North | Drarry

Capítulo 4

Potter realmente aceitou o convite de Blaise para se juntar a eles no pub uma semana depois. Draco tinha certeza que passaria muito mais tempo se perguntando o que diabos isso significa se ele não estivesse tão estressado. Alguns dias atrás, ele recebeu uma carta de seu senhorio sobre o próximo aluguel de Ophis e seu apartamento e não parecia muito reconfortante. Acrescente a isso que seu último carregamento de conchas foi o pior feito até agora, cheio de arestas e planos irregulares, e ele já havia notado um declínio na potência do lote atual de Soothing Draft por causa disso. Então, o maior motivador que Draco tinha para ir ao pub não era a presença de Potter, mas simplesmente o fato de que ele precisava de uma bebida forte e uma noite de folga.

Quando Draco e Blaise chegam ao pub na noite de sexta-feira, Potter já está lá. Ele está encostado na parede ao lado da porta e quando percebe que eles se aproximam, ele se afasta do tijolo sem tirar as mãos dos bolsos. É um movimento incrivelmente casual e ainda assim tira o fôlego de Draco. Bem, é isso ou o que Potter está vestindo. Ele está vestido com calças creme e um suéter de tricô verde escuro. Isso faz maravilhas pelo tom de pele dele e Draco só percebe que ele está olhando quando Blaise o cutuca, nem mesmo tentando esconder sua diversão.

Potter os cumprimenta e eles entram. Draco e Blaise vão procurar uma mesa enquanto Potter pega suas bebidas.

— Pint para mim e Draco vai ter um G e T, faça-o pesado no G, — Blaise chama depois de Potter, que lhe dá um sinal de positivo. Ele retorna após um período de tempo suspeitosamente curto, carregando duas canecas de cerveja e um copo alto de Gin tônico.

— Por que a necessidade de uma bebida forte? — Potter pergunta e desliza para a cabine ao lado de Draco.

— Draco teve uma semana difícil, — Blaise responde por ele. — Saúde.

Draco geme e toma um gole de sua bebida. Ele pode dizer imediatamente pelo gosto que Potter deu para ele o caro gim-tônico. — Ainda estou tendo.

— Trabalho? — Potter pergunta.

— Mais ou menos, — Draco suspira.

— O senhorio dele está ameaçando rescindir o contrato, — Blaise diz alegremente, como se não houvesse uma possibilidade muito real de Draco acabar sem casa - e desempregado dentro de um mês.

— O quê? — Potter pergunta, virando-se para dar uma olhada melhor em Draco. — Mas eles não podem simplesmente expulsá-lo, certo?

— Tecnicamente, eles podem. Meu contrato está prestes a terminar e eles simplesmente não podem renová-lo.

— Mas você disse que a Ophis tem uma boa reputação e acabou de conseguir esse grande trabalho…

Draco gira seu minúsculo canudo de plástico ao redor do copo, sem olhar para cima. — Bem, sim. Mas ainda sou um ex-comensal da morte. Assim que eles encontram alguém interessado na loja que não estava e parece ter como pagar, eu vou embora.

— Isso é perseguição! — Potter realmente parece indignado em seu nome. — Você teve seu julgamento e cumpriu sua sentença! Você mudou! Você tem um emprego decente e tudo!

Draco ergueu os olhos de sua bebida, um sorriso melancólico em seus lábios. — Isso não importa. Eles não se importam, Potter. É apenas o que é e não há nada que eu possa fazer sobre isso. Além disso, ainda não está gravado em pedra.

Potter parece querer discutir, mas no final ele apenas bufa e envolve as mãos em torno de seu copo de cerveja, visivelmente murchando. — Parece realmente injusto.

— A vida muitas vezes é.

Do outro lado da mesa, Blaise lança a Draco um olhar aguçado. Então, provavelmente para desviar a conversa do assunto, ele diz: — O que há com o suéter, Potter? Não é muito grifinório, é?