CAPÍTULO 8

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Oi pessoal, apesar de não estar com clima e nem animação pra escrever decidi atualizar pra vocês, e também dar uma satisfação sobre a falta de capítulos ( que eu havia prometido).

Minha avó materna faleceu, e eu era muito apegada na mesma, o que me gerou um belo de um luto. Enfim, espero que entendam e boa leitura :)

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Ariele nos encarava como se fosse nos matar a qualquer momento, me fazendo sentir como se estivesse aos beijos com Rosamaria na cozinha, o que na verdade estava longe de acontecer.

Eu me comovi com toda a história que Rosa tinha me contado, imaginando o quão horrível aquele homem ainda poderia ter sido para ela. Rosa pareceu ter ficado desconfortável com o olhar raivoso de Ariele e em hipótese alguma eu queria que Rosa sentisse como se fosse um incomodo para mim, pois não era, eu estava a ajudando de muito bom grado e continuaria a ser assim.

- Ariele seja educada, temos visita. - disse e Ariele deu uma risada amarga revirando os olhos.

- Desde quando você gosta de visitas? - ela cruzou os braços batendo os saltos no chão. - Quando minhas amigas estão aqui você nem fica em casa.

- Suas amigas são suas visitas, não sou obrigada a ficar aqui por elas. - Rosa arregalou os olhos com minha resposta grosseira e eu me arrependi por tê-lo feito perto dela. - Rosamaria. - chamei e ela se virou para mim. - Fique a vontade, eu vou conversar com a Ariele e já volto para terminarmos o jantar.

- Eu posso adiantando algumas coisas aqui se quiser. - ela disse baixo e eu assenti.

Olhei para minha esposa e sai da cozinha marchando até o nosso quarto. Ela entrou raivosa e bateu a porta me encarando. O show iria começar.

- Aquela por acaso é a presidiária?

- Fala baixo. - pedi e Ariele revirou os olhos, ela estava praticamente gritando para todo o prédio ouvir. - E se refira à ela pelo nome, é Rosamaria.

- Que se foda o nome. - ela diminuiu o tom de voz. - O que ela está fazendo aqui?

- Ela não podia voltar pro apartamento dela, o ex namorado poderia ir proucurar por ela lá, ele à ameaçou dentro do presídio. - tentei explicar Ariele me olhava com desinteresse. - Prometi não deixar nada de mal acontecer.

- Foda-se, manda ela pra um hotel, pra de baixo do viaduto o que for, só não quero ela na minha casa. - Ariele disse com amargura e uma maldade evidente em seus olhos, me fazendo desconhece-la. - Tá me olhando assim por que?

Há cada dia que se passava um pedaço do amor que eu sentia por ela sumia um pouco, não à reconhecia e me perguntava se sua bondade era só uma máscara, pois parecia e ela tinha interpretado muito bem nesses anos de casamento. Senti lágrimas em meus
olhos e pisquei algumas vezes tentando afasta-las.

- Por que tô tentando achar a pessoa que eu amei de baixo de tanto egoísmo. - respondi caminhando até a porta mas parei antes de sair. - Rosamaria vai ficar o tempo que quiser, ela não tem para onde ir e eu não vou desampara-la, e nunca mais diga coisas parecidas com as que me disse hoje. - disse de costas pra ela.

- Eu não disse nada demais. - ouvi ela bufar. - Você se afasta de mim e arruma motivos para brigar.

- Tem certeza que sou eu? - me virei. - Ontem foi por causa das gêmeas e hoje por que você me disse para mandar ela embora, eu não posso e nem vou fazer isso.

- Eu te amo e você só me afasta de você. - Ariele andou até mim e parou em minha frente. - Eu fui almoçar com meus pais sozinha Ca, por que marquei um jantar para nós e você não quis ir, eu tinha que dar uma explicação para eles, eles perguntaram de você e eu disse que tinha me trocado pelo seu trabalho novamente, sabe o que eles me
disseram?

- O que sempre dizem. - disse impaciente. - Que eu converti você a homossexualidade! - eu estava compleramente impaciente. - Seus pais sabiam que antes de mim você transava
com suas "amiguinhas"? - fiz aspas com os dedos e Ariele colocou a mão no peito ofendida. - Estou farta daquele papinho.

- Claro que não, meus pais gostam de você. - ela disse me olhando como se eu tivesse dito o pior dos absurdos.

- Eles não vem aqui em casa pra não terem que me ver. - disse tentando voltar a manter a calma, não queria piorar as coisas muito menos tornar aquela discussão pior do que já estava. - Você sabe que é verdade, Ariele.

- Desde quando meus pais se tornaram o
foco? - ele se aproximou mais, colocando
as mãos em meu rosto e deu aquele falso sorriso doce, me envolvendo em seus braços. - Desculpe por ter falado daquela forma sobre as gêmeas e me desculpe por ter dito aquilo sobre sua amiguinha detenta. - ela selou nossos lábios rapidamente. - Estou desculpada?

O mal da Ariele era sempre achar que um
"desculpa" resolvia tudo, que apaga tudo, quando na verdade só adiá o inevitável. Para evitar mais briga e pensando em como Rosa estaria se sentindo com o acontecido eu aceitei suas desculpas - como sempre fazia -, e deixei que ela acariciasse meu rosto sorrindo de lado. Ariele aproximou seu rosto do meu e selou nossos lábios lentamente, iniciando um beijo calmo, à puxei para mais perto de mim grudando nossos corpos e o beijo de tornou mais intenso, mas a campainha acabou tocando e nós nos separamos, e eu me lembrei que as
gêmeas iriam para casa naquela noite. Terminamos o beijo com alguns selinhos.

- Eu vou tomar um banho continue a fazer o jantar com a det...

- É Rosamaria, o nome dela é Rosamaria e chame-a pelo nome. - cortei Ariele de maneira firme e ela bufou me dando as costas e entrando no banheiro.

Para ela era tão fácil pedir desculpas e voltar a cometer os mesmos erros. Sai quarto e resolvi esquecer aquilo tudo indo para a cozinha, quando cheguei lá vi Carolana conversando com Rosa, as duas falavam baixo e o clima parecia ser agradável, o que me aliviou um pouco, pois assim ela não ficaria tão mal por Ariele ter a feito ficar desconfortável.

- Oi Lana. - disse sorridente e minha amiga também sorriu, mas seus olhos indicavam repreensão e eu sabia o porque, mas ignorei. - Aonde estão minhas meninas?

- Carrinho. - ela apontou para o carrinho perto da porta. - Bom, eu já vou indo. - ela voltou a olhar para Rosa. - Foi um prazer te conhecer Rosamaria, e até amanhã de noite, e Caroline... - o olhar repreensivo voltou para mim. - Amanhã quero falar com você.

- Tudo bem. - disse me aproximando dela. - Boa foda. - acenei e Carolana me mostrou o dedo saindo do apartamento. Olhei para Rosa e vi que ela sorria olhando para aquela cena. Ela tem um belo sorriso.

- Desculpe pela cena da Ariele. - pedi me aproximando do carrinho vendo que Mônica e Phoebe dormiam.

- Não tem que se desculpar, Caroline. O macarrão já está cozido, vamos continuar a fazer o jantar? - Rosa perguntou indo para frente do balcão aonde estava cortando alguns tomates.

Balacei a cabeça positivamente e fui para o seu para que pudessemos terminar o jantar.

Amor Verdadeiro - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora