epílogo

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Agora sim, o epílogo, pra encerrar nossa história!

Obrigada a todos que fizeram parte dela, sou muito grata a cada um de vocês. E aos que chegaram depois, obrigada igualmente, vocês também são parte desse conto gostoso!

Amo cada um de vocês e espero vê-los mais vezes me acompanhando!

Ainda tem muita história boa pra rolar.

Boa leitura e, por favor, deem um mimo de interação pra mim! Eu agradeço!

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DE: Theo da Luz

PARA: A quem possa interessar

ENVIADA: Domingo, 05 de junho de 2033; 20:55

ASSUNTO: Lenda.

Boa noite,

Quero especialmente agradecer a todos que tiraram um tempo de suas vidas para ler esse e-mail. Meu objetivo é poder passar para frente a história que me rodeou a vida toda. A história das minhas mães, de como elas começaram e de como chegaram até aqui. Já faz dez anos desde que o último acontecimento do livro AMARELO, AZUL E BRANCO se sucedeu, e agora, sinto que devo a vocês uma explicação sobre o futuro. 

Li os últimos comentários dos meus leitores ávidos nessa rede social nova que lançou há pouco, e fiquei orgulhoso por ter deixado um clima de mistério sobre o desfecho de outros personagens dentro dos capítulos. Posso lhes garantir que, quando estava escrevendo, minhas mães também fizeram questão de deixar o mesmo ar, e eu não ousei modificar essa parte da história que parecia ser de fato algo importante.

Bem, o fim dela todos sabem. Mas, e depois? O que aconteceu no depois? 

Depois de tudo, as entidades foram salvas e libertadas da maldade do ser humano. Hoje, elas vivem como devem, misturadas num lugar que sempre foi delas. Misturadas com gente que acredita, com gente que não acredita, com gente boa, gente fina, gente ruim, gente má, enfim... Infelizmente, esse é um mal que o futuro não pode curar.

Depois de tudo, Luna finalmente encontrou a liberdade e agora vive para honrar o nome dos pais, disposta a solucionar os mistérios deles, assim como vocês. Ela tomou posse do barco de Inês e agora está por aí, a procura de novas lendas, que devem estar espalhadas pelos arredores do Brasil. Minha mãe costuma dizer que ela foi atrás do Bento, o menino-lobo, que está escondido no Marangatu com Lazo. Aliás, acho que eles merecem uma menção aqui.

Bento e Lazo estão vivendo como uma família, pai e filho, no Marangatu. A sorte é que Lazo sempre sabe onde está o ouro daquele lugar, e passa mais dias estudando-o do que aproveitando sua vida. Ele nem precisa disso, vai viver eternamente mesmo, sem se preocupar com o que vai deixar para o futuro. E o Bento não acha mais que sua vida de menino lobo é uma maldição, porque, afinal, ele conquista muitas pessoas - no geral mesmo -, com todo aquele charme e aqueles dentes enormes. Todo mundo para pra ver o garoto quando ele chega em algum lugar.

Débora e Clarice também estão lá. Acho que Débora entendeu que Castro não era um homem tão legal assim e rompeu os laços com ele. Pelo que eu sei, ele foi preso há um tempo já, depois de fugir da polícia e viver como um sem-teto, e as duas estão finalmente felizes com seus dons no meio do Marangatu. Débora não vê mais problema em ser a Caninana e vive para honrar seu irmão. E a minha tia Clarice, bem... Essa nem preciso comentar, né? Quem me acompanha nas redes sabe que ela tá sempre por perto, aparecendo de penetra nas minhas fotos.

Camila continua sua vida de cantora no Cafofo. Ela virou a dona do lugar, praticamente, mas não gosta nada da ideia de ficar mandando nas pessoas e sendo vista como superior. Ela só quer mesmo viver a vida dela, seguir seu coração e sua verdade. Por isso, virou uma cantora profissional. Acho que não haveria destino melhor pra ela.

Iberê e Isac ainda estão aprontando várias por aí. O Curupira parou de ser ranzinza e está se entregando às brincadeiras do menino de uma perna só. O Saci é provavelmente uma das pessoas mais legais com quem já tive a oportunidade de conviver, falando sério. Sempre que eu preciso de um boost de criatividade, é pra ele que eu vou, procurando alguma piada pra me concentrar melhor em escrever um livro bom pra vocês. Mesmo assim, o Iberê ainda é o Curupira, sempre a serviço da sua floresta, como tem que ser.

Acho que eu não esqueci de ninguém, né?

Ah, sim, as minhas mães. Bem, elas se casaram, finalmente, depois de muitas enrolações e discussões. E depois ainda fizeram um processo de inseminação para ter um filho só delas. O Artur - o Tutu - é o meu irmão favorito, mesmo que seja o único. E eu tô muito orgulhoso do cara que ele tá se tornando. Eu tenho a honra de dizer que todas as minhas histórias são dedicadas a ele. Com razão, se vocês o conhecessem mais a fundo, saberiam do que eu tô falando.

Sendo assim, esse e-mail enorme vai terminar por aqui. Se tiverem mais alguma dúvida, não hesitem em me mandar. E quando nos encontrarmos no próximo lançamento do meu próximo livro - ainda não vou revelar o nome dele a vocês, caso contrário estragaria a experiência -, por favor, também não hesitem em me perguntar sobre o que quiserem. 

Se você é um desses engraçadinhos que ainda não acredita nas coisas que eu escrevo, diz que é tudo lenda e que esses personagens só foram baseados nas pessoas da minha vida real porque eu sou um maluco que devia estar no hospício, eu lhes respondo com um belo foda-se mesmo.

De qualquer forma, senhoras e senhores, eu lhes aconselho a tomar cuidado com as borboletas que vocês virem deslizando pela janela. Se for uma borboleta linda e azul, é melhor correrem, porque a Cuca pode querer pegar vocês, hein...

Obrigado aos que ficaram até o fim, significa muito.

Com todo o carinho do mundo, 

Theo (S\S) da Luz, autor de AMARELO, AZUL E BRANCO.



AMARELO, AZUL E BRANCO | inês/cuca x youWhere stories live. Discover now