CAP.14:: All Lie - pt.04

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Sentada frente ao espelho, penteando meus cabelos, eu encaro o reflexo de Lee Minho, que arrumava alguns lanches sobre a mesa.

— Você é o mordomo, pode pedir para que outro servo arrume a mesa. — Comento.

O mesmo fica por alguns segundos calado até que termina de arrumar a mesa e levanta me olhando.

— Eu posso fazer isso. — Ele indaga diretamente e volta a deixar o silêncio reinar naquele quarto.

Suspirando profundamente, eu receio o quão desconfortável os próximos dias seriam, até que eu descubra quais as intenções verdadeiras de Lee Haeyon o trazendo até mim.

Caminhando até a mesa, eu encaro o chá servido na xícara e cerrei o olhar encarando alguns ciscos no fundo da mesma.

Encarando Minho, que estava de cabeça baixa, eu pego a xícara e a levo até minha boca, logo percebendo que meus movimentos eram seguidos pelos olhos do outro de forma suspeita.

— Vossa alteza. — Uma voz familiar soa atrás da porta junto a um bater na porta.

— Pode entrar. — Digo e logo vejo Yang Jeongin entrar. — Jeon-.... — Arfo. — Sir Yang Jeongin, o que faz aqui? — Deixo a xícara de lado e o olho atenta.

— Soube que tem um novo mordomo pessoal. — O mesmo se aproxima observando Minho detalhadamente.

— Oh, sim.., esse é Lee Minho.

— Lee Minho-shi.., o vi no orfanato onde Yuki está vivendo, trabalhava lá? — Desta vez, a conversa era só entre os dois.

— Sim. — O mesmo diz sem enrolar.

— O que o traz até aqui? — Jeongin cerra o olhar sério. — O que o levou a servir vossa alteza, princesa de Visha? — Estranhando o outro, Jeongin se aproxima.

— Temo ser uma resposta muito pessoal para qualquer um saber. — O mesmo indaga.

— E quem disse que sou qualquer um? — O outro ergue a cabeça com audácia. — Sou o guarda pessoal de vossa alteza, e não posso permitir que qualquer aldeão se aproxime dela.

— É realmente decepcionante ver um ex-aldeão se sentindo superior ao outro só porque mudou de vida. — O mesmo murmura e eu cerro o olhar.

— Como sabia..?

— Yuki me falou um pouco sobre ele. — Minho se explica fazendo reverência ao falar comigo.

— Então você ousa ser astuto diante de um guarda real?

— E você ousa abusar de sua autoridade diante de um mordomo trazido pessoalmente pela Santa? — Ele retruca e Jeongin cerra o olhar e me olha.

— Trazido pela Santa?

Bufando, cansada daquela conversa, eu limpo os olhos com as mãos e saio do quarto.

— Ah.. Que irritante.

— Vossa alteza, a Santa realmente...? — Jeongin me acompanha curioso.

— Sim... — Ando às pressas pelos corredores.

— Sabe que...

— Ela pode estar tramando algo? — O interrompo. — Sei.

— Ainda assim irá mantê-lo ao seu lado.

— Sim.

— Por que?

— Porque se eu não mantê-lo, todas as crianças daquele orfanato ficarão sem teto. — Paro em sincronia com o mesmo e me viro para si. — Sir Yang Jeongin, sei que não se sente na obrigação de me servir como um devido guarda faria e que seu principal dever é acabar com a escravidão de todo o continente, porém ficaria grata se fizesse um favor...

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