Te vivo

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— Talvez isso seja demais para ele — Jace analisava o bebê — Você nem terminou ainda com Sebastian…

— Do que você está falando? — Alec sabia exatamente do que Jace estava falando, sabia também que o loiro estava certo.

— Tô falando do bebê, ele é lindo, é perfeito para vocês, mas vocês estão em uma fase muito delicada. Delicada demais para colocar um bebê recém nascido no meio — Alec não desviou o olhar do bebê nem por segundo, também sabia que Magnus queria focar nos estudos agora. Queria voltar a estudar e seguir seus sonhos.

— Isso não passou pela minha cabeça… eu só… só não quero deixar o Thony sozinho — Jace sentia tristeza pelo amigo, sabia melhor do que ninguém como era ter os planos frustrados com a pessoa que você ama.

— Certo bonitão, vou voltar ao meu trabalho. Nem todos têm o privilégio de ser o favorito do diretor. 

Magnus obviamente não queria admitir que estava com saudades de Jace. Sempre que Alec demorava demais, Jace aparecia lá, apenas para irritá-lo, mas agora estava sozinho, seus pais saíram, Alec estava cuidando de algum paciente e Jace sumiu. O tédio estava consumindo todas as suas células.

A esperança preenche Magnus, mas logo se esvaiu quando um desconhecido entrou no quarto, o homem era lindo, parecia ter sido esculpido pela própria Afrodite.

— Boa tarde, o que deseja? — O homem olhou para Magnus como se ele fosse seu arque inimigo.

— Me chamo Sebastian Verlac — Os olhos negros do homem focaram na alma de Magnus. — É um prazer finalmente falar de você, você era quase um fantasma na minha vida.

— É estranho para mim, você parece me conhecer e eu não sei muito sobre você… Para ser sincero ainda estou me perguntando o porquê está aqui — Agora Magnus entendia o porquê Alec estava ele, Magnus nunca se sentiu inferior a ninguém, mas estava se sentindo agora. 

Na nono ano quando Alec assumiu sua sexualidade, Andrew começou a dar em cima dele, Magnus por nenhum momento deixou aquilo lhe abalar, mas agora sabendo que Alec já tinha ido para a cama com ele, Magnus queria saber como Alec iria se contentar com seu corpo, agora que Magnus estava cheio de cicatrizes e magro demais.

— Eu só queria te conhecer pessoalmente… Você não consegue imaginar o quanto eu fiquei feliz quando acordou, finalmente essa obsessão do Alec vai passar, não aguentava mais esse peso morto no nosso relacionamento — Sebastião sorriu minimamente — Desculpa, mas você sabe que quando Alec perceber que você não se encaixa na nova vida dele, ele vai te deixar para trás.

— O que…

— Não haja assim, você já teve um relacionamento com Alec sabe como é…

— Nem pense em comparar, nossos relacionamentos são completamente diferentes. Alec foi na minha casa me pedir em namoro, eu estava e estou disposto a morrer por ele. Alec demonstrou que me amava antes de saber o que isso significava, você não tem o direito de comparar a nossa relação, porque eu jamais manipularia Alec para ser assumido. Eu jamais colocaria as minhas vontades em cima das dele, então se você queria vir aqui e jogar na minha cara que ele é seu namorado, parabéns, conseguiu. Só nunca se esqueça que você tem esse título, mas só eu tenho o coração dele. 

Ódio transbordava dos olhos de Sebastian, mas antes que qualquer palavra fosse dita, Alec entrou praticamente correndo pela porta e se pôs entre eles.

— O que você está fazendo aqui? — Alec olhou para Magnus viu as lágrimas escorrendo pelas bochechas coradas — Quer saber, não importa. Foi bom você ter vindo. Acabou, o que quer que estivesse acontecendo Acabou. 

— Alec você não pode…

— Posso e fiz, isso já durou tempo demais, Sebastian. Só por favor vá embora.

Mesmo depois da saída de Sebastian, Alec não teve coragem de olhar novamente para Magnus. Tudo aquilo estava cansativo, porque as coisas não podiam ficar boas.

— Alexander… — Magnus tocou no ombro de Alec, ele se virou e segurou o garoto pela cintura. 

— Quando voltou a andar? Você não deveria ter levantado sozinho… — Magnus puxou Alec pelo queixo, e o beijou. No início era suave, calmo. Até que Magnus colocou as mãos dentro da camisa de Alec, e ele parou o beijo. Magnus se perguntou se Alec teria parado se fosse Sebastian ali.

***

Magnus começou a olhar seu reflexo no espelho e se comparar com Jace, Alec achava Jace bonito ? Provavelmente sim, era impossível alguém não achar Jace bonito. 

Magnus odiava se sentir assim, mas Alec estava diferente, e se Alec só cuidou dele por se sentir obrigado? E se Sebastian estivesse certo no final, e se Magnus não se encaixasse mais na vida de Alec.

Naquela noite Alec dormiu em casa, Magnus se obrigou a tentar se concentrar em qualquer coisa que não fosse Alec, mas era inútil. Às 3:00 ele desistiu, pegou o celular e ligou, porém a ligação caiu na caixa postal.

Na manhã seguinte Magnus mal viu Alec, o médico disse que estava muito ocupado e iria lá mais tarde. Jace estava ajudando Magnus a tirar a roupa para o banho.

— Tá tudo bem pequeno? 

— Tá sim, você acha que sou atraente? —Jace olhou confuso para Magnus — Esquece o que eu falei…

— Você é gostoso pra um caralho — Jace analisava o corpo de Magnus pelo espelho, até que viu o reflexo de Alec, logo atrás deles — Eu tô de saída, com licença. Ce ajuda não é Alec.

Sem falar nada, Alec se aproximou e terminou de tirar as roupas de Magnus, o asiático estava nitidamente desconfortável. 

— Quer que eu chame o Herondale? — A raiva na voz era quase palpável, Magnus apenas negou — Então me diz qual o problema, se você não falar eu não consigo resolver. 

— O problema é que você não me deseja, você me trata como se eu fosse quebrar a qualquer toque seu… eu queria que me olhasse com desejo, mas você evita olhar para o meu corpo… eu… — Alec se afastou e fechou a porta, lentamente ele começou a tirar o uniforme hospitalar, quando estava em toda a sua glória, Alec voltou ao seu lugar, pressionando seu peito nas contas de Magnus 

— Eu não preciso olhar pro seu corpo para desejo-lo — Os dedos de Alec traçaram um caminho entre o quadril e coxa de Magnus — Eu não trato você como se fosse quebrar, eu quero destruir você, possuir cada célula desse corpo — Com a outra mão Alec apertou o maxilar do garoto enquanto brincava com o lábio com o polegar.

Magnus assistia tudo pelo espelho, assistia enquanto Alec beijava seu ombro e pescoço, estudou com atenção as mãos de Alec cruzando seu corpo. O moreno parecia estar embriagado com seu corpo, parecia um viciado. 

— Se eu fizer qualquer coisa que lhe desagrade, por menor que seja, avise — Alec só esperou o sinal de confirmação de Magnus, antes de virá-lo e empurrá-lo contra o espelho.

Os lábios quentes de Alec se chocaram contra os de Magnus que gemeu manhoso, mas não demorou muito para Alec encerrar o beijo e se ajoelhar diante de Magnus.

Alec distribuía beijos suaves por toda coxa e quadril de Magnus, enquanto isso suas mãos começaram a massagear o pau do asiático que só implorava para Alec continuar. Em um único movimento Alec colocou grande parte do pau do amante na boca, fazendo assim Magnus gemer alto.

Magnus estava prestes a enlouquecer e sabia disso, tentava ao máximo se segurar, mas todo o seu corpo implorava por alívio, principalmente quando Alec passou a acelerar os movimentos com a boca, mas o seu fim foi no segundo que Alec apertou com força e desejo o seu quadril.

— Porra, como eu te amo — Alec sussurrou segundos depois de engolir todo o gozo de Magnus. 


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