A CONFUSÃO

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Larissa que estava sendo suspensa pelos cabelos sente eles serem soltos bruscamente fazendo sua cabeça cair violentamente no chão, ela abre lentamente os olhos ainda sem entender o que estava acontecendo e não vê mais a professora ruiva em sua frente, o punhal que ela utilizava estava caído ao lado e tudo o que ela ouvia naquele instante era somente o silêncio por conta da confusão de todos ao ver toda a ameaça se transformar em cinzas.

A mulher olha em volta e percebe que não existe mais nenhuma ameaça, seus olhos param ao ver o xerife ajoelhado claramente em estado de choque com as mãos em um monte de pó em sua frente, ela tenta se levantar, mas os ferimentos a impediram de sequer se mover.

_ Xerife! – Ela se esforça em fazer com que sua voz saísse alta o bastante para que a ouvisse.

O mesmo saiu do seu estado choque ao ouvir o chamado da mulher agonizando no chão e o barulho baixo das sirenes atrás de si. Ele se levanta e vai em direção a mulher e percebe o estado grave em que a mesma estava, sem pensar muito ele apenas leva as mãos ao ferimento mais grave mantendo pressionado para que diminuísse o sangramento. Quando o fez ouviu a mulher gemer e ele diz:

_ Calma! Tá tudo bem, você vai ficar bem. Fica acordada comigo, consegue ouvir as sirenes? – Ele pergunta olhando para a mulher que não conseguia lhe responder devido a dor. – São ambulâncias, fica tranquila, você vai ficar bem, seus alunos vão ficar bem.

Minutos depois os paramédicos chegaram e a levaram para o hospital, os alunos que estavam mais feridos foram levados por ambulâncias e os demais seguiram juntamente com os policiais a pé para Jerico.

Quando o dia amanheceu o hospital estava um caos, com muitos alunos na enfermaria fazendo curativos e outros amontoados na sala de espera aguardando os responsáveis serem avisados do ocorrido. O xerife ficou responsável por avisar os diretores gerais de Nunca Mais e lhes informar o estado do colégio e ao menos tentar explicar o que havia ocorrido, isso porque as pessoas que realmente sabiam o que aconteceu estavam em estado crítico e sem previsão de quando seriam capazes de dizer o que ocorreu naquela noite.

No dia seguinte, quatro diretores gerais compareceram na cidade, três deles foram em direção a delegacia e uma foi diretamente ao hospital.

Assim que os três chegaram na delegacia, a viram com muitas pessoas enfileiradas causando tumulto na recepção, tudo que se ouvia eram denúncias de desaparecimentos, eles conseguiram se esgueirar naquela multidão de pessoas e falaram com a recepcionista afogada em papeis.

_ Com licença. – Disse Lian Gothier. – Temos uma reunião marcada com o xerife Donovan Galpin, somos os diretores de Nunca Mais.

_ Boa tarde! Os senhores poderiam aguardar um instante, vou avisá-lo que estão aqui. – A moça diz com o sorriso no rosto.

Dois minutos depois o homem aparece com o semblante sério que demonstrava cansaço e chama as três pessoas para que o acompanhassem até uma sala vazia longe do burburinho da sala de espera da delegacia. Ele pede para que as três pessoas se sentem.

_ Boa tarde. Eu sou o xerife Galpin. Estou aqui para o que precisarem. – Ele diz apertando a mão de cada um deles.

_ Sou Lian Gothier. – Diz o homem esguio, de pele branca e óculos escuros, cabelos grisalhos e bem curtos, de terno preto e gravata vermelha, apertando a mão do xerife e logo após tomando acento.

_ Nicolás Crazier. – Diz um homem mais baixo de pele escura, aparentando ser bastante novo, olhos quase negros, cabelos negros e rosto severo, de terno cinza escuro e gravata verde folha.

Tudo por elaOnde histórias criam vida. Descubra agora