one shot

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  Beomgyu caminhava calmamente pela calçada enquanto ouvia nos seus fones uma música aleatória. Um vento cortante passou por si fazendo com que puxasse o moletom até a palma da mão em uma tentativa de parar com o frio, mas sabia que seria falho por estar no inverno e o Choi detestava com todas as suas forças aquele frio que doía a superfície da sua pele.

  O sol descia pelo horizonte infestado de prédios com uma arquitetura antiga e charmosa, levando consigo aquela paleta de cores em uma clássica mistura de laranja e roxo. Um sorriso cresceu em seu rosto. Apertou o passo caminhando em direção ao estúdio de tatuagem/casa do seu namorado. Era um prédio simples de dois andares. A parte de cima ficava o apartamento de Yeonjun e a parte de baixo era destinada ao seu estúdio de tatuagem. O espaço sendo muito bem dividido entre casa e trabalho, mas as vezes dava uma dor de cabeça ao Beomgyu por sempre ter que lembrar o seu namorado idiota que deveria dar um tempo no trabalho de vez em quando. Ora, o lazer é uma coisa preciosa quando se está imerso nessa realidade de vida adulta.

  Assim que passou pela porta, percebeu que estava com sorte. O estúdio, que na sua grande maioria sempre tinha pessoas ali, se encontrava completamente vazia. Olhou ao redor franzindo o cenho estranhando aquele espaço vago. Olhou a horas só para confirmar que ainda não tinha passado das 17:50 da tarde.

— Yeonjun? — chamou pelo namorado ao entrar no pequeno corredor que levava as salas onde o de cabelo rosa tatuava.

— Na última sala, amor!

  Seguiu a orientação do outro e parou em frente a porta de madeira escura, abriu a mesma tendo a sua visão preenchida pela figura do namorado sentado em uma cadeira focado em mais um dos seus desenhos. Yeonjun usava uma calça jeans e uma blusa preta estampada de manga curta, acabando por não cobrir as inúmeras tatuagens que o maior possuía pelos os dois braços — o que na opinião de Beomgyu era extremamente atraente.

  As mãos trabalhavam de forma habilidosa, fazendo curvas e mais curvas e dando vida ao desenho. Com um sorriso de canto, se aproximou do tatuador ficando por trás dele e o abraçando, logo sendo muito bem recebido pelo outro que levantou a cabeça e deu um beijo singelo no queixo do mais novo.

— Achei que fosse demorar mais na faculdade.

— E eu ia, se não fosse pelo o meu grupo de seminário que passa mais tempo brigando do que focando em concluir essa merda de apresentação. — revirou os olhos só em lembrar na confusão que o seu grupo estava.

— É nessas horas que agradeço por não ter feito faculdade. — de forma delicada puxou Beomgyu para o lado e o colocou sobre o seu colo, agora podendo olhar melhor o namorado, este que tinha um sorriso contido pela posição em que estava.

— O que você tá fazendo Choi Yeonjun? — semicerrou os olhos pela atitude do mais velho.

— Eu? Absolutamente nada. — disse aproximando os lábios do pescoço do outro e acariciando a pele macia que o mais baixo possuía.

  Yeonjun sentiu quando o corpo de Beomgyu se arrepiou ao seu toque e ao mesmo tempo, a mão pequena apertava o seu ombro. Se aquilo tinha sido uma tentativa para que parasse com o toque, não funcionou, pois o mesmo agora subiu os beijos em direção ao rosto. O tatuador não poupava esforços para beijar cada cantinho do rosto de Beomgyu, enquanto que levava ambas as mãos a apertar a cintura graciosa e até mesmo se aventurar em colocar as mesmas por debaixo do moletom apertando também aquela região.

  Beomgyu se sentia extasiado pelos os toques do outro e extremamente impaciente pelo único local em que Yeonjun ainda não havia tocado. Não aguentando mais esperar, tirou as mãos que antes estava no ombro do mais velho e colocou cada uma em um lado do rosto fazendo um pequeno carinho com os dedos nas bochechas protuberantes — que para Beomgyu eram adoráveis —, para logo em seguida aproximar as bocas. Beijar Choi Yeonjun ainda causava as mesmas sensações de quando o beijou pela primeira vez, ainda sentia o mesmo frio na barriga e a bolha que se formava ao redor deles quando estavam juntos.

  Estar com Choi Yeonjun era certo.

  Enquanto tocava os lábios do mais velho, sentiu que o mesmo o puxava para cada vez mais perto do corpo maior, abraçando firmemente a sua cintura. Entretanto, antes que os toques ficassem mais ousados, foram interrompidos pela a porta sendo aberta revelando a imagem do outro tatuador de cabelos azuis, esse que também atendia pelo nome de Soobin.

— Desculpa atrapalhar essa saliência de vocês — claramente Beomgyu percebeu o tom debochado de Soobin — Mas a comida que você pediu, Yeonjun, acabou de chegar. Então, venham logo comer, estou dando dois minutos se não aparecerem faço questão de não deixar nada sobrar pra vocês.

  Fechou a porta, assim deixando os dois sozinhos novamente. Beomgyu sorriu para o mais velho, deixando um último selinho e saindo do colo deste, logo sendo acompanhado pelo outro.

— Bom, você ouviu ele, vamos indo comer. Acabei de perceber que to morrendo de fome.

— Oh, sério? Pela a sua expressão eu jurava que não estava ligando nenhum pouco para a comida.

  Os dois foram em direção a porta, mas antes que Beomgyu pudesse colocar a mão na maçaneta foi surpreendido quando Yeonjun o virou e o imprensou na porta tendo o seu corpo colado novamente ao mais velho.

— Tenho que lembrar de trancar essa porta na próxima vez. — Yeonjun o direcionou um sorriso travesso para em seguida capturar os lábios de Beomgyu mais uma vez.

  Beomgyu teve que fazer um esforço muito grande para parar a sessão de beijos, fazer isso era extremamente difícil e Yeonjun não poupava esforços para convencê-lo a continuar o que estavam fazendo. Porém, não é como se o mais velho nunca fizesse os caprichos de Beomgyu. E depois de prometer que continuariam o que estavam fazendo na casa do maior, conseguiram sair daquela sala.

Afinal, matar a saudade do namorado nunca era demais.

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Essa one shot estava guardada há muito tempo, tenho ela postada no twitter mas quis trazer ela pra cá como um teste.

Espero que tenha gostado, até a minha próxima história!

tattoo • beomjunOnde histórias criam vida. Descubra agora