Mikasa.

- Traz pra mim? Muito obrigada. - eu já agradeço.

- Trago sim - diz Mikasa fechando a porta de novo.

Eu bocejei e aos poucos eu fui fechando meus olhos, um soninho foi me dominando, até que eu fiquei rendida e dormi.

...

Uma semana se passou, todos nós ainda estamos nesse cativeiro do imbecil do Zeke. Esse miserável todos os dias joga piadinhas de mal gosto ou provocações.

Se eu enfiar um cabo de vassoura na goela dele, todo mundo vai me achar ruim. Aquela idiota da S/n tem me evitado ou eu estou esganado, bom, enganado talvez não.

Mas isso é o de menos pra mim... O que realmente importa é que em duas ou três semanas, a gente vai sair desse inferno.

- Não tem nada pra gente fazer não? - Annie pergunta bebendo uma garrafa de água.

- Se quiser enxugar o gelo que tá no freezer, eu ficaria agradecido - Zeke respondeu sorrindo.

- Cala a boca, quatro olhos. - diz Annie irritada.

- A gente é um povo muito baladeiro, então... Será que podemos ir em alguma festa? - pergunta Petra.

- Cadê a S/n? - pergunta Armin.

- Verdade, podemos ir em uma festa... - Eren respondeu.

Mikasa entrou na cozinha e a vejo, pegar um prato e pôr comida.

- Mikasa cadê a S/n? - pergunta Armin - Não a vi descer para comer ou só descer pra zoar como sempre faz.

- Ela tá no quarto, acho que está naqueles dias - disse Mikasa.

- Quer que eu leve o prato dela? - me ofereci.

- É capaz de você jogar o prato nela, vocês dois são cão e gato - disse Mikasa rindo.

- Então colhe o milho direitinho - Petra joga uma piadinha.

- Tá chamando a minha amiga de galinha? Sua vaca! - Annie se irrita.

- Não fala assim dela, ou quer ficar careca? - Mikasa pega uma colher e aponta pra Petra.

- Vocês acham mesmo que a S/n liga pra vocês? São duas iludidas - diz Petra rindo.

- Liga ou deixa de ligar, isso não é problema seu... Vaca! - Annie da o dedo feio para Petra.

- Annie com E, cala a boquinha... - Petra devolve o dedo.

- Você quer falar do meu nome? - Annie fica enfurecida.

- Da pras mocinhas pararem com a algazarra? - eu fui me intrometendo na conversa, que coisa chata.

- Quero e aí? - pergunta Petra se levantando.

- Como vocês conseguem morar juntos? Vai haver um dia que vocês vão se matar - Zeke diz.

- Cala a boca, vai plantar bananeira. - eu digo irritado.

- E o seu nome? Nome de cerveja! "Petra" - disse Annie - Só faltava "... A vaca".

- Olha como você fala comigo, sua vadia! - Petra grita.

- Não grita com a Annie, sua oxigenada! - disse Mikasa irritada.

- Meu Deus do céu! - Sasha bate a testa na mesa.

- Oxigenada é a Annie com E - rebateu Petra.

- Eu sou loira de salão amor, você é de farmácia! - diz Annie.

Enquanto elas discutem, eu pego o prato da S/n e saio da cozinha. Subi as escadas e fui para o quarto dela.

- Anã!... - eu bato na porta.

A porta abre e eu a vejo, ela me olha e depois para o prato de comida. Pega da minha mão e entra novamente no quarto, chegando a porta na minha cara.

- De nada, sua idiota - eu bato na porta irritado.

- Tchau! - ouço a voz dela.

- Filha da.. - sou cortado.

- Eu tô ouvindo! - ela grita.

- É pra ouvir mesmo! - eu grito de volta.

...

Agora que eu tô parando pra pensar, naquela noite no bar quando Levi disse que começou a andar com um paninho desde que eu comecei a sangrar, eu percebi que ele está se apegando aos poucos a mim, e por mais que eu não goste dele, eu não quero que ele se apegue a mim.

Ele está aos poucos, eu tenho que dar um jeito de fazer ele nem querer respirar o mesmo ar que eu, bom... Agora vamos parar de falar e aproveitar que ele foi embora para comer.

Continua...

Notas finais

Desculpem o capítulo bosta, deu um bloqueio de criatividade.

𝑺 / 𝒏 𝒆 𝑳 𝒆 𝒗 𝒊 | 𝑳𝒆𝒗𝒊 𝑨𝒄𝒌𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏Where stories live. Discover now