O26.

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𝘗𝘦𝘯𝘦𝘭𝘰𝘱𝘦 𝘋𝘶𝘯𝘤𝘢𝘯 𝙥𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙤𝙛 𝙫𝙞𝙚𝙬📱

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𝘗𝘦𝘯𝘦𝘭𝘰𝘱𝘦 𝘋𝘶𝘯𝘤𝘢𝘯
𝙥𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙤𝙛 𝙫𝙞𝙚𝙬📱.

A pessoa que inventou a frase
'E viveram felizes para sempre'
deveria levar uma surra daquelas!

A passos medrosos porém decididos vou até o quarto de Amanda, meu coração parece que a qualquer momento vai pular de minha caixa torácica e cair no chão devido a força que ele bate, alto e rápido.

Eu nunca em toda minha vida senti tanto medo como estou sentindo nesse momento.

Consigo até mesmo sentir leves tremores em minhas pernas quase me impossibilitando de andar.

A dor de ser traída por um namorado é terrível, mas por uma amiga de infância é duplamente terrível.

Amanda era a pessoa que eu mais confiava nesse mundo, e ao descobrir tamanha traição me sinto sem saída.

Por que ela fez isso? Neste momento poderia estar nós duas procurando Kio para matá-lo, contudo somente eu tenho vontade de matar os dois.

Ao me deparar em frente à sua porta posso ouvir uma música suave sair de dentro de seu quarto, levanto meu braço para que minha mão possa bater contra a madeira branca, então paro no meio do caminho percebendo que Amanda não merece minha educação.

Ao contrário do que eu esperava eu não empurro a porta com raiva causando uma cena dramática quando a mesma batesse contra a parede e Amanda se virasse assustada, mesmo com raiva eu consigo fazer tudo milimetricamente calculado, abro a porta devagar me encostando no batente da madeira lisa branca.

Amanda dança em seu quarto com um casaco de pele que é meu, o mesmo que mamãe trouxe para mim da França ano passado, a morena rodopia pelo quarto dançando uma música lenta que não reconheço no momento, pois não estou com paciência para prestar atenção na letra, seus olhos estão fechados.

Observo cada movimento seu, olhando este quarto que pelo menos oitenta por cento das coisas que se encontram no mesmo, eram minhas.

Um estalo se forma em minha mente.

Amanda sempre quis tudo que foi meu.

Meus olhos se enchem de ódio ao descobrir algo que eu jamais percebi.

Mesmo meus pais dando a ela tudo o que davam a mim, Amanda sempre dava um jeito de pegar o que era escolhido para mim. Quando éramos crianças Amanda chorava e eu com toda inocência de criança para não ver minha irmã chorando, eu deixava ela pegar o meu, e depois na adolescência sua chantagem emocional, fazia com que eu lhe desse tudo que ela queria.

Como eu nunca percebi isso antes?

Burra. Burra. Burra. Eu sou uma burra!

— Ai amiga que susto. — Amanda leva a mão em seu coração, e me olha sorrindo
— Já está de volta em casa? Que bom, eu senti sua falta! Finalmente está livre do caipira, vou investir nele.

✓|𝟭𝟴𝟬 𝗱𝗶𝗮𝘀, vh | adaptação Where stories live. Discover now