Parte 21

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Demorei para atualizar essa, mas enfim cheguei \o\
Fiquem com o penúltimo capítulo, agora é penúltimo mesmo.

...

— Eu já sei fazer isso. — Disse Akira projetando um bico e cruzando os braços enquanto estava sentado no gramado do campo de treinamento, Saori deu um tapa na cabeça do amigo e disse. — Fica quieto e faz o que o tio sensei mandou. 
Tobirama revirou os olhos, não se recordava de como era treinar um Uchiha, o último que treinou foi Kagami e ele nem dava tanto trabalho assim. Embora rebatesse alguns treinamentos como Akira. — Isso vai ajudar a concentrar mais o seu chakra. — Disse o albino e mesmo emburrado Akira então posicionou-se ao lado dos colegas e os três seguiram juntos para o topo de árvores diferentes, onde acumulando seus chakras se mantiveram em pé na copa de cada uma daquelas altas árvores da floresta que envolvia o campo. E Tobirama foi dando as indicações. — Sintam como seu chakra flui dentro de vocês, como ele corre pelo seu corpo e faz vocês estabilizarem contra um mísero ramalhete da copa, como ele os torna leves. Sei que vocês já compreendem como esse fluxo funciona, mas vocês precisam se atentar aos detalhes, é nos detalhes que vocês vão conseguir manter ele por mais tempo, note as ramificações, quantas são, como ficam, como se espalham em vocês. Compreendam esse fluxo em sua totalidade e então tentem jogar toda essa estabilização apenas para um de seus pés, para que vocês se mantenham aí em cima não com os dois pés, mas sim apenas com um, e quando se sentirem confiantes, saiam da copa central e vão para galhos mais finos, mas apenas quando se sentirem confiantes, caso contrário o galho irá romper e vocês vão cair. 
 
— Se eu cair, vou falar pro meu pai quebrar a sua cara. — Disse Akira. 
 
Tobirama não respondeu mas levou a mão a têmpora, já estava se irritando com Akira, no primeiro dia de treinamento. — Não precisa ficar com medo, Senju. — Disse Madara ao chegar no no local, Tobirama olhou para o cunhado e disse. — Vocês são todos irritantes. 
Madara encolheu os ombros e disse. — Mas bem que você gosta pelo menos de um de nós, do mais chato de todos. — Madara piscou ao cunhado. 
— Definitivamente Izuna não é o mais chato, e sim você, otário. — Disse Tobirama cutucando o peitoral do Uchiha, que tirou o dedo dele dali com um tapa. — Eu sou o Uchiha mais legal, seu irmão é a criatura mais sortuda da face da terra. Mas você não está preparado para essa conversa. 
— Convencido. — Disse Tobirama revirando os olhos e logo disse ao observar Akira ser o único que não estava em um pé só ainda. — Confie mais em você Akira! 
— Feche os olhos, para se concentrar melhor. — Disse Madara também e Tobirama o olhou e disse em tom de voz que só eles ouviriam. — Fechar os olhos? Acha que ele vai fechar os olhos em uma luta? Quer matar seu aluno? 
Madara riu e disse apontando para os olhos que assumiram o estágio simples do sharingan. — Sério que você ainda duvida dos nossos dons? Ele é um Uchiha, Tobirama. Olhos abertos ou fechados... é a mesma coisa para nós. — Madara voltou seus olhos ônix e direcionou a visão a Akira. — Ele se sente mais confiante quando se concentra sem distrações, como a vista a frente dele agora. Obito treina o Akira desde que ele atingiu 2 anos de idade, eu assumi o treino dele após alguns anos na academia, com o Akira e com a Sao treinamos a energia ao redor, a energia invisível, ambos são capazes de lutar como um verdadeiro Uchiha apenas com a percepção. Mas o Akira em especial se concentra melhor assim, de olhos fechados. — Madara nesse momento indicou com a cabeça o garoto no topo da árvore que conseguiu se igualar aos colegas enquanto mantinha seus olhos fechados. E Madara logo pegou uma shuriken e antes que Tobirama pudesse impedir o mesmo lançou em direção certeira a Akira, e assim que a arma quase chegou em seu rosto o garoto a segurou como se não fosse nada e disse ao abrir os olhos. — Quem foi?! Eu vou queimar! 
— Foi ele. — Disso Madara rapidamente se fazendo de inocente e apontando para Tobirama. 
— Para de ser mentiroso, Uchiha. — Disse Tobirama revirando os olhos. Mas precisou projetar imediatamente um suiton para bloquear as chamas do goukakyuu que Akira enviou a ele enquanto madara se afastou e ficou só vendo aqueles dois naquela luta, literalmente, infantil, Saori e Himawari saíram das árvores e foram até o lado de Madara que estava sentado no chão agora de braços cruzados, se divertindo com a visão maravilhosa de ver Tobirama tendo uma certa dificuldade em conter uma criança. — Eu diria que você está criando três monstrinhos shinobis. — Disse Izuna ao chegar ali e sorrir vendo o marido sofrendo para conter Obito. Madara olhou para Izuna e Saori correu até ele e o abraçou, assim como Himawari. — Apenas ensino o básico que todas as crianças deveriam saber para que não corram risco de vida em possíveis conflitos que venham a ter no futuro. Afinal, para manter a ordem e a paz que se instaurou momentaneamente, eles precisam entender como tudo funciona, como cada coisa se equilibra para que nunca ultrapassem os limites do aceitável. Quando limites são rompidos meu irmão... — Madara agora olhou para Izuna — Ai a inveja alheia nasce, e com ela nasce o ódio, a raiva, a rivalidade até chegar a guerra. As crianças precisam aprender a não ultrapassar certos limites para não despertar isso em outras pessoas. E é isso que ensino a eles, a usarem tudo o que sabem, tudo que eles quiserem aprender que esteja dentro do potencial de cada um, mas com cuidado e mantendo o limite aceitável para não criar problemas com outros. — Madara notou que Izuna não entendeu nada, estava confuso e então resumiu de modo simples. — O Akira tem força suficiente para derrubar o Tobirama com um único golpe maninho, mas ele se adequou ao nível do seu marido para não ultrapassá-lo, está usando apenas o essencial para se defender e tentar vencer, não está indo pelo caminho mais fácil que humilharia ele e claramente o deixaria irritado. Ele sabe que não precisa mostrar que é melhor que ninguém, os três sabem que eles precisam se adequar ao seu oponente, para evitar futuros problemas ou frustrações do adversário, e assim manter uma luta equilibrada e justa. — Madara suspirou e olhou em direção a aAkira e Tobirama novamente e se recordando do passado disse. — Eu tenho todo esse problema com Konoha atualmente porque a primeira vez eu queria provar que era mais que o Hashi, e depois quando voltei na guerra, eu não me importei com o nível dos shinobis no campo, apenas… agi. E com isso … — Um bolo pareceu se formar em sua garganta e Izuna notou o modo do irmão e se aproximou de Madara, antes do Uchiha terminar de falar das centenas de vidas que tirou naquela época, de pessoas de todas as nações, de jovens filhos dos aldeões de Konoha, que ainda hoje o olhavam torto. Pediam sua cabeça para Naruto e continuavam não se conformando em como Hashirama, o shodaime hokage, aceitou construir uma família justamente ao lado de Madara. 
— Eu entendi. — Disse Izuna ao estar sentado ao lado de Madara, que foi ajeitando as pernas do irmão para deitar ali enquanto agora Saori e Himawari foram treinar entre elas. E afagando os cabelos macios do Uchiha o mais novo disse — Se as pessoas não se sentirem humilhadas... aceitarão o resultado, seja qual for. 
— Sim. — Disse Madara. — Mas eu faço questão que esses três superem qualquer shinobi que venha a existir. Eu estou ensinando tudo a eles. Pois sabendo de tudo, eles vão conhecer seus limites. Eu não quero que exista um próximo “eu” nesse mundo. Eu já causei danos demais a essas pessoas. — Disse Madara, mantendo-se firme. — E entendo perfeitamente o porque me querem longe daqui, e sinceramente só estou aqui ainda pela minha família. Você,Hashi, Sao, Obito, essas pestinhas … só vocês me mantém aqui, aguentando dia após dia esses… olhares. 
 
— Você não é mais aquele homem, nii. Você mudou, e isso está mais do que claro. Você está arrependido, por isso está assim. — disse Izuna apontando para o irmão que não entendeu porque Izuna estava apontando para ele. E o mais novo sorriu e levou o indicador ao cantinho do olho do Uchiha que entendeu o que era imediatamente e se sentou de novo no gramado, usando a manga do kimono para secar aquelas porcarias de lágrimas que queriam sair. 
 
— Não precisa ser forte o tempo todo nii, está tudo bem chorar as vezes. — Izuna sorriu e Madara revirou os olhos mas bagunçou os cabelos do irmão e se levantou. — Vamos treinar também, não quero pensar nisso. 
 
— Como nos velhos tempos? — Perguntou Izuna se referindo a quando eram dois adolescentes em meio a uma antiga guerra, quando treinavam taijutsu um contra o outro e Madara assentiu e se preparou, Izuna fez o mesmo e ambos começaram a lutar entre si naquele treino, demonstrando suas antigas e novas habilidades, habilidades essas que fizeram os demais parar o que faziam. Izuna podia não lutar muito, era mais um garoto do lar do que um ninja que saía para missões. Mas ele era muito habilidoso, sempre foi até mais habilidoso que Madara, segundo o próprio irmão, e ver ambos treinando, era um espetáculo à parte com a demonstração de tamanha técnica que eles têm apenas com o taijutsu. Quando treinavam para valer, com ninjutsus e tudo mais… era um acontecimento surreal, só não era épico porque esse título ficava para os treinos sérios que Madara tinha com Hashirama. 
 
Após a manhã toda de treino, Akira foi o primeiro a reclamar de fome, e parece que a reclamação do garoto gerou um efeito cascata pois Himawari reclamou na sequência e Saori também. Podia não parecer, mas treinamentos exclusivamente sobre chakra podiam ser mais cansativos que treinamentos físicos. O Uchiha então decidiu encerrar por hoje e dar a tarde para as crianças descansarem ou fazerem o que fosse melhor. Mas antes de os liberar, ele os levou até a casa de Lamen, e como ele mesmo é quem estava bancando , Akira se aproveitou e pediu duas tigelas de cara. — Você vai conseguir comer tudo isso moleque? — Perguntou Madara revirando os olhos e Akira bateu na barriga e disse. — Eu como até o triplo disso, sensei. 
Madara acenou negativamente e enfim foram para a mesa aguardar seus pedidos. As crianças foram para a mesma mesa onde Tobirama estava sentado, aguardando o pedido dele e o Uchiha foi junto, sentou-se de frente ao albino  que apenas revirou os olhos mas passou a dar atenção a Saori que começou a conversar com o tio. Não demorou muito para os pedidos chegarem e após um tempo enquanto todos conversavam, exceto Madara, o Uchiha observava tanto as crianças quanto Tobirama, e sempre que Saori fala algo em relação a Hashirama, Madara notava que Tobirama parecia inquieto, exibia um sorriso mínimo e olhava em direção a torre, onde ficava o escritório de onde Hashirama estava temporariamente no lugar de Naruto, enquanto este estava fora da vila em missão. 
— Pai! — Chamou Saori 
— Diga princesa — Disse o Uchiha e ela mostrou a tigela de lamen vazia ao pai. Tobirama arqueou a sobrancelha ao ver o lado mais carinhoso de Madara ao falar com a filha, nunca tinha presenciado ele carinhoso como hoje. Primeiro, havia reparado no breve momento que ele buscou o colo do irmão no campo, e agora … era assim que ele falava com a filha, afinal… ele conseguia ser alguém carinhoso?! Eram os pensamentos de Tobirama observando a interação do pai com sua filha. — A gente pode pedir mais? 
Madara assentiu enquanto ainda estava na metade do seu. — Claro, só não come muito senão não vai conseguir comer os dangos.
Saori abriu os olhos grandemente e o sorriso junto enquanto Himawari e Akira também ao ouvirem aquilo. — Você vai comprar dangos na volta papai? 
— Melhor que isso, eu vou fazer uns quando a gente chegar, e Akira e Himawari vão com a gente, já falei com a Hinata e com a Rin antes de ir para o campo mais cedo. Ah.. e se quiserem podem dormir lá em casa também, seus pais deixaram. 
— YATTAAAAAA!! — Exclamou Akira e Saori e Himawari correram até o Uchiha e deram um beijo na bochecha dele, depois correndo atrás de Akira que já estava no balcão pedindo mais lamen e Madara sorriu de modo todo bobo, olhando aquelas crianças. E Tobirama mesmo sem perceber acabou abrindo um discreto sorriso, nunca em sua vida imaginaria que Madara pudesse ser um bom pai. Mesmo sem olhar para o Senju albino, o Uchiha notou que ele estava o olhando e então disse. — Leva o almoço pra ele hoje. 
 
— O que? — Perguntou Tobirama 
 
— Pro Hashi, eu ia levar mas leva você. Já notei que vocês estão querendo conversar mas parece que estão com medo um do outro, sei lá. Leva um lamen pra ele e conversem. Tanto você quanto ele querem fazer as pazes, está nítido isso. 
 
— Como ela está? — Perguntou Tobirama. 
 
— Aposto tudo que tenho que ele está dormindo. — Disse o Uchiha rindo — Você deveria aproveitar e ir conversar com ele, mesmo. 
 
— Pra que? Pra ele me expulsar de lá e falar que não quer olhar na minha cara depois de tudo que eu fiz, mandar um sermão e depois mudar drasticamente para uma lamentação sem fim sobre você não querer casar com ele?! Passo, obrigado  —  Disse Tobirama, amargo. 
Madara revirou os olhos e disse juntando mais um pouco de lamen na tigela. — Eu aceitei. — O Uchiha levou o alimento à boca e Tobirama arregalou os olhos. — O que? É sério? Vocês vão... 
— Casar? Sim! Mas não vai ser nada exagerado como o seu com o meu irmão. Vai ser uma coisinha mais simples, para os mais íntimos. — Disse Madara, mas logo ambos foram surpreendidos por Izuna novamente, que agora apareceu por ali com seus alunos, que ele havia ido buscar enquanto o irmão e o marido foram com as crianças à casa de lamen. Izuna disse se sentando do lado de Madara e as crianças estavam voltando junto os amigos, alunos de Izuna. — Até parece que o Hashi vai querer algo simples. — Izuna apontou os hashis para Tobirama e disse de boca cheia. — Hmm sabia que esse doido deixou as coisas da festa nas mãos do Hashi?! E aquele foi o resultado, então você acha que ele vai ser simplista? 
 
Tobirama se permitiu rir com a careta que Madara fez antes de esconder o rosto com as mãos e então o albino se levantou dali e disse. — Tudo bem se eu ir, então? — Madara tirou a mão do rosto e assentiu, falando em seguida. — Sim, pede pro Ichiraku o almoço, eu já tinha avisado ele que pegaria assim que saísse daqui, então já deve estar pronto.
Izuna ficou olhando de um para o outro confuso depois de receber um selinho do marido e depois que Tobirama deixou o local, Madara disse ao irmão. — Ele vai falar com o Hashirama. — Madara fez uma careta e disse — Sacrifiquei meus beijos da hora do almoço pra esses dois se acertarem logo. — O Uchiha mais velho fez uma careta e Izuna gargalhou e após apertou a bochecha de Madara, fazendo o irmão abrir um lindo sorriso, para depois receber um tapa na mão vindo de Madara para que ele o soltasse. — Tão fofo meu maninho 

 
. . . 

 
A porta foi aberta sem aviso algum o que acabou fazendo com que Tobirama pegasse o irmão no flagra... odiava admitir mas Madara conhecia Hashirama muito melhor do que Tobirama conhecia. O moreno estava mesmo dormindo, estava com a cabeça baixa na mesa do escritório e pulou da cadeira com o susto quando foi acordado pelo som da porta. — Por Kami Tobirama! Não entra assim. — Disse o Senju mais velho assustado, com a mão no peito. E enfim perguntou. — O que quer? 
 
— Conversar, e trouxe isso. — O Senju mais novo mostrou a embalagem do lamen e a colocou sobre a mesa. Hashirama ficou desconfiado pois Madara disse que ia passar ali para deixar o almoço, e não Tobirama, mas acabou cedendo. — Tá, enfim, quer sentar? — Apontou a cadeira e Tobirama preferiu ficar em pé, mas caminhou de braços cruzados para a janela atrás da mesa do hokage atual e disse. — A vila mudou muito né?! Lembra quando começamos a construir isso? Era tão... diferente. — Disse o Senju mais novo nostálgico, com um sorriso estampado em seu rosto e Hashirama sorriu e disse ao ir para o lado do irmão na janela, segurando sua tigela de lamen e disse. — Sim, lembro e lembro que desde aqueles tempos você já era implicante com o Mada, lembro de como você odiou a nossa aliança com os Uchihas, mesmo se encontrando em “segredo” com o Izuna. — Hashirama sorriu de modo travesso — Mas se não fosse o acordo que fiz com o Madara aquela vez, talvez Konoha nem existisse. Se não fosse aquele tratado de paz entre a nossa família e a dele... nada disso seria possível. 
 
— Se não fosse o amor de vocês, nada disso seria possível. — Disse Tobirama e Hashirama o olhou surpreso e o albino sorriu e perguntou. Mesmo sabendo a resposta, queria conversar normalmente com o irmão, e sabia que esse assunto o amoleceria. — E afinal, pediu ele em casamento mais uma vez, como sempre? 
 
Hashirama abriu um sorriso largo e lindo com a pergunta de Tobirama e disse em seguida. — Finalmente ele aceitou! — Disse o mais velho  e Tobirama fingiu surpresa, agiu como se Madara nem tivesse dito nada. — Uau! Sério?!  Quem diria que aquele coração de pedra ia aceitar te fazer feliz. — Cutucou o albino
— Cala a boca, o importante é que ele aceitou. — Disse Hashirama sorrindo, nada tiraria seu bom humor que chegou agora junto com seu irmão, uma tigela de lamen e falar sobre seu casamento. — Ele quer fazer algo simples, só pra nós e os mais chegados, mas eu acho que eu não quero isso. Quero mostrar pro mundo inteiro que eu tô casando com esse homem maravilhoso. — Disse Hashirama radiante em um modo infante. — Eu amo ele demais Tobi, para esconder do mundo a nossa união. 
— Então não esconda. — Disse Tobirama encolhendo os ombros. — Izuna pode te ajudar com isso, porque se tem alguém que é capaz de dobrar o madara além de você, é ele. E aposto que a Saori também consegue fazer isso. 
 
— Você me dando conselho favorável sobre meu casamento com o Maddy é no mínimo suspeito. — Disse o Senju mais velho desconfiado.
 
— Se é para matar o Madara de raiva e ser contra o que ele quer, eu to dentro. — Disse o mais novo piscando para o irmão que revirou os olhos.
 
— Deveria ter imaginado. — Disse Hashirama rindo e voltou para a mesa com a tigela de lamen e Tobirama parecia que queria falar algo, mas não conseguia e Hashirama conhecia o irmão bem o suficiente para saber isso e falou. — Pode falar Tobi, sei que está querendo falar algo, prometo não fazer nenhum discurso. — Disse o moreno abrindo um largo sorriso. 
 
Tobirama por sua vez revirou os olhos rubros e enfim se dirigiu em direção a um sofá que havia mais ao canto, olhou para os sete retratos na parede, dentre eles o seu próprio retrado e após uma careta, se sentou no sofá. — Eu… ah que merda. Desculpe por tudo que … ah você sabe. 
 
— Eu sei. — Disse o moreno sorrindo de modo gentil ao irmão e terminou logo seu almoço e então foi até o irmão e sentou ao lado de Tobirama e disse olhando o mesmo nos olhos. — Já passou tudo bem?! Não se preocupe, apenas… tente aceitar a minha família sem preconceito contra meu namo… bom, agora meu noivo e futuro marido. — Disse Hashirama sorrindo. — Sei que vocês tiveram seus problemas e que o Maddy pode ser meio difícil, assim como você pode ser insuportável. — Disse Hashirama com cautela, afinal conhece o irmão que tem. — Mas vocês dois são parte da minha família e juntos somos uma família também, uma… 
 
— Hashirama, você disse sem discursos. — Lembrou Tobirama e o shodai coçou a nuca sem graça e disse em seguida. — É mesmo, né. Enfim… apenas tente se dar bem com ele, sei que nunca serão “besties”, mas apenas respeitar um ao outro acho que já dá para ter um convívio melhor. Eu amo você, amo o Maddy, amo nossa filha, o Izu… 
— Quem você não ama? — Perguntou Tobirama e Hashirama gargalhou e deu um tapa no braço do irmão. — Idiota. 
 
Tobirama estendeu a mão para o irmão e perguntou. — Tudo bem entre nós então? 
 
— Tudo bem, desde que respeite nossa nova família por inteira. — Disse Hashirama apertando a mão do irmão e após eles se abraçaram , afinal Hashirama é  sentimental demais apenas para um formal aperto de mãos. 
 
— Então, quando começamos a preparar a maior festa que Konoha já viu? — Perguntou Tobirama e Hashirama sorriu de um modo travesso. — Já.

Rinne TenseiWhere stories live. Discover now