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- Como assim ele me conhece? - perguntou Bella, confusa.
- Ele se chama Riley. Ele disse que... é seu namorado. - contou James, excluindo um detalhe que preferia discutir quando estivessem sozinhos.
Bella pareceu empalidecer e James a segurou, preocupado.
- Ele... é um vampiro agora?!
- Sim... quando foi a última vez que o viu?
- Dois anos. Desde que... uma coisa aconteceu e ele sumiu. Pensei que tinha finalmente decidido me deixar em paz, mas obviamente não era só isso, agora eu sei.
James se assustou ao vê-la se deixar cair, chorando com o rosto escondido nas mãos e a amparou.
- Vou levá-la para casa. - disse James e os outros assentiram.
- Qualquer coisa, pode nos ligar. Bella tem nosso número. - disse Sam.
O vampiro assentiu e pegou a humana no colo, correndo para longe, tentando se concentrar no caminho, embora só quisesse ficar abraçado com Bella até que ela parasse de chorar.
Para sorte deles, Charlie ainda não tinha chegado, então James pulou a janela e a colocou na cama.
- Eu estou aqui, vai ficar tudo bem. - disse James, a puxando para seus braços e se deixou deitar na cama macia, concentrado apenas nos sons que ela fazia e em seu coração.
- Eu pensei que finalmente estaria livre. Que poderia deixar o passado no passado. - sussurrou Bella, depois do que pareceram horas em silêncio.
- Vamos resolver isso. - disse James.
- Eu espero que esteja certo.
- Bella...
Ela sentou, o encarando com atenção.
- Ele disse mais alguma coisa, não é?
James assentiu, sentando ao seu lado e suspirando.
- Ele disse sobre um filho... de vocês dois. O garoto acha que você saiu da cidade com ele.
Bella suspirou, negando. Pensou que havia ficado óbvio que as coisas não terminaram bem na última discussão dos dois.
- Eu perdi o bebê. - sussurrou então.
James a observou em silêncio, esperando o que mais ela teria a dizer, apenas pegou sua mão, mostrando que a ouvia.
- Eu tinha 16 anos, ainda namorada Riley, mas na última discussão eu terminei tudo quando ele sugeriu que eu o estava traindo. Ele não reagiu muito bem, óbvio. Dizia que eu nunca conseguiria ser feliz sem ele e a criança... não devia ser dele se eu pretendia fazer aquilo...
- E o que aconteceu?
- Eu passei mal. Ele tentou me levar ao hospital, mas continuamos discutindo. - Bella riu, sem graça, antes de continuar -, então ele bateu o carro a poucos quadras do hospital. Eu não me lembro muito bem do que aconteceu depois, mas eu acordei em uma cama de hospital, meus pais chorando e... a notícia da perda.
- Eu sinto muito. - sussurrou James.
- Eu também. E eu nunca mais vou poder engravidar, mesmo se eu permanecesse humana até morrer.
James a apertou em seus braços, negando.
- Não fale assim.
- Está tudo bem, é só que Edward sempre dizia que eu merecia uma vida humana, ter família, ter filhos... eu nunca poderia ter nada disso como humana. Nunca foi essa a escolha, porque não era uma opção.
- A escolha é estar com quem você quer e vai entender tudo isso.
- Você entende, não é?
James sorriu ao vê-la voltar a sorrir também e assentiu, admitindo que já suspeitava de algo naquele sentido, pelas reações que tinha quando ouviu o telepata falar.
- De qualquer forma, se você quiser, eu quero tê-la como minha companheira por inteiro, como uma vampira, para sempre. Então... nada disso vai importar além de uma coisa.
- Qual?
Bella o observou com atenção, curiosa com as emoções que James deixava transparecer. Mesmo naqueles dias após a descoberta de que eram companheiros, ele ainda não tinha se entregado completamente ao que tinham.
- Você aceitar que um vampiro como eu está apaixonado por você.
- Ah James!
Bella pulou em seu colo, o beijando com paixão, sorrindo ao ouvir sua risada.
- É claro que eu aceito você, eu estou me apaixonado um pouco mais a cada dia e mal posso esperar para ser uma vampira com você. - disse a humana, sorrindo ao encarar os olhos vermelhos brilhantes.
Antes, ela teria temido ao olhar para aqueles olhos, mas agora, ela se via completamente envolvida e apaixonada, de fato.
- Hora da comemoração? - perguntou James, vendo o desejo surgir no olhar de sua companheira.
- Sempre!
Rindo, ele a jogou na cama e pulou em cima de sua humana, satisfeito em deixar os problemas para mais tarde.

Para sempre não é suficienteOnde histórias criam vida. Descubra agora