15 de maio de 1986, Sirius Black
- Está dizendo que nós teremos que ir para uma floresta em Gales atrás de uma casa super protegida com feitiços e trazer de lá um antigo espião que simplesmente sumiu a quase 5 anos atrás? – Marlene questiona Dumbledore indignada.
- Sim
- Desculpe o desrespeito senhor, mas acho que a idade está afetando sua cabeça a nível crítico!
- E exatamente porquê você pensa dessa forma senhorita McKinnon? – Dumbledore questiona de forma lenta e pacífica. Nunca em sua vida Sirius viu aquele homem bravo ou estressado, e achava que nunca o veria.
- Estamos nessa guerra há anos! E não tem sinais de que vamos ganhar. Pra que ir atrás de um espião covarde que foi embora anos atrás?
- Esse espião, senhorita McKinnon, é um lobisomem astuto, inteligente e que pode entrar em qualquer alcateia pelo tempo necessário. De todos as bruxos que possuem da licantropia, ele é o único que os lobisomens de Voldemort não tem conhecimento do real lado que luta
- Ele pode realmente ser útil para tudo isso acabar? – Lily pergunta angustiada, a guerra estava levando pedaços de todos, inclusive dela.
- Na sua última missão, antes de sumir, ele foi mandado para vasculhar uma casa onde acreditávamos que tinha algo muito importante para Voldemort
Sirius sentiu um gelo na espinha, já era a segunda vez que Dumbledore falava o nome de Voldemort como se ele fosse um qualquer. E não um monstro genocida determinado a exterminar todos os que não concordassem com ele.
- Qual era a coisa?
- Creio que não posso revelar isso Sr.Potter
- Será que esse tal espião não pegou para si a coisa? – Marlene questiona enquanto vasculha a mesa de Dumbledore procurando por alguma coisa.
- Bom, se ele tiver pegado eu espero que tragam junto para mim. E senhorita McKinnon, as balas estão na mesinha ao lado da poltrona.
Marlene para de mexer na mesa e vai em direção ao pote de balas exatamente onde foi dito que estava. Ela pegou um punhado e foi em direção a Sirius onde ambos comeram felizes enquanto Lily os julgava com aquela expressão de mãe desapontada. O que fazia sentido já que ela era uma mãe.
- Quando iremos? – James fala visivelmente cansado.
Os quatro estavam na verdade. Marlene havia passado a noite bebendo, ela fazia bastante isso depois que perdeu outra namorada para a guerra. E James, Lily e Sirius haviam passado a noite cuidando de um Harry bastante gripado e exigente. Fazendo com que James e Sirius tivessem que ir até a Londres trouxa a 4 da manhã para comprar um doce específico que seu afilhado queria. A loja estava fechada mas eles voltaram com o doce, nem pergunte como.
- O mais rápido possível
- Iremos amanhã – Marlene responde e vai embora sem nem se despedir.
Todos eles vão embora dessa forma. Eles estão cansados daquela situação. A guerra continua da mesma forma que estava a anos, nada mudou além do número de mortos. E as pessoas estão cada vez mais exaustas de tudo aquilo.
Sirius odeia isso. O fato de Harry nunca poder sair de casa e fazer amigos para brincar o deixa indignado. Seu afilhado devia poder correr na rua, ter quantos amigos quiser e frequentar uma escola. E por causa dos comensais, Harry tinha que ficar escondido assim como todos os filhos de membros da ordem ou que fossem mestiços.
E eles já haviam perdido tantos. Fabian e Gideon, os Bones, Benjy Fenwick, um cara gentil que Sirius conhecia pouco e a família McKinnon exceto por Marlene que por pouco sobreviveu. Eles não mereciam o que tiveram, nem os outros mortos da Ordem ou os que lutaram de alguma forma contra Voldemort e seu exército.
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Uma Segunda Chance
RandomÉ 1986 e a guerra ainda está de pé. As pessoas estão morrendo e Dumbledore decide dar a Sirius, Lily, James e Marlene a missão de ir atrás de um antigo espião que havia sumido anos atrás. Eles só não esperavam encontrar ele, Remus Lupin. O antigo ma...