Mar de Horrores

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Oi oi Genteee *Kéfera mode off* Hello Guys, obrigada por votarem no capítulo anterior, e obrigada à nonoipinheiro por comentar <3

Well, esse capítulo é bem tenso, mas... Boa leitura!!!

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Acordei com alguém pulando na minha cama. E lá estavam Magda e Chloe. Gemi e me virei para pressionar meu rosto contra o travesseiro. Um pouco tarde demais reparei que Loki não estava comigo. Antes que eu pudesse ter tempo para me sentir magoada, Magda me agarrou e disse:

-Sua mãe está nos convocando para o café da manhã

-Eu estou morta -resmunguei

Ela riu e me empurrou até que eu ficasse de barriga para cima.

-Não está não

-Estou sim -eu disse- Estou me transformando em zumbi. Acho melhor você não chegar perto de mim.

Ela revirou os olhos e me puxou com força e eu cai de cara no chão. Eu gemi sentindo a dor no meu nariz.

-PORRA! -gritei

Magda recuou e depois começou a rir.

Eu bufei e me tranquei no meu closet. Fui para o banheiro, me lavei e depois me vesti.Quando eu sai Magda me esperava sentada na cama e Chloe mexia nas minhas coisas.

-As duas. Fora!

Ela riram mas foram na frente.

Lá embaixo estavam todos os outros na minha sala de jantas com um banquete de codinome: café da manhã de rico. Eu queria saber que horas a minha mãe acordou para fazer tudo aquilo...

Bem, eu não estava com fome então sentei e fiquei encarando as comidas. Acho que todos os outros estavam tão entretidos em conversas que nem repararam que eu estava distante. Por que estou me sentindo tão sozinha de repente?

Eu suspirei e fixei meu olhar na janela.

Eu senti minha mente ficar longe, como se fosse um sonho... A minha visão foi ficando nublada até que acabei adormecendo ali.

Quando consegui abrir os olhos, eu não estava na sala de jantar e sim... Numa prisão? Estava sonhando?

Eu levantei e olhei em volta. Era uma prisão... Antiga. As grades pareciam de ferro puro mas meio enferrujado, o chão de terra batida e o teto de cimento.

Eu não era eu mesma. Pelo que sei, minha pele não é tão morena e meus cabelos negros não são tão longos ou lisos.

Eu podia ouvir alguns sons distantes. Explosões. Gritos.

Eu podia sentir o desespero das pessoas, assim como seu medo e pânico. Os sentimentos vinham para mim com tanta força que comecei a chorar e cai de joelhos no chão.

Levei minhas mãos à minha cabeça, tapando com força os ouvidos, numa vã tentativa de afastar as vozes.

Sim, vozes. Gritos, choros, pessoas implorando por suas vidas, descobrindo apenas no fim que sua vida era algo precioso. Mas era tarde demais. Eu não podia ver, mas podia ouvir e sentir as pessoas.

Tiros na cabeça, espalhando partes do seu cérebro pelo chão. Crianças assistindo à torturas. Crianças decapitadas em praças publicas como diversão. Que droga de mundo é esse?

Isso não podia estar acontecendo...

Eu gritei e joguei meu corpo para trás, abrindo abruptamente meus olhos.

Eu estava novamente na sala de jantar, uma parte remota da minha mente notou.

O resto da minha mente, no entanto, estava tentando afastar as imagens que, de repente, preencheram minha cabeça.

Eu estava com os olhos arregalados de horror, de joelhos e praticamente arrancando meus cabelos. Estava parecendo doida.

Na minha cabeça estava uma criança de olhos dourados. Ele parecia apavorado. Meu instinto me fez tantar alcançá-lo, mas eu não podia me mover.

Dois homens foram até ele. Um com um chicote e o outro sem armas, mas com um sorriso cruel no rosto. O garoto tentou fugir, mas o sem armas o segurou e o jogou brutalmente no chão, aproveitando a oportunidade para deferir um soco forte no rosto dele. Foi horrível, já que a mão dele era quase do tamanho do rosto do pobre menino...

Ouvi quando alguns de seus dentes e nariz quebraram e eu tive a impressão de que não eram os únicos danos.

Era horrível ficar ali, impotente,sem ter como fazer algo além de assistir. Eu estava chorando, tremendo e me sentindo fraca.

Mas a cena continuou...

O cara com o sorriso saiu, mas o garoto não teve tempo para nada por que começaram as chicotadas.

Eu ofeguei e então fiquei sem ar, de um jeito ruim. Não conseguia respirar... O garoto se enrolou em posição fetal, mas isso não parecia o salvar dos cortes profundos do chicote prateado.

Quando o garoto pareceu ter desmaiado (ou pior) a cena mudou.

Era uma mulher e duas crianças, todos de joelhos em frente a um homem com um rifle. Ele chorava lágrimas de sangue, mas seu rosto continuava inexpressivo. A mulher mantinha as crianças atrás de si, formando um escudo com seu próprio corpo.

O homem levantou o rifle e o encostou na testa dela. Os olhos dela mostravam puro pavor, mas seu rosto havia a coragem insistente. A coragem que quem protegia alguém.

Quando ele apertou o gatilho, os pedaços gosmentos do cérebro dela caíram sobre as crianças que se mantinham nas suas costas. Ambos gritaram em pânico quando o corpo da mulher despencou sobre eles.

A cena mudou e então havia apenas, das duas crianças, a menina. Tudo nela mostrava o terror puro que havia alcançado a insanidade: sua linguagem corporal, expressão facial e olhos. Só de olhar em seus olhos eu já podia sentir seu terror como se fosse meu. Terror. Medo. Insanidade. Morte. Destruição. Mutilação. Por que? Por que eles faziam isso? Por que? Por que?

Eu já sentia meu coração bater forte e lento perto da minha garganta, me sufocando. Era tudo intenso demais. Meus olhos pareciam estar queimando, as lágrimas deciam como lava pelo meu rosto.

E então tudo ao meu redor sumiu. Eu estava perdida na escuridão, vazia e sem sentido.

Depois a claridade era fria.

Minha visão se adaptou à luz e pude ver a lâmpada.

Eu não aguento mais... Não posso ver mais alguém morrendo. Por favor...


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Nossa, não falei que era tenso?

E então, o que achou? Te vejo nos comentários ^^

Eu sou uma Stark, Vadia!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora