CAPÍTULO 4

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Agora eu tenho um motivo plausível pra ter sumido, meu aniversário foi no final de semana, então tive que preparar algumas coisinhas pra festa. Vocês vão me perdoar, ?

Esse capítulo promete heinnn.

Boa leitura, mores!!!!

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Rosamaria Montibeller

Depois que Gattaz saiu daqui uma ponta de esperança surgiu em mim, e eu pude me imaginar longe desse lugar novamente. Mas apesar disso eu sentia que uma hora eu teria que ficar cara a cara com Bruno novamente, e isso poderia me custar caro demais. Minha
vida poderia estar em jogo, eu sabia bem com o tipo pessoa com quem estava lidando.

- Vamos logo, Montibeller! - uma das carcereiras gritou e eu me levantei rapidamente saindo daquela cela escura e fria aonde tinham me jogado.

Esse lugar é detestável, as pessoas estão
aqui para pagarem por seus crimes acabam saindo piores, corrompidas pela maldade, e eu não queria ficar daquele jeito, por isso eu precisava depositar toda a minha esperança em Caroline, pois ela acreditava na minha inocência e isso já bastava.

Todas as detentas foram guiadas para o pátio para o nosso diário banho de sol, quando nós finalmente podiamos sair daquele buraco e respirar um pouco de ar puro, eu particulaente preferia ficar na cela - apesar de detestar aquele lugar lá eu me sentia segura pelo menos.

Quando chegamos ao pátio cada uma foi para o seu canto, todas com seus respectivos grupos - como se estivessem no colegial -, e eu fui até um banco de cimento puro, me sentei ali e em como todos os dias fiquei olhando para o nada, perdida em meus pensamentos imagianando como seria o meu futuro agora se ao invés de fugir tivesse ficado em casa.

Todos os dias desde que fugi sentia
meu peito apertar de saudade da
minha família, fazia quatro anos que
eu não os via, que não ligava e nem
tinha notícias deles, Bruno tinha me
proibido de entrar em contato, e por
medo eu obedeci. Engoli o choro, como
fiz incontaveis vezes naquele dia e
continuei a olhar para o nada.

- Oi. - ouvi uma voz rouca e baixa ao meu
lado e virei o rosto. Eu já tinha visto aquela mulher algumas vezes, mas ela parecia rude demais para que eu tentasse alguma amizade.

Seus olhos castanhos me encaravam com
curiosidade e ela tinha um sorriso dócil
em seu rosto, apesar de sua aparência
intimidadora indicar outra coisa.

- Oi. - respondi.

- Sou Gabriela, você deve ser a Rosamaria, né? - ela perguntou e eu assenti. - Você está
sempre tão sozinha aqui.

- As pessoas aqui não são muito receptivas se é que me entende. - disse olhando em nossa volta.

- Me sinto no colegial, só que com menas
popularidade, quase nula na verdade.
- ela tombou a cabeça para o lado me
fazendo rir. - E bem menas pessoas
bonitas, e sem uma namorada que me
ame.

- Exatamente. - concordei. - Está presa por que? - perguntei e ela suspirou.

- Sabe como é, dinheiro fácil chama atenção, eu não queria ir para a faculdade ou trabalhar então comecei a vender drogas, eu tinha um bom dinheiro no caixa antes de ser presa, gastei boa parte com advogados e a outra deixei pra minha namorada, noiva agora.- ela sorriu, seus olhos até brilhavam.
- Sheilla comprou uma casa para nós duas, o que sobrou ela guardou, para o nosso casamento segundo ela.

- Sua noiva, Sheilla estava envolvida nisso? - perguntei novamente, invejando Gabriela pelo relacionamento saudável aonde era fato de que o amor realmente existia.

- Não, Sheilla estava na faculdade, ela fez letras e agora dá aulas em uma escola
infantil, ela é apaixonada por crianças, pretendiamos ter filhos. - Gabriela suspirou. - Mas nossos planos estão próximos de se concretizar, saio daqui amanhã.

- Isso é maravilhoso, fico feliz por você. -
disse e Gabriela sorriu.

- Você está aqui por que? - Gabriela perguntou.

- Meu namorado, ele fazia coisas erradas
e eu sabia, mas nunca disse nada, a polícia foi atrás dele eu não quis ir e nós brigamos ele correu pro carro e eu fiquei pra trás. - expliquei e Gabriela abriu a boca aparentando estar indignada.

- Que filho de uma puta. - Gabriela disse. -
Que grande canalha, Rosa.

- Também acho. - murmurei.

- Chame um advogado, corra atrás da
sua liberdade Rosa. - Gabriela tocou meu
ombro. - É tão bom falar com alguém, fiquei aqui por por sete anos e nunca falei com alguém por mais de cinco minutos.

- Estou há três meses aqui e não falei
com ninguém também. - suspirei. - São só
eu as lágrimas e o silêncio daquela cela.

- Isso é detestável. - Gabriela mordeu os
lábios. - Queria ter conhecido você antes,
ou em outra ocasião, poderia te chamar
para tomar um café comigo e com
Sheilla, ou quem sabe dado um soco do
seu ex namorado babaca por você.

- E eu seria eternamente agradecida. -
sorri um sorriso verdadeiro o único em todos esses meses.

Gabriela parecia ser realmemte uma pessoa agradável e confiável. Ficamos um bom tempo conversando e logo nosso tempo no pátio acabou, formamos filas para voltar para as celas e Gabriela foi para o outro lado do pátio, pois ficava em um setor diferente do meu. Enquanto andava ouvi alguns murmúrios ao meulado mas ignorei aquilo voltando quieta para o meu lugar.

- Rosamaria Montibeller- ouvi me chamarem e virei o rosto dando de cara com uma mulher com quase o dobro do meu
tamanho, algumas tatuagens espalhadas pelo braço, e uma expressão de deboche.- Sabe, estou aqui para te dar um recado do Bruno, se lembra dele?

Engoli em seco e continuei andando, mas aquela mulher agarrou meu braço com força e eu voltei - quase que automáticamente para trás -, olhando assustada para ela. Eu odiava parecer fraca demais, odiava ser fraca demais aos olhos alheios.

- Não quero saber do Bruno. -murmurei.

- Mas ele quer saber de você, mandou
até um recado. - ela me apertou com
mais força e meus olhos se encheram de
lágrimas.

- Não quero saber dos recados dele, não
quero saber dele, me solte por favor. -
pedi segurando choro.

- Mas eu não ligo para o que você quer
saber, Maria... É assim que ele te chama
não é? - ela riu e eu fiz força para me
soltar. - Bom, ele disse pra você ficar de
boca fechada se ainda quiser ter a lingua
dentro da boca.

- Eu não disse nada. - choraminguei. - Me
solta.

Senti meu coração apertar e o medo
tomar conta de mim, me fazendo
perceber que eu não deveria ter falado nada para Caroline.

- Sua advogada gostosa tem vindo visitar
você, não é? Cuidado com que tem falado
pra ela. - alertou-me.

Balancei a cabeça rapidamente e senti as lágrimas grossas pelas minhas bochechas, e tentei me conter para não chorar mais e demonstrar mais fraqueza. Aquela mulher me soltou bruscamente contra a parede me fazendo bater com força. Senti uma forte dor em meu braço mas me calei. Aquela cena chamou a atenção de algumas presas até que a carceraria percebesse e fosse até mim, já que a outra tinha saído de cena. Tudo naquele lugar parecia piorar cada vez mais.

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Vish...

E finalmente Gabi apareceu!!! por isso acho que mereço votos e comentários.

Tentarei voltar amanhã, porém não prometo nada viiiuus.

Até a próxima!!!

Amor Verdadeiro - RosattazDonde viven las historias. Descúbrelo ahora