Destino ou coincidência? Part 2

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Jenna


Eu fitei Emma, realmente surpresa. Estava lá, linda e elegante parada perto da porta fechada, seu olhar quente e sensual grudado em mim. Por um momento, mal me movi, meu cérebro trabalhando em busca de mais informações. Mas então lembrei da nova diretora que chegaria naquela manhã e a presença do meu pai ali só a reforçou.

- Vocês se conhecem? – Indagou ele, olhando de mim para ela.

O sorriso de Emma se ampliou. Eu acabei sorrindo também, lentamente, me divertindo com a situação. Ia ser interessante trabalhar ao lado dela.

- Digamos que nos encontramos recentemente. Não é, Jennie? – Seu olhar para mim era intenso e passou por meu corpo, devagar, malicioso. Aproximou-se mais.

- É verdade, bem recentemente. Uma grande coincidência. Como foi o final de semana, Emma? – Também me aproximei e nos encontramos no meio da salaEla já me estendia a mão, que segurei com firmeza. Mas não parei por ali. Dei um beijo em sua face perto da boca de um lado e depois do outro, sentindo-a enrijecer, surpresa. Falei baixo, em tom provocante:

- Seja bem-vinda. Aqui na Califórnia temos o costume de cumprimentar as pessoas com dois beijinhos. Espero que não se incomode.

- Ah, bom saber. Já havia me esquecido disso.Seus olhos claros estavam ainda mais quentes quando a soltei e me afastei um pouco. O desejo estava lá, ardente e latejante entre nós, quase como uma força viva. Nos encaramos, uma sabendo perfeitamente o que a outra pensava.

- Estou surpreso. E feliz que já se conheçam. – A voz do meu pai interrompeu nossa troca de olhares quentes. Acenei com a cabeça e o fitei.

- Foi uma feliz coincidência.

- Bom, então vou deixá-las a sós. – Sorriu, satisfeito. – Emma, agora está em boas mãos. Jenna vai explicar tudo que for necessário e tirar suas dúvidas. E mais uma vez, seja bem-vinda à Visage.

- Obrigada, Edward. – Ela sorriu, mas seus olhos continuavam fixos em mim. – Já estou gostando muito ... de tudo.

- Até daqui a pouco. – Como se sentisse o clima, ele logo se foi.

A porta bateu e ficamos sozinhas na sala silenciosa. Fui bem sincera:


- Por essa eu não esperava.

- Muito menos eu, Jenna. Mas estou feliz com a coincidência, ou o destino. – Deixou sua bolsa escorregar e a apoiou sobre a mesa ali perto, seus olhos não desgrudando dos meus, um sorriso sensual e satisfeito em seus lábios carnudos. – Eu estava mesmo pensando em você.Ergui uma das sobrancelhas, observando-a.

- Espero que coisa boa.

- Isso depende do seu ponto de vista. – Abriu a bolsa e pegou um talão de cheques. – A primeira coisa é que lhe devo 20 mil dólares.

- Não. – Falei secamente.

- Sim. – Pegou uma caneta.Não fui rude. Simplesmente peguei o talão e a caneta e os coloquei dentro de sua bolsa aberta. Falei bem séria, encarando-a sem admitir recusas:

- Eu não quero esse dinheiro

- E eu não quero ficar devendo. – Seu olhar era tão decidido quanto o meu. Os sorrisos tinham sido esquecidos

- Você me paga de outra maneira.

- Que outra maneira? – Indagou, ligada, atenta.Dei de ombros.

SubmissãoWhere stories live. Discover now