Cap 2

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Acordo com a luz do sol pairando sobre meu rosto me obrigando a levantar para mais um dia de trabalho, esfrego meus olhos e me levanto, arrumo minha cama e vou me arrumar, escolho uma roupa adequada e vou para a cozinha fazer algo para comer, tomo um gole de café e saio de minha casa.
No corredor do pequeno prédio, está com o mesmo pouco movimento de sempre, isso me faz lembrar de minha noite anterior, onde me encontrei com Diana, fui para minha casa meia hora depois de sua saída repentina, me senti vazio, solitário, até mesmo a lua perdeu seu brilho depois que a jovem se foi. Caminho novamente solitário, desço as escadas um tanto quanto pensativo, já na portaria do prédio, o porteiro Augusto se encontrava trabalhando e atendendo um casal de idosos, digo um bom dia e recebo um sorriso acolhedor.
Quando já estou perto da porta, paro de repente, Diana está parada de cabeça baixa perto de mim, ao seu lado um casal de seus cinquenta e poucos anos, só agora me caiu a ficha do motivo da Diana ter subido para a sacada ontem, nós moramos no mesmo prédio, por algum motivo, meu coração acelerou com o pensamento, olho melhor para Diana e vejo que sua bochecha está em um tom vermelho carmesim, de começo pensei que fosse de vergonha, mas não, em seu rosto tinha a marcar -apesar de fraca- de uma mão, ela levou um tapa. Diana levanta levemente a cabeça, e nosso olhar se cruza igual ontem quando nos vimos pela primeira vez, ela dá um sorrisinho de canto, mas abaixa a cabeça quando o homem fala algo.
Suspiro e saio do prédio, não a nada que eu posso fazer para ajudá-la agora. A situação das ruas é totalmente diferente da situação do prédio, a rua está lotada, quase não dá para andar livremente, subo numa charrete parada ali perto, e espero pacientemente enquanto ela faz seu trajeto, o vento frio bate em meu rosto fecho os olhos para aproveitar essa sensação, só não é melhor do que a sensação da lua brilhando vividamente nas noites escuras.
Abro os olhos e já estou em meu destino, pago e desço da charrete, caminho pela rua ao lado do parque de Bragança, em sua entrada tem a bandeia da cidade e a de Portugal penduradas. Passo e entro no prédio ao lado, subo as escadas para minha sala de trabalho.

...............

- Eu já lhe disse Daniel, deve se casar logo, já está ficando velho e rabugento, assim não achará ninguém! - Bárbara me provoca enquanto toma um gole de seu chá. Ela é esposa do chefe da empresa, Adriano, estamos nós três sentados na cozinha, ela ao lado de seu marido que apenas lê um jornal e concorda com a cabeça, enquanto eu estou de frente aos dois. Bárbara está usando seu vestido rodado vermelho predileto, enquanto sua maquiagem pancake e seu batom vermelho mostram que ela é de uma família respeitável e influente de Bragança.

- Então tudo está ocorrendo certo, senhorita da Gama, eu não pretendo me casar já estou feliz assim. - Digo revirando levemente os olhos, sempre voltam para essa conversa, mas dessa vez, Diana penetrou meus pensamentos, e confesso, eu gostei.
- Sim, sim, sabemos que não quer nenhuma companheira e tudo mais, mas deves pensar melhor no assunto, já pensou que talvez você ficaria menos rabugento se tivesse uma mulher ao seu lado? - ela debocha e vai até a cozinha colocar mais chá para seu esposo, logo voltando a se sentar conosco.
- Agradeço sua preocupação senhorita da Gama, mas já está na hora de me retirar, digo me levantando da cadeira e olhando para meu relógio de bolso que já marcar seis da tarde, despeço-me com um aperto de mão e me retiro.
Caminho calmamente pelas ruas, já está perto de anoitecer, os acendedores já estão acendendo os lampiões da rua. Meu trajeto cada vez mais tranquilo conforme o tempo passa, gosto de voltar a pé para minha casa, tenho uma sensação de paz que anda ao meu lado nesses momentos. Passo ao lado do jardim no parque de Bragança e volto minha atenção para as rosas ali presentes, principalmente uma, suas pétalas delicadas são de um tom azul claro, mas seus espinhos ferozes deixavam claro que se aproximar iria doer, ela parece com Diana, bela e feroz. Mas apesar de sua beleza, ela está sendo escondida pôr outras três rosas amarelas, seus espinhos são muito maiores do que da rosa azul, até parece que ela está sendo “sufocada” e machucada com os espinhos ao seu redor.
  Tento pegar a Rosa azul, mas não consigo, os espinhos das outras três me impossibilitam, retiro minha mão com alguns cortes, se não posso levá-la comigo fisicamente, ela irá em forma de poesia. Pego meu caderninho, a pena e um potinho de tinta preta, que estão em minha bolsa pequena, abro em uma página aleatória do caderno e começo a escrever um pouco.
  “A rosa mais linda que já vi, o perfume mais belo que já senti, oh doce vida, como crias uma perfeição e a deixa escondida? No meio das suas se sobressai, mas a escondem com medo de sua beleza, oh rosas desordeiras, não podem ver beleza que já se irritam, se elas já são assim com a rosa, como seriam com Diana? A doce dama mais bela, sem padrões, sem regras, apenas vive a viva, como a mesma pede para ser vivida.”

Guardo minhas coisas e volto a caminhar, passei mais de meia hora no jardim, já está tarde e algumas estrelas já estão ficando visíveis. Apreço meu passo e em uns 15 minutos já estou de frente ao meu prédio, entro, comprimento o porteiro e subo até meu apartamento, destranco a porta, largo minhas coisas no sofá retiro meu caderno e a pena e os deixo na mesa, pego algo para comer enquanto folheio meus poemas.

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⏰ पिछला अद्यतन: Apr 30, 2023 ⏰

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