☆Capítulo 26☆

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~ Alguns dias depois ~

- Satty vamos estou com fome ! - Digo enquanto a puxava pelo braço.

- Estou terminando de arrumar o cabelo.

- Está linda assim !

- Falta só um pouco.

- Ok vou ligar e avisar o Tom que eu e você vamos passar o dia fora !

- Ok.

Pego o celular, e ligo.

- Oi, amor.

- Oi, meu amor. - Respondo sorrindo. Não me canso de toda essa reciprocidade.

- Vou sair com a Satty hoje ok ?

- Ok cuidado, eu vou ir na casa do Rayan jogar video game, qualquer coisa, você me liga.

- Ok, te amo !

- Te amo !

*Chamada Finalizada*

- PRONTO SATTY, VAMOS PRINCESINHA !

- Pronto, Rave, vamos.

Fomos até uma lanchonete que fazia sanduíches de vários formatos.

- Isso realmente é um café da manhã divertido.

- Na verdade, você não quer admitir que isso é um trilhão de vezes melhor que meu café da manhã queimado !

- Não Satty, seu café da manhã é ótimo.

- Não seja irônica. - Ela rí.

- Não estou sendo - Respondo mastigando.

Depois resolvemos ir até um parque, ficamos um tempo lá.

- Obrigada Rave.

- Por que ?

- Por cuidar de mim.

- Isso é minha obrigação como sua irmã.

Ela me abraçou, passamos quase o dia todo no parque.

Já era noite tivemos que pegar o último horário do filme no cinema.

- O que vamos assistir ?

- Você escolhe Rave.

Assistimos uma comédia romântica. Foi um dia divertido é muito bom passar esse tempo com a Satty, toda semana saímos e fazemos a noite das garotas mas, hoje resolvemos ficar o dia todo curtindo, isso ajudou muito no psicológico da Satty, hoje percebo o quanto ela mudou como pessoa e isso acabou me mudando também, somos muito mais felizes juntas.

O filme acabou bem tarde.

- Acho que vou ligar para o Tom, talvez ele vem buscar a gente.

- Verdade, está meio perigoso.

Pego meu celular.

- Satty, está descarregado e o seu ?

- O meu também, parece que ouvimos muitas músicas e tiramos muitas fotos, vamos ter que ir andando mesmo.

- Tudo bem.

Deixamos o cinema, tentamos passar por caminhos mais claros e movimentados mas, era bem complicado pois, nossa casa fica em um lugar bem isolado.

Tentei distrair a Satty, conversando sobre assuntos aleatórios para que ela não ficasse tão ansiosa e preocupada como eu mesma tava.

Estava com um péssimo pressentimento, quando olhei para trás e percebi que não estávamos caminhando sozinhas.

Senti meu coração acelerar e minha respiração ficar pesada.

Satty olhou para trás também pois, percebeu minha mudança repentina de humor. Ela retornou o olhar para mim e cerrou as sobrancelhas.

- Fica calma - Susurrei para ela.

Na verdade eu estava em pânico, o que eu poderia fazer ? Nossos celulares estão descarregados, não tem ninguém na rua a essa hora, todos os estabelecimentos estão fechados.

Não tem pra onde fugir.

O homem se aproxima correndo e para em nossa frente.

- Me passa os celulares, carteira, tudo o que tiverem de valor e você pequena vem comigo !

Como assim vem comigo ?

Senti meu rosto queimar, acabei perdendo a razão e reagindo.

- Não toque na minha irmã ! - Exclamo e lhe dou um empurrão mas, o homem nem se mexe.

Logo, ele saca uma arma e mirou em mim.

Ele ia atirar.

Quando Satty entrou na minha frente.

- Não ! - Tentei gritar mas, saiu um pouco abafado ao meio do som da bala.

Ele atirou e atingiu pouco abaixo de seu peito, fazendo com que ela caia.

Meus olhos se encheram de lágrimas.

Fiquei em choque.

Parte de mim queria correr até ela e a carregar até o hospital que ficava algumas quadras daquele lugar. Mas, meu corpo não obedecia comandos, eu apenas cai de joelhos e chorei.

Quando meu cérebro decidiu funcionar, alguns segundos depois. Corri até ela.

- Satty, você vai ficar bem. - Me ajoelho e com cuidado coloco sua cabeça apoiada em meu colo.

- Rave... Eu... Não podia deixar ele atirar em você. - Ela se força para falar.

- Desculpa por não ter comprido a sua promessa, aquela de não me arriscar mais, mas eu precisava te proteger. Tinha que ser eu no seu lugar, você é tudo o que tenho, Satty.

- Rave...

- Eu vou ir buscar ajuda, eu vou lá !

A Satty não pode morrer, não pode, se ela morrer, eu morro também, eu a amo, o que eu faço ? ela está perdendo muito sangue.

- Não... Fica aqui... Não deixe...que eu morra sozinha.

- Não fala assim, meu amor, você vai ficar bem.

Percebi que aos poucos ela foi soltando a minha mão.

Naquela noite o homem fugiu sem levar nenhum de nossos pertences, apenas me tirou o que era mais importante para mim, minha família, minha melhor amiga, minha irmãzinha.

[...]

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