16 capítulo

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- Me desculpe - Pedi com medo dela falar alguma coisa.

- Tudo bem - Pigarreou.

Praguejei em pensamento quando senti uma fisgada no meio das minhas pernas.

- Priscila você - Virou um pouco o rosto em minha direção. Era claro que ela iria sentir, nossos corpos estavam colados.

- Me desculpe é que eu nunca fiquei assim com nenhuma mulher e nunca vi nenhuma assim também.

- Nenhuma mulher? - Perguntou me olhando
nos olhos.

- Não, você é a primeira que vejo de peças íntimas - Sussurrei a última parte, vi um pequeno sorrido nascer nos cantos dos lábios de Carolyna.

- Isso é bom - Murmurou e depois arregalou os olhos - Bom.. Eu.. Vamos dormir - Se virou e fechou os olhos.

Soltei uma risada,e com a mão que estava quase encostada no seu seio, comecei a passar o dedo embaixo dele devagar, pior erro que cometi já que comecei a sentir uma pequena dor no local entre minhas Pernas. Arregalei os olhos e deitei de barriga para cima, não queria que Carol sentisse, a morena se virou na minha direção e encostou a cabeça no meu braço. Passamos um tempo caladas olhando para o quarto quando uma foto que estava na pequena estante perto da janela me chamou atenção, com cuidado me sentei na cama para tentar enxergar melhor.

- Ficar sentada não vai fazer o sono chegar - Carolyna murmurou calmamente.

Sai da cama e me aproximei da estante para ver melhor a foto, peguei o porta-retrato e na foto tinha sete mulheres nos trilhos acenando para frente, sorri quando vi que camila estava entre elas.

- Essas eram minhas amigas de Cuba - Falou baixinho e senti seus braços me envolvendo por trás e sua cabeça apoiando no meu ombro.

- Você parecia feliz - Murmurei passando o dedo por seu rosto na foto.

- Eu era muito feliz - Falou e passou o nariz no meu pescoço me deixando arrepiada.

- Vocês nunca mais se falaram? Ainda tinha como manter contato sei que é difícil, mas você não se sentiria sozinha - Deixei o porta-retrato no seu local e me virei para frente.

- Eu não me sinto sozinha, não mais - Falou a última parte baixo e abraçou meu pescoço, envolvi sua cintura abraçando fortemente.

- Eu não sei nada sobre sua vida, você sabe tudo sobre a minha - Falei sorrindo que ela retribuiu - O que aconteceu com seu marido?

Seu sorriso foi morrendo ao pouco até ela parar completamente, ela desviou os olhos e começou a passar os dedos por minha clavícula.

- Isso não importa mais querida, é melhor
irmos dormir.

- Então me fala sobre suas amigas, você tem mais fotos? - Perguntei apertando seu corpo contra o meu.

- Tenho algumas, podemos vê-las amanhã tudo bem? - Sorri e assenti com a cabeça. Seguimos para sua cama e voltamos para nossa posição inicial.

Como essa posição não estava me ajudando, me virei ficando de barriga para cima e Carolyna me abraçando de lado, senti sua mão entrando nos meus cabelos e começar a fazer uma massagem foi o suficiente para me fazer dormir.

(...)

Me mexi um pouco sentindo um movimento na cama, abri os olhos devagar devido ao sono e olhei em volta ainda estava escuro, novamente o movimento, Carolyna se remexia na cama e as vezes fazia careta, toquei no seu braço devagar, mas foi o suficiente para ela acordar assustada. Olhou em volta e pousou seus olhos em mim. Me surpreendi quando ela me abraçou fortemente.

Ouvia ela murmurando baixinho um " está tudo bem, está aqui, segura" Franzi o cenho e olhei para seu rosto.

- O que houve Carol? - Sussurrei para não assusta-lá.

Carolyna sorriu e passou a mão na minha
cabeça descendo até chegar no meu ombro.

- Está tudo bem - Sussurou e encostou sua cabeça no meu ombro.

- O que? - Não estava entendo.

- Querida volte a dormir, desculpe se te acordei, acho que tive um pesadelo, mas está tudo bem, você está bem. - Empurrou meus ombros me fazendo deitar novamente e me abraçou.

Fechei os olhos ficando em silêncio até escutar algumas fungadas, abri os olhos devagar e vi Carolyna de olhos fechados e algumas lágrimas descendo por seu rosto.

- O que houve? - Perguntei abraçando seu corpo sentindo meu ombro um pouco molhado.

- Eu não quero machucar você Priscila. - Senti uma angústia por ver ela chorando.

- Você não vai me machucar seja lá com o que, está tudo bem - Balancei um pouco seu
corpo até acalmá-la.

Carolyna se afastou um pouco e ficou olhando para meu rosto, sorri e comecei a me sentir envergonhada por seu olhar, ela passou a mão na minha testa tirando alguns fios de cabelo que estavam quase caindo no meu rosto.

- Seus olhos são os mais bonitos que já vi - Falou baixinho - Sempre me deixa mais feliz quando vejo eles, tudo em você me traz uma sensação tão boa de calmaria, me pergunto como seus pais não vê o ser humano maravilhoso que eles tem, se eu tivesse uma pessoa como você nunca iria querer ela distante.

- Você pode ter se quiser - Sussurrei. Ela sorriu um pouco sem mostrar os dentes e inclinou a cabeça para o lado.

- Você não aguentaria - Empurrou meu ombro sorrindo.

- Não tem como saber se eu não testar né - Sorri segurando suas mãos.

- Eu iria sufocar você com o meu instinto protetor exagerado, se você fosse minha eu ficaria obcecada em proteger você, acabaria afastando você de seus conhecidos, família, por que você pode ter certeza de que eu não deixaria você chegar perto e sua casa é nem de nenhum membro de sua família - Falou encostando as costas na cabeceira da cama.

- Não é como se eles se importassem comigo - Dei de ombros - E você não parece uma dessas pessoas loucas - Falei em brincadeira sorrindo, ela não sorriu parecia pensativa.

- Aparências enganam meu amor - Murmurou, assenti e olhei para meus dedos - Você não sabe o que passa na cabeça das pessoas, não faça isso ok? Não saia acreditando em todo mundo, você é um pouco ingênua amor, as pessoas se aproveitam disso - Levantou meu queixo para olhar em seus olhos. - O poder de escolha está com você Priscila, porque se dependesse de mim, você já teria sido minha. - Soltei o ar que estava prendendo, e me coloquei a pensar, não esperava por isso e agora precisava escolher.

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