Capítulo 3

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Ao chegarmos lá, a diretora nos entregou um esfregão, uma vassoura, pano, balde e falou para pegarmos água na lavanderia. O que é isso minha jovem? Me obriga a limpar a sala e quer que eu vá na lavanderia, me poupe, não sei nem como se segura um balde.

Saímos da sala dela reclamando de tudo. Na verdade, só eu reclamava, porque ele só escutava.

-Oh idiota, você vai pegar a água e eu vou indo para a sala. Vamos terminar isso logo!- falo e ele me olha com cara de espanto.

-Não não, nós dois vamos pegar água, assim fica mais rápido e terminamos logo.

-Não querido, vai você!- falo e vou em direção a sala carregando um esfregão e uma vassoura. Nem ligo para o que ele diz, sou eu que mando nessa porra aqui.

Chego na sala e vejo a imundície que está. Como essas pragas conseguem fazer tanta sujeira? Meu Deus gente, sejem menas.

Me sento em uma cadeira da frente e começo a pegar as bolinhas de papel que estavam no chão para adiantar o serviço.

-Olha, ela está fazendo algo de útil!- o Enzo fala chegando na sala e me dando um susto.

-Eu sempre faço algo útil tá lindo. Pega esse esfregão e esfrega essa sala logo!

-Tem certeza? Não acha melhor varrer a sala e depois passar o esfregão?- ele pergunta encostando na parede ao lado da minha mochila.

-Sei lá, eu nunca mexi nisso na vida. Faz o que achar melhor.

-Calma estressadinha.

-Cala a boca imbecil. Faz algo de útil e varre esse caralho logo.

Ele faz uma cara feia, e começa a varrer a sala, eu como sou folgada, continuo com o meu trabalho de pegar as bolinhas de papel que estavam no chão. E se você acha que são poucas, não, não são. São muitas.

De vez enquanto olhava para ele, que estava tentando, só tentando mesmo, passar a vassoura no chão. Meu Deus, nenhum dos dois sabe como limpar a sala. Não servimos para limpar nada mesmo.

-Nossa, esse seu trabalho de pegar bolinhas está muito fácil, tem que me ajudar a varrer isso.- ele fala parando na minha frente.

-Querido, se situa. Eu estou muito bem com o meu trabalho de catar bolinhas.

-Não. Agora você varre e eu cato as bolinhas.

-Não.

-Sim.

-Não. Esse trabalho é meu.

-Foda-se... Eu quero...

-Foda-se, foda-se, foda-se ♪ ♬

-Sempre que eu falar isso você vai começar a cantar?

-Sim!- falo rindo.

-Tá, mas é sério, vamos trocar?- ele fala fazendo uma carinha fofa que deve funcionar para ele ter tudo o que quer. Mas não comigo, porque sou diferente.

-Que cara é essa? Caiu de cima de um penhasco e bateu a cara e ficou assim? Não funcioba comigo, não vou varrer o chão e pronto.

-Nossa, tu é chata pra caramba.

-Awn, valeu. Eu sei que sou.

Ele continuou a varrer, de cara feia, mas continuou. Continuo pegando as humildes bolinhas de papel, e quando vou jogar no lixo, vejo que o idiota está com um caderno na mão. MEU CADERNO DE DESENHO.

-ME DEVOLVE ISSO!- grito já indo para cima dele para pegar meu caderno. Eu não deixo ninguém pegar essa merda, e ele quer pegar agora? Ah não.

Apaixonados pelo DestinoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang