Capítulo 24

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PERSEU

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PERSEU

Já estou vestido e pronto para o que preciso fazer. Zoe está vestida, mas ela ficará aqui, não irei levá-la para o meio desta guerra que pretendo travar.

— Preciso ir.

— Tenha sucesso, Perseu, filho do fogo — diz em pé, à minha frente, de jeans e camiseta; nos pés, uma bota preta. — Fique vivo.

— Ficarei e vou voltar para buscar você. — Toco seu rosto. — Aqui, estará segura.

— Obrigada por tudo — declara, me abraçando, e não gosto de suas palavras. — Você é muito especial, nunca se esqueça disso.

— Isso não é despedida, Zoe, é só o começo. — Beijo sua testa, e ela busca minha boca, o beijo é rápido, mas doce, e mais uma vez meu coração fica apertado. — Zoe, eu vou ficar vivo e volto para te buscar.

Me afasto, pegando minha grande mochila de lona preta, a ponho no ombro e vou para a porta, me virando com o coração apertado.

— Adeus, Perseu, só quero que viva.

Volto com passadas rápidas e tomo sua boca de novo, quero consumi-la, ter cada pedaço dela em mim, quero dizer que a amo e que ela é tudo que tenho, é quem mantém o equilíbrio da minha vida. Farei isso quando voltar, convidarei a Zoe para um jantar romântico como nesses filmes piegas e sem graça, será ela, eu e minhas palavras – apesar das minhas dificuldades de abrir meus sentimentos –, irei abrir meu coração e arrumar uma forma disso tudo dar certo entre nós dois.

Prometo a mim mesmo que farei isso assim que acabar com toda essa merda que trouxeram para minha vida.

— Falta pouco para que tudo isso acabe — prometo.

E saio pela pequena porta, a deixando em pé na pequena sala, com lágrimas grossas, seria a última vez que ela choraria, tentaria fazer a vida da Zoe mais alegre e doce.

Porém, ainda tenho que matar uns ratos famintos e descarados.

*********

O local foi estratégico, posso ouvir Emma pelo ponto que trago no ouvido, é tecnologia, não será percebido por eles. Assim que avisto o carro se aproximando, me preparo, não sou criança, o que eu fizer aqui hoje pode acarretar minha morte agora ou no futuro.

— Quantos? — indago.

— Tem três homens no carro e dois atiradores, um à sua esquerda, e outro à direita — Emma explica. — Mas, daqui a dois minutos, já não estarão lá.

— Confiante você! — digo baixo.

— Sou uma excelente negociadora, e está tudo sob controle — se gaba.

Os filhos dela foram devolvidos como prevíamos, pena que nossos visitantes não sabem disso, será uma grande surpresa. Eu avisei a Xandy que não deveria mexer com a família da Emma. Ela não vale um centavo normalmente, mas, com raiva, é uma verdadeira praga. Eu quero meter uma bala na testa de cada um, começando pelo desgraçado do traidor.

PERSEU: FILHO DO FOGOOnde histórias criam vida. Descubra agora