Parte 3

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Quando chegaram em Konoha, Madara observou o local com seu único olho são e viu como estava completamente diferente aquele lugar desde a última vez que esteve presente em Konoha, no dia em que batalhou com Hashirama ao retornar a vila para tentar destruir o sonho do homem, O que não estava diferente era justamente o penhasco ao fundo da vila, o qual ambos costumavam escalar quando crianças em apostas malucas e sentar no topo e conversar por horas, foi ali naquele local que nasceu o sonho de construir uma vila. Muitos rostos vieram depois da cara de chorão de Hashirama naquele monumento. Apesar de ficar por dentro das notícias do mundo ninja quando era vivo, o herdeiro de Indra nunca mais havia retornado a Konoha, então foi uma surpresa ver como a vila estava. O que os anos fizeram a ela. 
 
Os que retornaram da guerra foram recebidos pelos aldeões com vivas, palmas e abraços. Retornaram como verdadeiros heróis. Quando Lady Tsunade chegou junto com Naruto, foi ainda mais ovacionada, ambos foram e os aldeões ficaram empolvorosos com o retorno deles, chegaram a pegar Naruto nos braços e o jogaram para cima como se ele tivesse sido o herói. Mas a verdade não foi ele quem ganhou, não é mesmo? O verdadeiro herói jamais seria recebido da forma que Naruto foi, afinal Obito quem teve a brilhante ideia de reviver Izuna Uchiha. 
 
Mas os aldeões colocaram Naruto no chão e suas expressões mudaram, alguns até foram para trás dos jounins, outros para trás de Naruto enquanto os cochichos começaram.
 
O que tirou o sorriso do rosto dos aldeões foi as novas presenças, um desconhecido para eles, Izuna Uchiha, dois que juravam que estavam mortos, Shodaime e Nidaime hokage e ao lado de Hashirama havia o “vilão”. O causador de todo o confronto, Madara Uchiha. 
 
Enquanto passavam pelos aldeões em direção a vila Madara fechou o olho são e pode ouvir ainda melhor os cochichos que variavem entre “É ele, o Deus shinobi, nosso primeiro hokage” “O que esse monstro do Madara esta fazendo aqui?” “Shodaime sama, saia de perto dele vamos matá-lo” “Ele matou meu filho” — Esse último fez Madara abrir o único olho são e olhar diretamente nos olhos de quem disse isso, era uma mulher de cabelos negros de idade avançada, por um instante Madara se flagrou tentando descobrir qual de suas vítimas podia ser o filho daquela mulher. Mas logo desfez o pensamento e voltou a fechar o olho e ouvir mais cochichos do tipo “ Shodaime é lindo, é de verdade? Ou será que é daquela técnica do nidaime sama?” “Será que agora que o Hashirama Sama voltou, ele pode se considerar solteiro? E o Tobirama Sama? Ah ele é lindo”  “Que cara estranho” “Esse aí que tava matando todo mundo, não era? Mas porque o cabelo dele ta branco… porque ele inteiro ta nessa cor, não não é ele.” “É agora, é a minha chance, morra.” 
 
Ao abrir os olhos o Uchiha viu um jounin a sua frente, parado no ar como se tivesse batido em uma barreira invisível, óbvio que Izuna ia para cima do cara, mas Tobirama segurou firme no braço do menor e o impediu de avançar, e Madara olhou para o shinobi que estava espantado com o fato de não conseguir chegar perto do Uchiha, que apenas exibiu um sorriso desafiador ao mesmo seguido de um som “hun…”
 
Hashirama olhou a cena confuso e ordenou. — Desfaça. 
 
— Não. Não aqui, quando estiver em um lugar seguro eu desfaço, não posso arriscar que alguém toque em você ou no meu irmão por minha causa. Então pode pedir, pode implorar mas não vou tirar a proteção que coloquei ao nosso redor. — Sussurrou Madara, para apenas Hashirama ouvir. 
 
— É o limbo. São as sombras dele que estão ao redor de todos cinco no total, ou seja tem seis Madaras aqui, não são como bushins, são cópias fiéis, exatas e com o mesmo poder. Esse dom vem do sábios dos seis caminhos, cada sombra é um e elas o protegem e a quem ele mandar que proteja e agora pelo que vejo, tem duas protegendo Izuna, uma protegendo o nidaime, uma protegendo o shodaime e uma protegendo a si mesmo. Atacar ele vai ser inútil… aqui. — Disse Sasuke em um tom apático ao passar entre eles e alertar os jounins. 
 
— Com um pouco de esforço, seu olho pode cair bem na minha coleção, criança. — Disse Madara ao notar o rinnegan em um dos olhos de Sasuke, sinal que havia despertado em apenas um, um rinnegan sem precisão. 
 
— Madara! — Advertiu Hashirama. — Chega. Deixe o garoto. 
 
Madara estalou a língua no céu da boca . — Deixa de ser irritante Hashirama. 
 
Tsunade então suspirou irritada com aquilo e enfim disse — Ocorreram conflitos na guerra mas… — A hokage decidiu ocultar, por hora, que Madara aniquilou mais do que eles imaginavam, mais cedo ou mais tarde as pessoas ficariam sabendo, mas não era agora. — Eles foram ressuscitados em meio a batalha. — Disse a loira. — E ficarão conosco, como já sabem meu avô Hashirama e meu tio avô Tobirama Senju, primeiro e segundo hokage e Madara e Izuna Uchiha, antigos líderes do clã Uchiha. 
 
A população se manteve silenciosa por um instante, mas logo eles aplaudiram e gitaram  pelo retorno deles ao ter certeza que eram realmente eles, não os Uchihas, mas os antigos hokages, o que já era esperado. Madara e Izuna ficaram para trás, para deixar os kages antigos terem seu momento diante deles. O Uchiha afastou a sombra do limbo de ambos para que esses pudessem ser abraçados e ter sua glória ali, e ficou para trás com Izuna.
 
— Hey! Esperem por mim! Eu não consigo… acompanhar esse ritmo de vocês; — Disse outro que chegou correndo e Madara sorriu para o recém chegado e disse. — Eles não querem saber da gente, nem se preocupe. 
 
— Mas eu… eu queria ser recebido como um hokage, eu salvei o mundo! — Disse o garoto emburrado. 
 
— Salvou nada! Eu que decidi ter uma segunda chance — Disse Madara puxando o garoto, que na verdade era um homem, mas seria sempre um garoto para si, e espalhou os cabelos dele. — Ei para eu odeio isso e eu que salvei sim. 
 
— Calem a boca, eu que convenci o Mada. — Disse Izuna enquanto os três passavam entre os aldeões e pararam diante o centro da vila e olharam para a rocha com o rosto dos hokages. 
 
— Mas quem trouxe você de volta, Izuna? Então eu salvei o mundo! Porque eu trouxe você e você convenceu o vovô aqui. — Disse ele, tentando se soltar dos braços de madara, que o segurou mais forte e logo ele abraçou Obito de uma vez e disse. — Fico feliz que tenha sobrevivido ao rinne e a guerra, Obito. 
 
— Não teria conseguido se você não tivesse me ensinado a dominar os Zetsus brancos, sensei. — Disse Obito. 
 
— Sensei? — Perguntou Madara, arqueando uma sobrancelha. 
 
— Sim. — Disse Obito e olhou em direção ao rosto de pedra do quarto hokage na rocha e disse. — Minato foi meu primeiro sensei, me ensinou habilidades básicas de combate que todo ninja precisa saber para começar a vida shinobi.E a besteira toda de amigos, companheiros mas foram os primeiros a me deixar para trás. Mas você… — Ele olhou agora para Madara. — Você me tornou forte, me ensinou técnicas do nosso clã, você fez eu me tornar o homem que sou hoje. Você me ensinou a viver, mesmo que nas sombras, mas me ensinou a ser determinado, focado e poderoso. Tá que você planejou tudo isso, manipulou e tals mas… eu não seria um terço do que sou se você não tivesse me colocado nesse caminho.  Você é sim o meu real sensei, eu o considero assim. E um dia, eu quero superar você, porque ele. — Obito apontou para o rosto de pedra de minato. — Eu superei nos primeiros anos de treinamento que tive com você. 
 
— Mas eu não te ensinei a massacrar seu clã. — Disse Madara, aos sussurros e Obito arregalou os olhos, mas logo se entristeceu e disse. — Não, mas foi preciso, mas se eu pudesse mudar o que fiz eu… 
 
— Faria tudo de novo. — Disse Madara para Obito que arregalou os olhos. — Foram suas escolhas que o levaram a ajudar Itachi, e certamente algo o motivou e você pode se arrepender do seu passado, mas nunca do que o motivou a fazer o que fez. Eu não me arrependo de ter iniciado uma guerra para ter meu irmão e  Hashirama ao meu lado, então não se arrependa de nada do que fez também, isso faz você ser mais forte, Obito. É aí que está sua força. Apenas … não repita as coisas erradas que fez no passado, mas não se arrependa… isso te torna fraco. 
 
— Sim, sensei. — Disse Obito, sério e então izuna apontou para Obito e disse estendendo a mão ao homem. — Obrigado por me trazer de volta. 
 
Obito sorriu e apertou a mão de Izuna. — Denada. Eu to com fome, será que ainda tem o Ichiraku Ramen por aqui? — Perguntou obito e Izuna ficou confuso sobre o que era Ichiraku e após Tobirama chegou ali e disse que quando conheceu Ichiraku ele era um garotinho que brincava de fazer lamen com o pai e chorava para servir os clientes mesmo tendo menos de 5 anos de idade e os tres juntos seguiram em busca do lamen enquanto Hashirama se aproximou de Madara e estendeu uma das mãos para ele e disse. — Vem, Tsuna me deu um lugar para ficar. — Hashirama mostrou a chave na mão. — E pode ficar comigo, até a gente ver como as coisas vão ficar. 
 
Madara ficou pensativo por um momento, mas antes que pudesse responder, Hashirama segurou a mão dele e seguiu com Madara na direção que Tsunade havia apontado para ir. — Vem logo, precisamos cuidar desse olho. E sinceramente, acho que você não será prioridade para os ninjas daqui. 
 
— É, eu sei. Eu que feri a maioria desses shinobis. — Disse Madara e Hashirama assentiu. 
 
— Não acha melhor ir cuidar deles primeiro? — Perguntou o Uchiha olhando para a fila de feridos que ia em direção ao centro médico de Konoha. Tsunade ia na frente e o olhar dela se encontrou ao de Hashirama, ela sabia que ele não ajudaria agora, afinal apesar de ter convivido pouco com seu avô, conhecia muito bem a história dele e de como no passado ele sempre priorizou a amizade que tinha com Madara, mesmo quando esse se tornou seu rival. 
 
— Não... eu vou ajudar você. — Disse Hashirama e logo ele sorriu largo e disse. — Agora que você deu um jeito de implantar em si mesmo meu dom, talvez possa ajudar lá comigo depois. — Hashirama tocou sobre o peito de Madara, indicando o que ele havia feito, sobre transmutar as células do shodaime e mesclar elas as suas próprias células, fundindo seus DNAs. — Essa combinação pode ajudar a curar mais rápido os feridos. 
 
— Mas não vai ajudar em nada nisso. — Disse ele apontando para o olho que estava fechado e ferido. 
 
— A gente vai dar um jeito. — Disse Hashirama, confiante. 
 
. . . 
 
Agora, Madara estava deitado em uma cama confortável, como há muito tempo não sentia, não sabia mais o que era conforto desde que deixou Konoha e passou a viver nas sombras. Nem mesmo na sua morte, descansou. Apenas foi um grande vazio e escuridão que o tomou quando se desconectou do jutsu que o manteve vivo por muito mais tempo que o comum. 
 
Hashirama percebeu que o Uchiha sentia-se melhor mentalmente assim que mandou ele se deitar sobre aquele móvel. Hashirama sorriu e deixou o quarto por um instante quando sentiu uma outra presença ali, era um clone de Tsunade. 
 
— Vovô, preciso saber qual elemento Madara usou para ferir o Hinata Hyuuga. Nada está dando certo para cicatrizar, sabe se ele está em condições de cooperar?
 
— Eu vou começar agora a tratar o olho dele, e logo iremos ao hospital. Ela está estável? — Perguntou Hashirama. 
 
— Está sim, mas não sei por quanto tempo, venham logo, por favor. — Disse a hokage e então ela desapareceu em seguida. 
 
Hashirama voltou para o quarto e ao chegar ali, não pôde deixar de sorrir, ele viu Madara adormecido. Se aproximou do homem e tocou a testa de Madara, mas esse despertou quando Hashirama afastou os cabelos do Uchiha do rosto dele e disse ao ver o olho direito de Madara aberto. — Eu vou cuidar de você. 
 
Madara sorriu, verdadeiramente, e assentiu ao Senju que levou uma das mãos para o olho perfurado do Uchiha, na tentativa de regenerar o mesmo e perguntou ao mesmo tempo. — O que você ficou fazendo depois que... chegou sua hora? 
 
Era estranho falar sobre isso, tanto para um quanto para outro. Mas Madara respondeu o que se lembrava. — Nada, eu não fiz nada. Fiquei imerso na escuridão, no vazio, sem nada e nem ninguém por perto. Era um imenso vazio que tomou conta da minha alma depois que eu parti. Eu não sei onde estava, não era céu, nem inferno. O que me faz duvidar da existência desses lugares. Eu apenas esperei infinitamente até o dia que fui puxado do vazio por algo que tentava controlar meus atos e a minha força. Foi quando me vi no deserto, diante do tsuchikage, Mu. E tudo começou. 
 
Hashirama ficou pensativo, enquanto mantinha a tentativa da regeneração ocular do Uchiha. Mas era tão complexo de entender como aquele olho dele se conectava com o chakra, a forma que agia ou como tinha que religar o mesmo ao corpo do Uchiha para restaurar a aparência e a visão em si que estava perdida. 
 
— E você, eu tenho certeza que pode me afirmar que o céu existe. — Disse Madara, com um sorriso de canto e Hashirama alargou o sorriso. 
 
— Sim. Existe. Passei muito tempo lá, encontrei meus pais e meus irmãos. Era como se tivéssemos uma segunda vida, um outro mundo, um mundo perfeito e feliz. Onde não tínhamos preocupações e apenas faziamos pic nic todos os dias que eu me recordo. Rimos. Conversamos em um céu particular, porque nunca vimos alguém lá que não fosse um Senju. E então eu e Tobirama também fomos tirados de lá. E quando nos demos conta, estávamos nas ruínas do templo Uchiha. 
 
— Porque lá? — Perguntou Madara, curioso. 
 
— Acho que quem nos trouxe, achou que seria um bom lugar para conversar em meio a uma guerra. Orochimaru nos trouxe com o Edo Tensei, mas foi a pedido de Sasuke Uchiha, ele precisava de respostas, queria saber a importância que Konoha tinha para nós, antigos hokages, queria a história toda para entender todo o sacrifício que o irmão dele fez pela vila. — Disse Hashirama, pensativo. 
 
— Entendo… Posso fazer outra pergunta? — perguntou Madara. 
 
— Claro, quantas quiser. — Hashirama disse sorrindo, mas preocupado porque não estava dando certo a regeneração. 
 
— Como alguém conseguiu matar você? Quem foi? — Perguntou Madara, estranhamente com um certo ciúmes incrustado na voz. 
 
Hashirama gargalhou e disse. — Não se preocupe, você continua sendo o único que chegou mais perto de conseguir isso. Eu fui pego pela idade por assim dizer. Me recusava a envelhecer e acabei me regenerando demais até o ponto de meu corpo não produzir tanto chakra como costumava produzir, em outras palavras, eu mesmo acabei me matando de tanto tentar ser jovem para sempre, para defender Konoha. 
 
— Mas continua com essa cara de velhote.— provocou Madara, mas logo ele continuou —
Mas eu entendo, eu teria feito o mesmo se tivesse algo para defender e se tivesse seu poder. — Disse Madara, sorrindo. 
 
— Agora você tem algo para defender e tem um poder que pode ser até melhor. — Disse Hashirama tocando o peito de Madara. 
 
Madara não quis falar sobre isso, então mudou de assunto. — Se a Tsunade é sua neta, isso quer dizer que você se casou mesmo... 
 
Hashirama assentiu. — Sim, com Mito Uzumaki mesmo, era o único jeito que os Uzumakis toparam se unir com Konoha e ... — Hashirama suspirou. — A gente precisava deles, das técnicas que eles possuíam na época. E então, acabei topando a união e como eu jamais teria a pessoa que eu realmente amava ao meu lado, porque achei que tinha matado ele, sabe. — Hashirama sorriu ao Uchiha e continuou. — Acabei entrando no papel de bom marido quando voltei depois da nossa batalha e aceitei Mito por obrigação com a vila. E antes que pergunte, tive dois filhos, uma menina e um menino. Hana Uzumaki e o menino você deve ter conhecido, já que até falou dele, no campo. 
 
Madara arqueou a sobrancelha, confuso e Hashirama sorriu e disse. — Depois que eu morri e meu irmão assumiu o cargo, ele escondeu o meu filho em plena vista, deu outro sobrenome a ele e o treinou para então nomeá-lo como terceiro hokage. — Hashirama sorriu e Madara chegou até a se sentar na cama, surpreso. 
 
— Não.. espera... Hiruzen? O velhote que mandava as crianças pro abate? — Perguntou Madara e Hashirama gargalhou. 
 
— Sim, o clã Sarutobi descende dos Senjus, faz parte da nossa linhagem, mas ninguém sabe disso e eu não sei porque estou te contando isso. — Hashirama revirou os olhos para seu próprio ato, confiou um dos maiores segredos criados para a segurança dos Senjus a Madara. Mas logo consertou. — Se algo acontecer com o jovem konohamaru eu vou saber que foi você. — Disse Hashirama apertando os olhos e logo riu e Madara estava surpreso demais para prestar atenção nessa última parte. 
 
— Então... Konoha sempre seguiu a linhagem Senju em seus hokages. — Concluiu Madara e Hashirama assentiu. — Sim, começou comigo quando me escolheram contra minha vontade, porque eu sempre quis que fosse você e você sabe disso. Com a minha morte passou ao meu irmão, com a morte do meu irmão, ao meu filho, com a morte do meu filho para a minha neta. 
 
— E o quarto? — Perguntou Madara e Hashirama suspirou e disse. — Meu tataraneto. É filho da Tsuna e do Dan. Droga… é outro segredo.
 
Madara ficou em silêncio e fazendo as contas ele perguntou. — Então o sexto seria, o seu tatatataraneto, ou o neto do seu filho, melhor dizendo. O garoto? 
 
Hashirama suspirou e disse. — Tsuna era mais apegada a Tobirama, acredito que ela vai pular para a linhagem dele. Talvez o tataraneto dele, é um grande shinobi, bom estrategista, digno do cargo. 
 
— E esse seria? — Madara perguntou. 
 
— Kakashi Hatake. — Respondeu Hashirama. 
 
— Uau, depois falam que os Uchihas que são complicados.— Disse Madara e ambos sorriram e o Uchiha permaneceu sentado na beira da cama e levou sua mão para cima da mão de Hashirama, mesclando os chakras para ver se resolvia a cura em seu olho, usando o chakra do Senju para religar o globo ocular ao sistema nervoso de seu corpo como fez ao colocar ambos os rinnegans ainda no campo, mas a visão daquele olho não estava voltando. 
 
Com a mão livre, Hashirama tocou nos cabelos rebeldes do Uchiha e o trouxe mais perto, a ponto de encostar sua testa na dele e o Senju disse. — Eu senti sua falta. 
 
— Eu também. — Disse Madara, simplesmente. Em um momento o homem sentiu uma tremenda vontade de avançar um pouco mais aquela barreira invisível entre eles, como quando eram jovens, mas com força de vontade o Uchiha se afastou e disse tirando a mão de Hashirama de seu olho. — Isso não está resolvendo. Será que eles guardaram as coisas que tinha no clã? Deve ter algo lá em algum livro ou pergaminho. — Perguntou Madara olhando para fora. 
 
— Espero que tenham guardado. — Disse o Senju. 
 
— Vamos ao hospital, depois vemos isso. — Disse Madara 

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