capítulo 12 - libertação

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Olha só quem voltou!!!!

Pra quem não me segue ainda (O QUE EU ACHO UM ABSURDO, TÁ?), esses dias não teve postagem porque eu fiquei atolada de trabalhos e matérias do meu curso, e fora que a minha criatividade sumiu de repente, então não consegui transformar o plano de capítulo num capítulo de verdade.

Mas enfim, agora eu tô de volta e garanto que vou me esforçar para entregar uma coisa maior e melhor pra vocês, só não garanto que vou manter a mesma frequência de três capítulos por semana porque, sinceramente, tá ficando cada vez mais difícil...

Sem drama agora, não quero me vitimizar. Vamos ao capítulo e preparem seus lencinhos porque esse tem muita emoção pela frente! Hoje é dia de derreter os corações das minhas leitoras!

Obrigada pelo apoio e pela interação de sempre, significa muito pra mim.

Uma boa leitura e não se esqueçam de comentar por aqui, tá?

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INÊS

Então era isso. Era assim que o meu sofrimento acabava de vez?

Sim, porque com Eric morto, toda a entidade do Corpo Seco ia embora dele, e consequentemente, os restos que poderiam estar influenciando o corpo de (S\N) também. Por mais que aquilo me deixasse feliz, realizada, porém, eu não conseguia me sentir verdadeiramente feliz com o acontecido.

Acho que talvez, o peso de ter perdido um amigo assim, numa consequência trágica, tenha atingido um pouco a emoção. Tipo, nós dois tínhamos motivos de sobra para competir e se odiar - se ele quisesse transformar isso num jogo de escolhas -, mas, ainda assim, pensar que alguém que tinha uma vida comum havia sido vítima de algo que não era culpa sua...

Quando assumi o posto de "guardiã" das lendas, meu dever sempre foi manter qualquer humano longe das influências ruins que a nossa existência causaria no balanço natural das coisas. E a morte de Eric, tanto quanto a possessão do Corpo Seco, desobedeciam a esse dever.

Naquele momento, a culpa atravessou o sentimento de alívio e se tornou algo insuportável.

- Eu disse para ela que ele teve um infarto... - Márcia, a colega de trabalho dele, explicava, falando sobre Luna. Estávamos no meio da Floresta Amazônica, tínhamos voado quase o dia todo e agora, naquela noite fria, tínhamos concordado em deixar o corpo dele descansar no seu lugar de origem. O filho do Boto, o receptor do Corpo Seco. Duas lendas presas num só. Ele não teria outro lugar para ser enterrado a não ser aquele. Era o mínimo. 

Olhei para (S\N), rapidamente percebendo que ela estava mais abalada do que de costume. Não havia motivo para sentir ciúme ou raiva naquele momento. Tudo o que senti por ela foi compaixão, um sentimento de impotência que aumentou em altíssimos níveis enquanto eu a via consolar Luna e observar a água corrente levando o corpo de Eric para longe.

-... sabe, é mais fácil de explicar para ela algo assim, embora ela já entenda muita coisa. - Os olhos de Márcia perseguiram os meus, e ela pareceu triste também. - Como é que eu explicaria para uma "criança" que o pai dela se suicidou, sendo que nem eu mesma sei porque ele fez isso?

Minha mão repousou no ombro dela, em um carinho afetuoso.

- Eu te entendo, Márcia. E eu teria feito o mesmo se fosse você.

AMARELO, AZUL E BRANCO | inês/cuca x youWhere stories live. Discover now