Capítulo 4

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— Eu poderia... vender drogas...

— Ei, não fala isso nem brincando. — Molly me repreendeu.

— Eu achei uma boa ideia — Gia deu de ombros.

Minha amiga me olhou de canto, como estivesse dizendo "socorro".

Dei um sorriso, enquanto olhava para minha lista de coisas que eu poderia fazer pra conseguir o dinheiro de Rose.

Estávamos no restaurante que eu e Gia trabalhamos, Molly chegou e pediu a comida mais cara, porque, segundo ela, aquilo iria me ajudar a ganhar os 2 mil dólares.

Ps: a comida custou 130 dólares, apenas.

— Pedir esmola no semáforo?

— E você vai colocar o que na plaquinha? "Eu roubei de uma família rica e agora eles estão me cobrando o dinheiro. Me ajudem!" — Molly gesticulou.

— Os moradores daqui não são tão legais assim... — Murmurei.

Me debrucei na mesa, choramingando.

— Eu vou perder minha bolsa.

— Não fica assim, Tina. Você pode estudar comigo. Os professores não ensinam nada, o que é bom, porque você pode conversar de boa- — Ouvi Gia dizer.

— Garota, você não devia estar servindo comida? — Minha amiga questionou, brava.

— E o que você tem a ver com isso? — Gia retrucou.

— Vou chamar seu gerente e dizer que você não tá trabalhan-

— Molly! — A repreendo.

A morena fecha a cara e se encosta na cadeira novamente, com os braços cruzados.

— Bom, a cozinheira está me chamando. — Gia levantou-se da cadeira.

Antes da mesma começar a caminhar de volta para a cozinha, ela olhou pra Molly com uma expressão de tédio, como se esperasse algo dela.

Minha amiga olhou pra ela de volta e as duas ficaram se encarando por um tempo, em silêncio.

— E a gorjeta?

Molly abriu a boca em choque.

— Eu acabei de reclamar do seu atendimento e você vem me cobrar gorjeta? — Ela perguntou indignada.

— Você acabou de pagar 130 dólares em um prato. Deve ter algum dinheiro aí. — Gia continuou parada em frente da morena.

Eu só queria sair dali.

— Menina, vai trabalhar, pelo amor dos deuses. — Molly bufou.

— Você está me fazendo perder tempo.

— Quer saber — A Bianchi bate na mesa, mas não ao ponto de emitir um som muito alto e incomodar os outros clientes — Eu sei onde deve ter gorjeta: lá na puta que pariu. Já procurou lá?

— Ah — Gia bufou e deu as costas — Vocês Kooks me estressam.

E então ela não está mais na minha vista.

— Tudo isso por causa de uma gorjeta? — Perguntei.

— Ela é uma sem noção, isso sim.

Revirei os olhos e me debrucei na mesa novamente.

— Olha, Tina, eu te ajudaria com a minha mesada, mas eu gastei tudo. Só tenho 30 dólares na conta. — Ouvi ela dizer.

— Tudo bem... — Murmurei.

𝗦𝗧𝗜𝗟𝗟 𝗧𝗛𝗘 𝗢𝗡𝗘²' obxOnde histórias criam vida. Descubra agora