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Yibo

Caralho. Sou um cara forte. Durão. Mas não fui feito pra aguentar a visão de Xiao Zhan se acariciando.

Por causa do luar entrando pela fresta da cortina, posso ver o cara deitado de costas, com uma das pernas dobrada. Seu corpo é perfeito — forte e esguio sobre a cama. A mão está fechada sobre o pau, os dedos tocando a cabeça. Ele inspira fundo e começa a mexer devagar, as costas arquejando, os quadris se curvando um pouco.

Morro por dentro. Minha boca saliva, e tenho que engolir tudo. Ele está bem ali. Em dois passos poderia enfiá-lo na minha boca. É como se Xiao Zhan tivesse olhado a minha mente suja e extraído minha maior fantasia. Bom, pelo menos a cena de abertura.
Ele não olha para mim, e nem precisa. Nós dois sabemos o que estou fazendo. Ele aperta o pau uma vez. Duas. Então abre a mão, deixando os dedos descerem. Segura as próprias bolas, passando o dedão delicadamente pela pele.

Ouço um gemido e percebo que está vindo de mim.

E aí o filho da puta sorri.

Isso me tira pelo menos um pouco do transe.
“Que porra é essa?”

“Preciso me aliviar aqui. Você se importa?”

Cacete! Me arrependo muito da porra do dia em que disse aquilo para ele. Tinha dezoito anos e achava que tinha sido muito esperto. Mas estava dando início a um processo doloroso para todo mundo. E que ainda não acabou. Posso sentir minhas veias pulsando nos ouvidos agora.

E em outros lugares.

Minhas mãos vão para a cueca sem minha aprovação. Zhan está batendo uma agora. Devagar, para cima e para baixo. Ele para e passa o dedão na cabeça do pau. Sinto a garganta fechar.

“Yibo”, ele diz, com a voz áspera. “Preciso da sua ajuda.”

É um milagre que eu consiga responder com a voz quase normal. “Parece que você tá se saindo bem sozinho.”

Então Zhan finalmente vira a cabeça para me olhar. Ele continua o movimento e consigo ver pelo seu pomo de adão que engole em seco. “Tenho que saber.”

Saber o quê?, quase pergunto. Mas ele está me estudando agora. Seus olhos passam pelo meu peito e pelos braços. Vê a mão dentro da bermuda. E então eu entendo.

Xiao Zhan quer saber por que está se sentindo assim, se está mesmo interessado, se é só cerveja ou insanidade temporária.
Eu estava dizendo a verdade quando falei que não queria ser o cara que o ajudaria a se descobrir. Não tenho certeza se posso sobreviver a isso.

Mas é tudo culpa minha, claro.

Nossos olhos se encontram. Os dele estão semicerrados. Sempre quis poder ver seu rosto tomado pelo desejo de novo. Seus lábios estão entreabertos, e é quase o bastante para me fazer atravessar a sala. Mas ainda hesito, e não porque acho que ele vai se arrepender disso amanhã.
Porque sei que eu vou.

“Por favor”, ele diz.

É o que basta para me tirar da cama. Estou no meio do quarto agora, com as mãos no elástico da minha cueca. Eu a tiro e deixo que caia no chão.

E agora ele está olhando para o meu pau enquanto bate uma.

“O que você quer?”, pergunto.

Preciso que seja específico. É um jogo muito perigoso. Provavelmente vai acabar mal. Mas se de alguma maneira eu puder evitar isso, é o que vou fazer.

Ele abre espaço para mim na cama. Então faz um sinal. E não há dinheiro, fama ou fortuna no mundo capazes de me impedir de obedecer. Estou lá um segundo depois. Seus braços me envolvem e me puxam.
Estamos lado a lado, peito com peito. E Xiao Zhan está me beijando de novo.

Você,A história de Zhan e Yibo Onde histórias criam vida. Descubra agora