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Algo se quebrou, se partiu em milhões de pedacinhos e foi deixado ao chão.
Como a brisa fria da madrugada, que te abraça sem deixar marcas. Com braços e mãos fantasmas que te esmagam a carne e te deixam exasperada. Em união com a lágrima que cai silenciosa e te anestesia e te vicia muito mais que a mais pura nicotina.
Como a raiva que consigo traz a Euphoria, logo após uma bomba extra de adrenalina. O sentido que você tinha da vida, antes de perdê-la de vista. É assim que me sinto.
Como um pobre gatinho abandonado ao relento, sem saber como agir. Com um grande desafio para cumprir, com nada além de seu instinto felino para seguir.
Confuso, sozinho, vazio, desconfiado, triste e ao mesmo tempo confiante.
A mesma explosão de sentimentos que sinto a todo e qualquer instante. Queria eu poder arrumar todas essas emoções, guardá-las em prateleiras em meu coração.
Deixá-las em fila indiana para poderem surgir de uma maneira que eu possa controlá-las e usá-las ao meu favor. Mas elas sempre aparecem sem qualquer razão ou explicação só basta um único segundo de distração.
Minha mente sempre está em alerta, porque já estou convencida que tenho uma bomba relógio no lugar do que muitos chamam de coração.
E não há nenhum fio vermelho para cortar. Apenas o tic tac do cronômetro que a cada segundo que passa me deixa mais agoniada. Desesperada.
