🤍entre o céu e a terra🤍

Cap1:o acidente

Bakugo:porque você ainda quer ir pra UA Deku?! Você nem individualidade tem!

Disse Katsuki se referindo ao amigo de infância que no momento,se encontrava no chão da sala de aula após ter sido empurrado. Além disso, Katsuki tomou sua mochila e jogou todas as coisas de dentro dela no chão.

Izuku:eu tenho que ir pra casa Kacchan... Por favor,me deixe ir.

Bakugo:já vai fugir sem fazer nada de novo?! Tsk,some.

Katsuki jogou sua mochila no chão,pegou suas coisas e saiu. Izuku a pegou e começou a juntar suas coisas. Depois disso,foi pra casa. Sua mãe lhe esperava na sala.

Inko:oi filho,como foi a aula?

O esverdeado nem respondeu,apenas entrou em seu quarto e se trancou. Inko não quis falar nada,achou que ele estivesse bravo com algo. Enquanto isso,na cabeça do esverdeado,a única coisa que passava eram as palavras do loiro que vivia implicando com si. Em principal,uma frase específica que ele havia escutado a dois dias atrás.

"Se quer ter uma individualidade,sobe em cima de um prédio,se joga e reza pra na próxima vida conseguir ser algo útil!"

Ele foi em sua escrivaninha,pegou uns papéis e uma caneta e começou a escrever. Enquanto isso,o loiro estava comendo em casa.

Mitsuki:depois de comer lava a louça pra mim!

Bakugo:tá tá! Já sei!

Depois de terminar seu sanduíche,ele foi atender o pedido da mãe. Porém,pensava sobre o que havia acontecido com o esverdeado mais cedo. Por incrível que pareça,por mais impossível que parecesse,ele sempre se sentia culpado depois. Se sentia um covarde,até por que,fazia tudo aquilo apenas para esconder o que realmente sentia. Katsuki era apaixonado pelo esverdeado,mas tinha tanto medo de contar,que ficava com raiva de si mesmo e descontava no esverdeado. Secretamente,sempre ficava o cuidando durante a aula. Analisava o jeito que o vento da janela ia bem na mesa do esverdeado e balançava seus cabelos. Ou quando a luz do sol ia bem em seu rosto e ele tinha que ficar com a cabeça meio abaixada para não ir direto em seu olho. Como dava risada enquanto conversava com alguma pessoa da turma ou até mesmo garotas da turma ao lado. Porém aquele dia,havia se cansado disso.

Bakugo:(pensa:já chega. Amanhã mesmo eu falo com o Deku. Ele provavelmente vai me rejeitar depois de tudo que eu fiz,mas eu não consigo segurar mais. É chato pra caralho ter que ficar guardando isso. Eu só espero que ele ainda não me odeie o suficiente pra não me dar uma chance...)

(Dia seguinte...)

Na manhã seguinte,ao chegar no colégio,começou a procurar o esverdeado.

Bakugo:ei,vocês aí. Viram o nerd?

##:vi não cara.

Bakugo:(pensa:ele deve ter se atrasado. Vou esperar na sala então.)

Ele caminhou até a sala de aula e se sentou em sua carteira. Puxou o celular do bolso da mochila e ficou mexendo enquanto esperava o esverdeado aparecer. Porém,o sinal bateu,a aula começou,e nada de ele chegar.

Bakugo:(pensa:ele deve ter preferido ficar em casa depois de ontem. Que droga. Porque bem no dia em que tomei coragem pra conta ele...)

Nisso,ele viu algo na janela. Era o corpo do menor de cabelos verdes caindo. Naquele momento,tudo para Katsuki parecia ter ficado em câmera lenta. Ele viu bem o rosto de Izuku. Ele estava de olhos fechados,caindo de costas pro chão,seus cabelos se mexiam com o vento. Porém,logo esse momento acabou,após ouvir um som que já sabia o que era,mas não queria admitir. Toda turma ouviu e foi olhar na janela. Ele foi o primeiro a enxergar. Enxergou o corpo de Izuku no chão. O sangue que saia de sua cabeça manchava a calçada. Todos desceram pra baixo. O professor ligou para a mãe do esverdeado e uma aluna ligou para a ambulância. Quando Inko chegou,já estavam levando o corpo de Izuku para a ambulância. Inko chorava desesperada.

Inko:Izuku! Porque isso?! Porque meu filho?!

Ela entrou na ambulância junto e eles saíram. O professor resolveu falar algo.

##:atenção turma,sem aulas por hoje. Juntem suas coisas e vão para casa por favor.

Todos subiram,pegaram suas mochilas e foram saindo. O loiro não pronunciou uma palavra até chegar em casa. Lá,sua mãe chamou sua atenção.

Mitsuki: Katsuki,que cara é essa? O que você tem? Porque voltou mais cedo?

O loiro acabou deixando sua mochila cair no chão.

Bakugo:mãe... O Deku morreu.

Mitsuki:o que?!

Bakugo:ele se jogou de cima da escola!

Nisso,suas lágrimas começaram a escorrer de seu rosto. Sua mãe ia abraça -lo,mas ele recusou e apenas foi para seu quarto. Lá,se trancou e sentou na cama.

Bakugo:porra Deku! Porque caralho?! Porque logo hoje?!

Sua mãe bateu na porta.

Mitsuki: Katsuki! Me deixa entrar!

Bakugo:me deixa sozinho!

Mitsuki então desistiu de entrar. Ela foi até a sala e ligou para Inko.

Mitsuki:oi,o Katsuki me contou o que aconteceu. Mas... Ele... Aconteceu mesmo? Ah,foram pro hospital. E então? Não dá mais pra ele? Ah deus... Que pena... Mas o que será que aconteceu para Izuku decidir fazer algo assim?!

Katsuki escutava tudo de seu quarto,mas não falava nada. A culpa era sua. Tinha sido ele que havia mandado o esverdeado se jogar. Mas ele obviamente jamais poderia revelar esse fato,iriam massacra-lo em casa,no colégio,e poderia até mesmo chegar a mídia.

Mitsuki:sim,tem que olhar em casa pra ver se ele não deixou um aviso,se tinha algum diário que contava algo sobre.

Katsuki congelou nesse momento. Se o esverdeado havia deixado algo contando o que havia acontecido,ele poderia se considerar morto. Mas,certa parte sua não tinha tanto medo disso. Até por que,ele merecia uma punição por tudo que havia feito. Mas,ainda se sentia mal por nunca ter dito o que realmente sentia para ele. E agora,ele nunca mais teria essa chance...

Ao chegar em casa,Inko foi direto ao quarto do filho. Continuava chorando enquanto olhava todas as suas coisas,para ver se achava algo. Ao sentar na cama para chorar,enxergou algo embaixo de seu travesseiro. Ela puxou,tinha cartas lá dentro. A primeira,era para ela. Ela abriu,mas com um pouco de medo de ler. No fim,criou coragem e começou a ler a carta.
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Oi mãe. Eu quero dizer,que te amo muito. O que eu fiz não tem nada a ver com você. Você foi uma mãe maravilhosa a minha vida toda, vou sentir sua falta tanto quanto vai sentir a minha. Peço a você,que não fique sofrendo por muito tempo. Se quiser,pode se desfazer das minhas coisas. Venda,doe,faça como preferir. No meu enterro,peço que não gaste tanto. Não precisa fazer muita coisa,nem precisa chamar muita gente. Na verdade,não tem ninguém que gostaria de ir ao meu enterro. Eu não tenho amigos na escola,então não tem que chamar ninguém. Pode chamar apenas suas amigas se quiser. A única pessoa que eu peço que vá, é o Kacchan. Quero muito que ele vá. Deixei uma outra carta, é pra ele. Por favor não abra,não leia. Apenas ele pode saber o que tem na carta. Muito obrigada por tudo mãe,eu te amo.

Ass:Izuku.
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Depois de ler,Inko acabou borrando toda a carta com suas lágrimas. Quando finalmente conseguiu se acalmar,ligou de volta para Mitsuki.

Inko:o-ola. O... O enterro,será amanhã às dez da manhã. Por favor,vá,e leve Katsuki. É... É um pedido do Izuku. Ele deixou cartas... Obrigada.*desliga*

No dia seguinte, Mitsuki foi acordar o filho para o enterro.

Mitsuki:já está pronto.

O loiro apenas saiu pra fora. Ele e seus pais foram saindo com o carro,sem dizer uma palavra.